Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: Enquanto no Ocidente continuamos debatendo se devemos usar IA na sala de aula, China quer que os alunos a utilizem cada vez mais, Nada de asilo: 60+ ganham opções para morar com autonomia e suporte à saúde, Starbucks encerra lojas para a Geração Z após seis anos; veja motivo, As redes sociais são uma epidemia devastadora, Unisinos e o Tecnosinos foram reconhecidos pelo prêmio Campeãs da Inovação, Porto Alegre se transforma em galeria ao ar livre com ação inédita entre Imobi e Noite dos Museus, Termolar lança edição especial em parceria com a dupla César Oliveira & Rogério Melo, O marketing precisa reaprender a fazer pesquisa. Será?, Por que tantas agências de marketing fecham antes dos 5 anos?, Pais & Filhos Brinquedos lança jogo inspirado no clássico “Passa ou Repassa”, sucesso do SBT, Profissionais usam a própria trajetória para construir reputação e autoridade como ativo estratégico no mercado, Fora do feed: como engajar consumidores com experiências ao vivo, Começa, nesta terça-feira, 5 de agosto, a etapa de aceleração do BRDE Labs RS 2025, 77% dos pais acreditam que a tecnologia transformou a paternidade, aponta pesquisa da Stefanini, Queda no consumo de bebidas alcoólicas fora do lar obriga marcas e empresas a mudarem estratégias de vendas e Brasil precisa de caminhos próprios para inovação, dizem especialistas.
Enquanto no Ocidente continuamos debatendo se devemos usar IA na sala de aula, China quer que os alunos a utilizem cada vez mais
Por VinY Mathias
Em muitos campi universitários chineses, o uso de inteligência artificial não é mais discutido: ele já é usado. De acordo com uma pesquisa do Instituto MyCOS, apenas 1% dos docentes e alunos afirmaram não usar ferramentas generativas. Os 99% restantes o fazem, e quase 60% afirmam usá-las com frequência. Essa é uma mudança notável em relação a dois anos atrás, quando acessar o ChatGPT significava recorrer a mirrors e VPNs.
Hoje, a tendência é oposta: o uso está sendo incentivado. Como aponta o MIT Technology Review, a transição foi rápida, mas planejada. Na Universidade de Zhejiang, um curso introdutório de IA é obrigatório para todos os alunos desde 2024. Outras universidades, como a Universidade Fudan, a Universidade Renmin e a Universidade de Nanquim, abriram cursos interdisciplinares além de ciência da computação ou engenharia.
China define o ritmo para a IA
O foco está no uso criterioso: diretrizes internas, exemplos concretos, recomendações sobre quais tarefas podem ser suportadas por modelos generativos e quais devem ser dominadas pelo julgamento humano. A interação com máquinas é tratada como uma habilidade, comparável a outras literacias técnicas. A McKinsey estima que a China precisará de 6 milhões de profissionais proficientes em IA até 2030.
Várias universidades estão desenvolvendo seus próprios cursos focados em alternativas locais ao ChatGPT. Centros como Shenzhen e Zhejiang lançaram programas de ensino sobre o DeepSeek, um modelo que busca se posicionar como referência nacional em IA generativa. Outros já estão treinando seus alunos no uso do Doubao, o chatbot desenvolvido pela Baidu e um dos mais utilizados em ambientes acadêmicos.
Em abril de 2025, o Ministério da Educação chinês emitiu diretrizes nacionais de IA para escolas primárias e secundárias, com o objetivo de promover o pensamento crítico, a fluência digital e a aplicação prática nesses estágios acadêmicos. Pequim já tornou o ensino de IA obrigatório em todas as escolas da cidade, do ensino fundamental ao médio. Para as universidades, essas recomendações gerais foram traduzidas em planos individuais para cada instituição e na criação de cursos e regulamentos internos.
Ocidente mais disperso
Ao passo que os chineses parecem focados no objetivo, o Ocidente não esboça uma união de pensamento. As decisões, por enquanto, permanecem em grande parte descentralizadas: dependem de cada país, de cada instituição, de cada faculdade e, em muitos casos, até mesmo de cada professor. É um modelo flexível, com vantagens e desvantagens, em comparação com a abordagem mais estruturada adotada pela China. Dois caminhos diferentes para abordar a mesma realidade: a IA veio para ficar, e dominar essas ferramentas será fundamental. O que ainda está sendo definido é como ensiná-la, quando e sob quais critérios.
Nada de asilo: 60+ ganham opções para morar com autonomia e suporte à saúde
Por Anna França
O Brasil está envelhecendo. A proporção de idosos, ou os chamados “60+”, quase dobrou entre 2000 e 2023, passando de 8,7% para 15,6% da população. A projeção é que esse número chegue a 37,8% até 2070, segundo dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso exigirá novas soluções de moradia, mobilidade e cuidados voltados para a terceira idade que já chama atenção de todos os setores, mas em especial do mercado imobiliário.
É crescente o interesse por empreendimentos chamados Senior Living, ou seja, imóveis projetados especialmente para pessoas com mais de 60 anos que desejam manter autonomia. Eles contam com estrutura adaptada, serviços de bem-estar e, em alguns casos, até formas de suporte leve à saúde. Trata-se de uma alternativa às tradicionais Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), voltadas a pessoas que exigem cuidados mais intensivos e cujos custos podem superar R$ 10 mil por mês.
“Estamos falando de uma geração 60+ com maior expectativa de vida, boa saúde e que busca qualidade de vida, não apenas moradia. É um público exigente e disposto a investir em bem-estar”, afirma Eduardo Tristão, sócio do escritório Madrona Advogados.
Barreiras jurídicas
Ele explica, porém, que apesar desse potencial de crescimento, o setor avança em meio a uma regulação ainda fragmentada. Isso porque não há no Brasil uma legislação específica para empreendimentos do tipo Senior Living, o que gera insegurança jurídica tanto para operadores quanto para investidores.
“Esses projetos não se encaixam bem nas regras tradicionais de incorporação, locação ou prestação de serviços. São modelos híbridos que exigem um novo olhar regulatório, porque envolvem não só a moradia, mas também serviços de saúde, hospitalidade e convivência”, afirma Tristão. Ele acrescenta que serão necessárias regulamentações como da Agência Nacional de Saúde (ANS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo.
Hoje, esses empreendimentos operam com base em analogias jurídicas — ora sendo enquadrados como ILPIs, ora como condomínios com serviços. Mas a ausência de uma regulação clara dificulta aspectos como licenciamento, contratos, prestação de contas e até o acesso a linhas de financiamento. “A matriz de risco ainda é alta, o que limita a escala do setor”, afirma.
Cidade adaptada
Não são apenas os empreendimentos que precisam mudar. Bairros adaptados para idosos também ganham importância nas grandes cidades — especialmente em metrópoles como São Paulo, onde a acessibilidade passou a ser um diferencial na escolha de imóveis. Ambientes com calçadas niveladas, boa iluminação, transporte público acessível, áreas verdes e comércio local são cada vez mais valorizados pelo público sênior.
Morar em bairros pensados para idosos impacta diretamente a qualidade de vida, segundo especialistas. Isso porque são espaços que priorizam mobilidade segura, convivência e proximidade com serviços essenciais, como saúde e farmácias.
ILPIs ainda dominam o mercado
Mesmo com o crescimento do interesse, por enquanto, as Instituições de Longa Permanência para Idosos, ou ILPIs, ainda concentram a maior parte das soluções habitacionais voltadas à terceira idade no Brasil. Segundo estimativas do mercado, o país conta com cerca de 7 mil ILPIs, muitas delas mantidas por entidades privadas.
A Brazil Senior Living (BSL), por exemplo, administra unidades como Cora, Cora Premium, Vivace e Bem Viver, além da Saite Maria, voltada para cuidados pós-hospitalares. O Cora Premium, localizado na Barra da Tijuca (RJ), é considerada uma das ILPIs mais completas da América Latina. O modelo Cora tradicional oferece estrutura de alto padrão com foco em rotina monitorada e assistência médica 24h.
Perspectivas
Mesmo que a passos curtos, o avanço do Senior Living no Brasil parece inevitável diante das transformações demográficas. Mas, para que o setor amadureça com segurança, será necessário construir um marco legal que considere suas especificidades, na opinião do advogado.
“Não se trata de copiar o modelo de fora, mas de criar uma estrutura que permita o crescimento sustentável, com segurança jurídica, financiamento adequado e diretrizes claras para os diferentes perfis de idosos”, conclui Tristão.
Starbucks encerra lojas para a Geração Z após seis anos; veja motivo
Por Nick Lichtenberg
O CEO do Starbucks, Brian Niccol, está fechando uma loja de conveniência que era explicitamente voltada para o gosto da Geração Z por experiências “sem fricção”: suas lojas de “retirada” (pickup stores, em inglês) somente para dispositivos móveis. A mudança sinaliza um afastamento deliberado do modelo de alta velocidade e tecnologia que definiu grande parte da expansão recente da rede. A gigante do café converterá ou fechará aproximadamente 80 a 90 dessas lojas somente para pedidos móveis em todo o país até o final de 2026, disse Niccol na teleconferência de resultados com analistas na terça-feira, marcando o fim de um experimento de seis anos que atendia clientes em movimento que pareciam preferir fazer pedidos pelo celular a se demorar tomando um café com leite..
Ao anunciar os fechamentos, Niccol foi direto sobre a justificativa na teleconferência do Starbucks com analistas na terça-feira. “Consideramos esse formato excessivamente transacional e carente do calor humano e da conexão que definem nossa marca”, disse ele.
Construídas principalmente em centros urbanos, aeroportos e hospitais, essas lojas foram projetadas para maximizar a conveniência – sem caixas registradoras, assentos limitados ou inexistentes e uma experiência eficiente de pegar e levar orquestrada pelo aplicativo Starbucks. O Starbucks quer trazer de volta o café aconchegante.
A mudança ocorre em meio a um período de desafios e transição para o Starbucks. As vendas em lojas abertas há pelo menos um ano caíram por seis trimestres consecutivos, com as vendas na América do Norte caindo 2% mais recentemente.. Analistas apontam para a fadiga do cliente com transações impessoais e centradas na tecnologia e atmosferas “sem alma”, especialmente porque os concorrentes oferecem novas formas de hospitalidade e engajamento. Também é uma questão complicada de resolver, já que a Starbucks divulgou em seus lucros que 31% de todas as transações são feitas por dispositivos móveis, o que as torna uma parte essencial do negócio.
A empresa continua comprometida, de acordo com Niccol, em aprimorar as experiências digitais e móveis por meio de atualizações técnicas no aplicativo Starbucks e seu programa de recompensas, com lançamento previsto para 2026.. Mas outras ações do Starbucks sugerem que essas experiências não devem parecer móveis.
Niccol, que assumiu o cargo de CEO em setembro de 2024, apostou sua estratégia de recuperação na restauração da ressonância emocional da marca, ecoando o reconhecimento do ex-CEO Howard Schultz de que os consumidores precisavam de um ” terceiro espaço” que não fosse a casa ou o trabalho. Niccol argumentou na teleconferência que as percepções de valor do cliente estão próximas das máximas dos últimos dois anos e são impulsionadas pelos ganhos entre a Geração Z e os millennials, que representam mais da metade da base de clientes do Starbucks. Isso mostra que os consumidores mais jovens queriam mais aconchego do que se pensava anteriormente.
Elevação através de aventais verdes
O Starbucks tem um programa em andamento para “elevar” suas cafeterias , que envolve um investimento de US$ 150.000 por loja para modernizar assentos, iluminação e atmosfera em locais mais padronizados. Os novos protótipos de lojas da rede — já em fase piloto na cidade de Nova York — reintroduzem cadeiras confortáveis, tomadas e mesas grandes, promovendo um ambiente mais comunitário e propício para o convívio.. Niccol disse que algumas lojas somente para dispositivos móveis serão convertidas para essa nova configuração, quando isso fizer sentido.
“Planejamos concluir uma avaliação de nosso portfólio norte-americano até o final deste ano fiscal para garantir que tenhamos as cafeterias certas nos locais certos para impulsionar a lucratividade e proporcionar a experiência Starbucks”, disse Niccol na teleconferência de resultados.
O Starbucks também está testando lojas de formato menor com assentos limitados para combinar conveniência com um senso de lugar – outro sinal de que a marca não está abandonando o serviço rápido, mas está recalibrando sua abordagemÀ medida que a empresa se prepara para encerrar seu modelo de retirada transacional, o Starbucks reforça seu legado: cafeterias como âncoras comunitárias, não apenas motores de eficiência. A era do Starbucks “só por aplicativo” está chegando ao fim, e a empresa aposta que seu futuro está na conexão, não apenas na conveniência.
Esses investimentos fazem parte da iniciativa de US$ 500 milhões “Serviço de Avental Verde” da Niccol, que visa devolver a “hospitalidade” ao centro de seus negócios. A iniciativa envolve um código de vestimenta de barista reformulado, com destaque para o avental verde, mas também enfatiza o atendimento personalizado. O Starbucks acredita que é isso que a Geração Z realmente deseja, não um pedido móvel sem atrito que praticamente não envolve interação com um humano. Há outras evidências de que a Geração Z anseia por mais conexão humana, com 91% afirmando na Pesquisa Harris que desejam um equilíbrio maior entre o trabalho remoto e o presencial.
O COO do Starbucks, Mike Grams, conversou com a CNBC no início desta semana e também ofereceu suas opiniões sobre como a empresa vê a Geração Z. Ele defendeu uma abordagem que a empresa descreve como “hospitalidade” e, quando questionado sobre a evolução das “dicas sociais”, descreveu como o Starbucks está trabalhando para se inclinar para uma experiência mais subjetiva. “Conexão é diferente para pessoas diferentes”, disse ele, argumentando que os baristas do Starbucks estão bem posicionados “para entender o que cada cliente individual deseja naquele momento”. Em outras palavras, o Starbucks corre o risco de colidir com o ” olhar da Geração Z”, pois está trabalhando para garantir que a conexão humana esteja em primeiro plano em seus negócios.
Quando contatada para comentar, o Starbucks encaminhou a Fortune ao relatório de lucros e aos comentários de Niccol na teleconferência com analistas.
As redes sociais são uma epidemia devastadora
Por Guilherme Ravache
As redes sociais são uma epidemia devastadora, visível, mas que a sociedade ainda tem muita dificuldade de lidar. Uma das maiores barreiras para criar políticas e fiscalizar as redes é a falta de transparência das big tech. Basicamente, as gigantes de tecnologia como Google e Meta dificultam ao máximo o acesso aos dados de suas plataformas.
O impacto é indiscutível. Danos à saúde mental, erosão da privacidade, polarização política, precarização do trabalho digital e até o enfraquecimento do jornalismo.
Existe ainda um aspecto menos discutido, e tão perverso como os demais que citei acima: o impacto da desinformação nos consumidores brasileiros.
O novo livro “Atingidos Pelas Redes Sociais: os impactos da indústria da desinformação nos consumidores brasileiros”, endereça diretamente esta questão.
E nesta terça-feira (05/08), acontece o lançamento de “Atingidos Pelas Redes Sociais”. Participarei do lançamento mediando uma mesa de debate sobre o tema.
A mesa contará com a prof. Rose Marie Santini (Diretora do NetLab UFRJ), Marcio Borges (Pesquisador do NetLab UFRJ, VP Executivo e Diretor Geral da WMcCann no RJ) e Nicolo Zingales (Professor do CTS-FGV).
Uma das conclusões do livro: é uma ilusão acreditar que as big tech vão se autorregular.
A obra é resultado das pesquisas conduzidas pelo Observatório da Indústria da Desinformação e seu Impacto nas Relações de Consumo no Brasil (https://lnkd.in/gi2-d4Kt), uma iniciativa do NetLab/UFRJ em parceria com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon/MJSP) e apoio do Fundo de Direitos Difusos.
Local: Museu do Amanhã, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro
Horário: A partir das 14h30
A entrada é gratuita!
Unisinos e o Tecnosinos foram reconhecidos pelo prêmio Campeãs da Inovação
Por Matheus N. Vargas
A Unisinos e o Parque Tecnológico de São Leopoldo – Tecnosinos foram os vencedores do prêmio Campeãs da Inovação nas categorias Ensino e Pesquisa e Parque Tecnológico, respectivamente. A 21ª edição da premiação, concedida pelo Grupo Amanhã, aconteceu na quinta-feira (24), no Hotmilk, ecossistema de Inovação da PUCPR, em Curitiba. A Universidade foi destaque no prêmio com o case Sala de Aula Expandida. O Tecnosinos foi premiado com a estratégia de captação de recursos.
A diretora de Graduação e representante da Unisinos na premiação, Paula Campagnolo, afirma que o prêmio reflete a excelência dos cursos de graduação da Universidade e reconhece o caráter inovador do conceito de sala de expandida. “O case conecta o aluno desde o início dos cursos com a comunidade do entorno da Unisinos e com os diferentes contextos profissionais que ele vai vivenciar, de forma planejada por dentro dos currículos. O prêmio reflete, acima de tudo, a qualificação dos nossos professores e coordenadores que desdobram esse conceito no dia a dia dos cursos”, completa
O diretor do Parque e gerente de Tecnologia e Inovação, Silvio Bitencourt, comenta que o reconhecimento do Tecnosinos na categoria Parques Tecnológicos da premiação Campeãs da Inovação do Sul evidencia a consolidação de uma trajetória baseada em processos estruturados de gestão da inovação. “A presença simultânea da Unisinos, instituição âncora do parque, entre os destaques na categoria Ensino & Pesquisa, e da startup ConstructIn, residente no parque e graduada da incubadora Unitec, reforça a articulação entre ensino, pesquisa, empreendedorismo e desenvolvimento regional”, afirma.
Ainda segundo Silvio, a metodologia adotada pelo IXL-Center, por meio do Innovation Management Index, confere rigor ao processo avaliativo, ao considerar dimensões centrais da capacidade inovadora. “Este resultado indica não apenas o desempenho atual das instituições envolvidas, mas também a maturidade do ecossistema em termos de governança e inovação orientada a resultados”, explica.
Sobre o Campeãs de Inovação
Campeãs da Inovação, iniciativa pioneira no Brasil, e realizada há mais de duas décadas pelo Grupo AMANHÃ, é a mais importante pesquisa do gênero no país. Ao respondê-la, empresas e organizações da região Sul podem se comparar com indústrias globais graças ao Innovation Management Index, ferramenta da metodologia do Global Innovation Management Institute (GIMI) aplicada pelo IXL-Center, de Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos. O GIMI é uma organização global sem fins lucrativos criada por executivos de inovação, acadêmicos e consultores especializados em inovação. A organização auxilia pessoas, empresas e regiões a desenvolver competências em gestão da inovação de nível mundial promovendo as melhores práticas através de padrões, métricas, programas de capacitação e certificações globais.
Porto Alegre se transforma em galeria ao ar livre com ação inédita entre Imobi e Noite dos Museus
Por Márcia Pilar
A capital gaúcha vai ganhar um novo ritmo visual com imagens, vídeos e ilustrações que, em vez de anunciar produtos, instigam novos olhares pelas ruas de Porto Alegre. Trata-se da ARTE OOH – Mostra Digital Urbana, uma das grandes novidades da 9ª Noite dos Museus, que neste ano extrapola os limites das instituições culturais e se espalha pela cidade por meio de uma parceria inédita com a Imobi.
De setembro a novembro, as obras selecionadas ocuparão espaços de visibilidade e circulação intensa, propondo ao público um respiro na rotina e a oportunidade de enxergar a cidade sob outras perspectivas. A Mostra culmina na Noite dos Museus, em 29 de novembro, quando 28 espaços culturais abrirão suas portas das 18h à meia-noite. Além de espetáculos, performances e visitas guiadas.
As peças selecionadas ocuparão diversos formatos de mídia Out of Home (OOH), transformando espaços tradicionalmente dedicados à publicidade em um circuito urbano de arte acessível. Vídeos, fotografias, ilustrações e outras criações digitais de artistas locais serão exibidos no portifólio de mídias digitais da Imobi – que abrange centenas de telas espalhadas pelos principais bairros e regiões da capital.
“Pensamos esta iniciativa para democratizar a arte, levando-a para todos os cantos da cidade, fora dos ambientes convencionais dos museus e das galerias. Acreditamos no poder da cultura para transformar olhares e experiências e, por isso, a parceria com a Noite dos Museus”, detalha Cássio Mensch, Gestor de Marketing e Comunicação da Imobi.
Arte em movimento pela cidade
Os trabalhos serão selecionados por uma comissão artística do Instituto Noite dos Museus e exibidos em diferentes fases temáticas:
- setembro: monumentos e obras públicas, com ênfase na educação patrimonial.
- outubro: artes visuais, dando visibilidade a artistas gaúchos.
- novembro: paisagens de Porto Alegre, um convite à redescoberta da cidade.
As inscrições para participar da Mostra ARTE OOH – Cultura Digital estão abertas até 15 de agosto no site oficial do evento (www.noitedosmuseus.com.br/digitaledital) e são gratuitas para pessoas físicas, MEIs e pessoas jurídicas que residam no Rio Grande do Sul e tenham, no mínimo, dois anos de atuação cultural.
Termolar lança edição especial em parceria com a dupla César Oliveira & Rogério Melo
A Termolar, empresa gaúcha e referência global no segmento de soluções térmicas, acaba de lançar uma edição especial das garrafas térmicas R-Evolution, em parceria com a dupla César Oliveira & Rogério Melo. A edição especial valoriza a cultura gaúcha, autenticidade e tradição, e parte do valor líquido das vendas será doado ao Asilo Padre Cacique.
Ao todo serão produzidos 3 modelos da linha R-Evolution: de 1 litro, 1,2 litros e 1,9 litros, na Cor Preto Hub, onde terá um logo central da dupla no produto. O grande diferencial dessas garrafas térmicas, além da estética sofisticada, é sua tecnologia de conservação superior, resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento. Esses itens foram projetados para atender os consumidores mais exigentes, oferecendo uma performance térmica diferenciada, capaz de manter a temperatura de suas bebidas por muito tempo. Além disso, o exclusivo sistema que evita pingos e o jato forte e preciso tornam o uso dessa garrafa prático e eficiente, mesmo em ambientes agitados.
“Este projeto surgiu de forma muito natural, a partir de conversas sobre os 25 anos de trabalho da dupla César Oliveira & Rogério Melo, afirma Roberto Wickert, Gerente de Marketing, Produto e E-commerce da Termolar. “É mais uma iniciativa da Termolar que visa apoiar causas sensíveis do nosso estado. Além de uma edição especial, este projeto possui uma causa importante que visa direcionar parte da renda para esta importante entidade de acolhimento a idosos da capital do nosso estado. Queremos que esse produto seja companheiro de nossos consumidores e que de alguma forma possa ajudar quem precisa muito neste momento”, completa.
Para César Oliveira, da dupla César Oliveira & Rogério Melo, esse tipo de ação sempre fez parte da carreira artística do grupo. “Nesses 25 anos de carreira, em todos os lançamentos realizados, a renda dos espetáculos fora direcionada para alguma instituição social em forma de agradecimento. Na comemoração dos nossos 25 anos, além das ações artísticas, nós entendemos que utilizar a nossa imagem para auxiliar quem necessita não só é significativo como também um compromisso. Assim, conseguimos unir a força de duas marcas conhecidas do gaúcho, como a Termolar e a nossa dupla através de uma cultura tão simbólica quanto a do chimarrão, uma comunhão do povo gaúcho que nos une neste momento para poder amparar uma instituição tão importante quanto o Asilo Padre Cacique.”, conclui César.
A edição especial é mais uma iniciativa que a Termolar realiza com o objetivo de ajudar entidades gaúchas. Durante o período das enchentes, a companhia colocou em prática a campanha Juntos pelo RS, que contemplou ações como: antecipação de benefícios para colaboradores, com foco em entender e acolher as necessidades dos atingidos; doação de itens de primeira necessidade e produtos próprios como botijões, garrafões e caixas térmicas, itens fundamentais para o transporte de água e acondicionamento de alimentos; e arrecadação de uma Vakinha própria para destinar recursos à comunidade atingida pelas enchentes na cidade de Porto Alegre.
As garrafas térmicas R-Evolution em parceria com a dupla César Oliveira & Rogério Melo estão disponíveis em: www.termolar.com.br.
Sobre a TERMOLAR
Com sede em Porto Alegre (RS) e Centro de Distribuição em Serra (ES), a empresa está presente no mercado desde 1958, exportando para Espanha, África do Sul, Noruega, Argentina, Uruguai, entre outros tantos países da América Latina, Europa e África. Anualmente, a Termolar produz cerca de 11 milhões de unidades, que integram uma ampla linha de soluções térmicas voltadas para casa, escritório e lazer, como, por exemplo, garrafas, copos, bules, cuias, ampolas e caixas. A empresa conta com mais de 700 colaboradores integrados em uma cultura humanizada e com o propósito de fabricar produtos que facilitem a vida e ofereçam conveniência aos consumidores. Para saber mais, acesse: www.termolar.com.br.
O marketing precisa reaprender a fazer pesquisa. Será?
Por Matheus Conci
Nos últimos anos, falar de pesquisa de mercado virou quase sinônimo de aplicar formulário online ou puxar dashboards de plataforma. Mas será que isso ainda dá conta da complexidade do comportamento humano? Para além das planilhas, estamos vivendo um momento em que entender o consumidor exige olhar também para os silêncios, as contradições e até os ruídos que surgem quando os dados não batem com a realidade percebida.
É por isso que, nesta edição da Cordão, decidimos olhar com cuidado para esse território muitas vezes negligenciado nas decisões estratégicas. O que estamos chamando de “pesquisa de mercado” vai muito além de perguntar e tabular respostas. É sobre escuta ativa, novas tecnologias, dados invisíveis e o papel cada vez mais central de entender gente – de verdade – para fazer marketing que funcione.
(Re)definir personas
No artigo da Design Week, profissionais do design questionam o uso excessivo de personas genéricas, que muitas vezes criam uma ilusão de precisão. A crítica se concentra na falta de conexão real entre essas representações e os usuários finais, o que compromete a relevância do design. A sugestão é clara: personas só funcionam quando baseadas em pesquisa de campo sólida e interpretação contextualizada.
Por outro lado, o uso de IA generativa já pode criar “personas sintéticas”, modeladas a partir de grandes volumes de dados reais. Essas simulações oferecem um novo tipo de realismo e diversidade, com potencial para refinar decisões de marketing em ambientes complexos. A provocação é direta: será que conseguimos mesmo entender o consumidor de hoje com ferramentas do passado?
Essa confusão entre escuta real e simulação gerada chegou a um novo ápice em um episódio recente aqui na Cordão, que a Dani Lazzarotto narrou no seu Linkedin: durante a apresentação de uma pesquisa profunda e bem conduzida a um board executivo, o CEO interrompeu no final e perguntou por que os resultados da Persona não traziam as mesmas dores que ele havia identificado ao perguntar para o ChatGPT. A gente aprendeu na marra que a IA nunca diz “não sei”. Ela sempre vai responder alguma coisa, mesmo que não seja verdade. E quando líderes tomam decisões com base nessa resposta, substituindo método por mágica, a pesquisa real deixa de ser argumento.
O que o marketing valoriza não é o que o cliente escolhe
A Fast Company analisou milhares de avaliações públicas de redes de fast food no Google Maps e encontrou um padrão desconcertante: consumidores avaliam marcas com base em atributos simples e funcionais — atendimento, limpeza, precisão do pedido, tempo de espera. Enquanto isso, os times de marketing continuam priorizando campanhas com slogans sofisticados, parcerias com celebridades ou ideias de branding que fogem completamente do que está sendo dito na prática.
Essa contradição é reforçada em um outro estudo. Mais de 400 ativos de marca — como logotipo, cor, personagem e slogan — foram testados entre cinco marcas de diferentes categorias. O objetivo era comparar o que os consumidores realmente reconheciam com o que os profissionais de marketing achavam que era reconhecido. O resultado? Apenas 2% dos profissionais acertaram dentro de uma margem de erro de 5%. O resto estava, em maior ou menor grau, projetando ilusões.
E o mais irônico é que os dados não estão exatamente escondidos. Como Helen Edwards aponta em sua coluna na Marketing Week, às vezes o que falta não é informação, mas disposição de revisitá-la. Há pesquisas antigas, feitas com mais profundidade e escuta ativa, que continuam absolutamente válidas — mas são descartadas porque “o briefing mudou” ou “a tendência agora é outra”. A realidade, porém, muda menos do que se gosta de acreditar. E talvez o maior erro não seja ignorar o consumidor — mas ignorar que ele já respondeu.
O colapso silencioso das pesquisas
As pesquisas de mercado estão em crise — e o colapso está acontecendo em duas frentes: cada vez menos humanos respondem, e cada vez mais agentes de IA são usados para simular respostas. Enquanto as taxas de resposta humana despencaram (de 30–50% nas décadas de 1970–80 para até 5% hoje), cresce o uso de scripts automatizados para “preencher” formulários e gerar renda. A newsletter de Lauren Leek mostra como, com poucos recursos, é possível criar um pipeline com persona, linguagem natural e interface funcional para que agentes respondam como se fossem consumidores reais. Parece ficção, mas é só Python.
Essa parte de uso de IA para burlar pesquisas é um grande tema de discussão. A User Interviews comenta como, além de bots, há humanos que burlam filtros, criam múltiplas identidades ou agem como “respondentes profissionais” para receber incentivos. O texto mostra como plataformas estão reagindo, usando análise de comportamento, geolocalização e validação cruzada de dados para aumentar a qualidade das amostras.
Isso gera distorções sérias. Pesquisas políticas e pesquisas de mercado projetam o “consumidor médio” e ignoram as nuances que formam os extremos comportamentais. Como consequência, decisões públicas e privadas começam a se basear em dados falsos. Lauren propõe caminhos: tornar as pesquisas mais atraentes, criar mecanismos inteligentes de detecção de bots, melhorar os incentivos financeiros e, talvez o mais importante, ampliar os métodos — como o uso de pesquisas qualitativas voltando ao centro como alternativas mais realistas (e mais humanas).
O que não é dito
Aqui na Cordão nós fazemos muitas entrevistas em profundidade. E uma das coisas que nos acostumamos foi com o silêncio dos entrevistados. Por isso, nossa alegria ao encontrar o ensaio da Luciana Lana, que nos convida a prestar atenção ao silêncio nas entrevistas qualitativas. Ela argumenta que as pausas, hesitações e não-respostas são dados tão importantes quanto aquilo que é dito. O silêncio pode revelar desconforto, ambivalência, resistência — sinais que escapam a quem está só interessado em preencher questionários.
Escutar exige presença, paciência e, principalmente, humildade. Quando deixamos espaço para o outro elaborar, também abrimos espaço para o inesperado. E é aí que mora o insight: não no que foi perguntado, mas no que emergiu.
Num momento em que tudo é urgência, eficiência e automação, a escuta profunda parece um luxo. Mas talvez ela seja exatamente o que o marketing mais precisa agora: menos pressa, mais presença.
Por que tantas agências de marketing fecham antes dos 5 anos?
Por Lucas Bianchini e Lucas Ueno
O mercado de marketing digital movimenta bilhões de reais por ano no Brasil e se consolida como um dos pilares da nova economia. Com a constante evolução das tecnologias e canais digitais, cresce também o número de profissionais que decidem empreender e abrir suas próprias agências. No entanto, apesar do potencial, mais da metade dessas agências encerram suas atividades antes de completar cinco anos, segundo a ABRADi (Associação Brasileira dos Agentes Digitais). O problema não está na falta de conhecimento técnico. Pelo contrário: muitos desses profissionais dominam ferramentas como SEO, mídia paga, design e automação. O grande desafio é que poucos estão preparados para gerir um negócio de forma estratégica. Acreditar que excelência técnica basta é um dos erros mais comuns e mais custosos.
O erro recorrente está na crença de que a excelência técnicaé suficiente para garantir o sucesso de uma agência. Sem planejamento, liderança e processos bem definidos, o empreendedor acaba centralizando todas as decisões e entregas, criando o que se chama de “eugência”: um modelo onde tudo depende de uma única pessoa. Isso limita o crescimento, sobrecarrega o gestor e compromete a saúde do negócio. Além disso, a ausência de cultura organizacional, gestão de equipes e ferramentas de produtividade contribui para perdas de tempo, retrabalho e baixa retenção de clientes — um fator essencial que muitas vezes é negligenciado em favor da aquisição acelerada.
O mercado digital brasileiro é altamente competitivo e não tolera estruturas frágeis. Para prosperar, não basta ser um especialista técnico com domínio de ferramentas e tendências: é fundamental dar um passo além e assumir a postura de empresário, capaz de construir sistemas operacionais eficientes, processos bem definidos e uma cultura organizacional sólida. As agências que hoje se destacam não são necessariamente aquelas com os profissionais mais qualificados tecnicamente, mas sim as que estruturaram seus negócios de forma que continuem gerando resultados de forma previsível, mesmo sem a presença constante de seus fundadores. A diferença entre atender cinco ou cinquenta clientes com qualidade está, muitas vezes, na maturidade da gestão e não na excelência da execução individual.
Portanto, dominar ferramentas é o que garante a sobrevivência no curto prazo; já a visão estratégica de negócio é o que define a sustentabilidade no longo prazo. O futuro do setor será liderado por quem compreende que a profissionalização da gestão deixou de ser diferencial, é requisito básico para permanecer no jogo.
Pais & Filhos Brinquedos lança jogo inspirado no clássico “Passa ou Repassa”, sucesso do SBT
A Pais & Filhos Brinquedos, uma das principais fabricantes nacionais com mais de 27 anos de mercado e um portfólio de mais de 800 produtos, amplia sua linha licenciada com o SBT e apresenta o jogo oficial Passa ou Repassa. A novidade promete conquistar crianças, jovens e adultos com uma disputa divertida e cheia de desafios, baseada no famoso quadro do programa “Domingo Legal”.
No jogo, os participantes se dividem em equipes e precisam responder perguntas de múltipla escolha em diversas categorias. Se errar, pode “passar” a pergunta para o adversário ou “repassar” e arriscar a resposta. Quem acerta ganha pontos e se aproxima da vitória. Assim como no programa, agilidade e estratégia fazem toda a diferença na dinmica da brincadeira.
A novidade faz parte da bem-sucedida parceria entre a Pais & Filhos Brinquedos e o SBT, que já rendeu sucessos de vendas como o “Show do Milhão” e o “Nada Além de um Minuto”, ambos lançados no primeiro semestre de 2025.
“O Passa ou Repassa é um clássico que atravessa gerações. Transformar esse sucesso da TV em um jogo de tabuleiro é uma forma de levar a diversão e a competição saudável das tardes de domingo para dentro da casa das famílias brasileiras”, destaca Tamara Campos, Head de Marketing e Produtos do Grupo Gala/Pais & Filhos Brinquedos.
“O Passa ou Repassa é um dos quadros mais emblemáticos e queridos da televisão brasileira, e transformá-lo em um jogo é uma forma inteligente e afetiva de estender essa conexão com o público para além da TV. Essa parceria com a Pais & Filhos reforça o potencial dos nossos conteúdos como marcas que geram experiências e permanecem vivas na memória afetiva das famílias. Agora, o público tem mais uma oportunidade de se reunir para viver momentos de diversão e interação, também fora da tela”, afirma Fernando Justus Fischer, Diretor de Novos Negócios do Grupo Silvio Santos.
O jogo já está disponível nas principais lojas especializadas e redes varejistas de todo o Brasil.
Profissionais usam a própria trajetória para construir reputação e autoridade como ativo estratégico no mercado
A autoridade profissional deixou de ser reflexo exclusivo de competências técnicas. Para a psicóloga e empresária Fernanda Tochetto, fundadora do Tittanium Club e especialista em mentalidade de alta performance, a construção da autoridade no mercado está baseada em três pilares: consistência na entrega, clareza de posicionamento e valorização da própria trajetória. “Você só será respeitado quando passar a se respeitar. A sua história é o seu DNA. É isso que justifica o lugar onde você está”, afirma Tochetto.
Durante seminário realizado no primeiro semestre de 2025, Tochetto apresentou ferramentas práticas como o Quadro de Talentos e o Roadmap de Carreira para ajudar profissionais a resgatarem sua narrativa, identificarem seus diferenciais e estruturarem um posicionamento de valor nos ambientes digital e presencial. A proposta parte da premissa de que tudo comunica, inclusive a ausência de posicionamento. “Aquilo que você não posiciona, também se posiciona. Ou você assume sua história, ou ela será contada sem você”, pontua Tochetto.
A metodologia propõe que o profissional organize sua linha do tempo em cinco marcos: ponto zero, pico de crescimento, zona de estagnação, momento presente e destino desejado. O objetivo é transformar experiências em ativos de valor percebido, que sustentem a reputação com autenticidade e coerência. “Consistência é mais poderosa do que qualquer estratégia de marketing. Autoridade é o que os outros enxergam sobre você sem que você precise dizer nada”, destaca a especialista.
Outro conceito discutido por Fernanda Tochetto é a distinção entre influência e autoridade. Enquanto a influência está baseada na atenção momentânea, a autoridade é construída com provas sociais, entrega de valor e posicionamento estratégico. “Não basta estar presente. É preciso estar posicionado com clareza. A autoridade não se compra, se constrói. E muitas vezes ela é transferida por quem valida seu trabalho, um cliente, um parceiro, uma referência do mercado”, explica Tochetto.
Dados do Instituto Edelman Trust Barometer 2024 indicam que 68% dos brasileiros confiam mais em líderes com reputação bem construída do que em marcas institucionais. O dado reforça o papel do profissional como agente de comunicação direta com o público, especialmente em um cenário que valoriza a humanização das relações de consumo e negócios.
Segundo Fernanda, presença não significa apenas ocupar um espaço, mas marcar aquele espaço com propósito. “Se você escolhe estar em algum lugar, posicione-se. Esteja onde você está disposto a sentar, com coerência entre imagem, discurso e entrega”, afirma. Para ela, o ambiente certo, composto por conexões, feedbacks e mentorias, acelera a construção de autoridade e a virada de chave na carreira. “Você precisa sentar à mesa certa. Quem não mostra sua evolução, deixa de existir para o mercado”, reforça a empresária.
A especialista também alerta para os riscos da busca pela perfeição como justificativa para a inércia. “Muitos profissionais não se posicionam porque esperam o momento perfeito. Mas quem sabe o que faz, ajusta no percurso. A autoridade é construída na prática, com consistência e verdade”, conclui Tochetto.
Entre as ferramentas apresentadas no seminário estão o quadro de Talentos, um instrumento de autoconhecimento que parte de três perguntas-chave, o que você faz, quais são seus cortes e diferenciais e o que desenvolveu até o momento. Também foi apresentado o Roadmap de Carreira, uma linha do tempo com cinco marcos estratégicos que incluem ponto zero, pico de crescimento, zona de estagnação, momento atual e destino desejado.
Sobre Fernanda Tochetto
Fernanda Tochetto é psicóloga, empresária e autora best-seller, com mais de 24 anos de experiência em educação empresarial. Especialista em mentalidade de alta performance, dedica-se a transformar resultados por meio de estratégias que englobam autoridade, vendas e desenvolvimento de ecossistemas empresariais. Fundadora do Tittanium Club, movimento de educação empresarial que utiliza metodologia exclusiva para promover o crescimento pessoal e profissional, e cofundadora da Mentoring League Society (MLS), a maior liga de mentores do Brasil.
Fernanda também é idealizadora do método “Saia do Rascunho” e apresentadora do podcast homônimo, além de autora do livro “Destrave a sua vida e saia do rascunho”, que figura entre os mais vendidos do país.
Para mais informações, visite o site oficial ou o Instagram.
Fora do feed: como engajar consumidores com experiências ao vivo
Narrativas ao vivo e storytelling interativo são algumas ferramentas do live marketing para gerar conexões reais com o público
Com o segundo semestre batendo à porta, não faltam marcas investindo em marketing digital, mídia paga e automações de ponta. O que falta, para muitas delas, é resultado real. Mesmo com orçamentos robustos, os números seguem abaixo do esperado, e a conexão genuína com o público está cada vez mais rara.
Nesse “vácuo” de conexão, o live marketing mostra sua força; afinal, se o digital não dá conta sozinho, é hora de sair do feed. Em vez de aparecer na timeline, como todas as outras marcas do mercado, aquelas que querem ser lembradas estão criando experiências no mundo real, que envolvem, emocionam e geram conversa.
“Em um ambiente saturado por mensagens digitais genéricas, o live marketing traz experiências ao vivo, que priorizam a interação direta com o público e se destacam por gerar proximidade e memórias duradouras. O consumidor de 2025 busca, além de campanhas bem produzidas, presença, diálogo e experiências que façam sentido no seu dia a dia”, afirma Ramon Prado, sócio e CEO daHUSTLERS.BR, agência especializada em Live Marketing e Estratégia Digital.
A seguir, ele destaca como gerar impacto direto nos resultados da empresa ainda este ano com a ajuda do live marketing. Confira:
Experiências sensoriais
Ações imersivas se destacam pela capacidade de envolver o público por meio de estímulos visuais, sonoros e táteis, que transformam a interação com a marca em vivência concreta. Essas experiências, normalmente presentes em eventos corporativos, ativações em espaços públicos e pontos de venda, aumentam o tempo de permanência no local, incentivam o compartilhamento espontneo nas redes sociais e fortalecem o posicionamento da marca.
Um cenário que simula o universo de um novo produto, por exemplo, pode fazer com que o simples ato de experimentar o item seja marcante, reforçando atributos da empresa, como inovação, criatividade ou sustentabilidade. Com isso, além de consolidar a imagem da marca, essas ações geram lembrança e amplificação orgnica da mensagem junto ao público.
Narrativas ao vivo e storytelling interativo
Integrar storytelling ao vivo em ativações, lançamentos e eventos cria jornadas que comunicam de forma clara o posicionamento da marca. Roteiros bem estruturados, com personagens e participação ativa do público, ampliam o engajamento ao tornar a audiência parte da história. Essa dinmica fortalece o vínculo com a marca, fazendo com que a mensagem seja vivenciada e sentida, e não apenas ouvida.
As marcas podem criar um espetáculo ao vivo que acompanha a jornada de um personagem enfrentando desafios, enquanto o público é convidado a interagir em momentos-chave, decidindo rumos da história ou compartilhando suas próprias experiências relacionadas ao tema.
Participação ativa do público
Em vez de espectadores passivos, os consumidores assumem um papel central nas ações, influenciando conteúdos e desdobramentos em tempo real. Essa lógica de co-criação, aplicada em eventos presenciais, ativações itinerantes e experiências digitais, reforça o vínculo emocional e o senso de pertencimento entre marca e audiência.
Um exemplo disso seria uma ativação itinerante de alguma marca de bebidas, em que os participantes pudessem votar em diferentes sabores a serem lançados, influenciando a produção futura do produto enquanto compartilham suas impressões nas redes sociais em tempo real.
Integração entre físico e digital: o modelo híbrido consolidado
A consolidação do formato híbrido amplia o alcance e a relevncia das ações de live marketing. Ao integrar recursos presenciais e digitais, as marcas conseguem oferecer experiências mais completas, personalizadas e conectadas com os hábitos do público.
Por exemplo, uma marca de cosméticos pode organizar um evento presencial para o lançamento de produtos, enquanto simultaneamente realiza uma live interativa onde consumidores de diferentes regiões participam, fazem perguntas em tempo real e recebem recomendações personalizadas via chat. Essa combinação fortalece a construção de relacionamentos duradouros e posiciona o live marketing como estratégia de negócio, não apenas uma ação pontual.
Sobre a HUSTLERS.BR
A HUSTLERS.BR é uma agência de comunicação especializada em Live Marketing e Estratégia Digital, com soluções inovadoras, autênticas e diversas. De eventos online e presenciais a ativações de marca, oferece um atendimento personalizado, com equipe plural. Liderada por Ramon Prado e Haynabian Amarante, empresários e profissionais pretos com mais de 20 anos de experiência, a HUSTLERS.BR já atendeu clientes como TikTok, Google, Warner Bros., Banco BV, Fiserv e Ultragaz. Uma agência que vive diversidade. Seu propósito é criar experiências únicas e memoráveis unindo inovação, autenticidade e excelência.
Começa, nesta terça-feira, 5 de agosto, a etapa de aceleração do BRDE Labs RS 2025
Nesta terça-feira, 5 de agosto, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Universidade Feevale realizam o Welcome Aboard, quando as 15 startups selecionadas pelo programa iniciam a etapa de aceleração do programa BRDE Labs 2025. O evento acontece a partir das 11h, no Hub One Porto Alegre (Rua Cndido Silveira, 198, bairro Auxiliadora). Pelo quinto ano consecutivo, o Feevale Techpark será responsável pela metodologia de aceleração do programa, que está em sua sexta edição.
A lista das 15 empresas selecionadas para a etapa de aceleração, que inclui mentorias, workshops, networking estratégico, cursos e eventos, pode ser consultada no site https://conteudo.feevale.br/brde-labs.
O processo se estenderá até dezembro deste ano, com o demoday. Nesta edição, serão distribuídos R$ 245 mil, sendo que todos os participantes que chegarem até o final da aceleração serão contemplados com prêmios em dinheiro.
77% dos pais acreditam que a tecnologia transformou a paternidade, aponta pesquisa da Stefanini
A tecnologia está redefinindo a paternidade no Brasil. Pesquisa realizada pela Stefanini Consumer Insights, com mais de 1.000 brasileiros, revela que 77% acreditam que a tecnologia impactou positivamente a relação entre pais e filhos nas últimas décadas, enquanto 95%, entre 315 que se declaram pais, afirmam usar smartphones, aplicativos e redes sociais para manter vínculos com os filhos.
O estudo mostra ainda que, embora 73% concordem que a tecnologia facilita a conexão no dia a dia, apenas 67% enxergam nela um elemento capaz de fortalecer os laços afetivos, um dado que reforça o papel das marcas em criar experiências mais significativas e emocionais.
Além disso, a pesquisa revela um dado importante sobre o papel paterno: 94% dos 315 pais entrevistados se consideram presentes na vida dos filhos e 6% confirmam a presença somente durante a infância.
Consumo
O levantamento também traz tendências para o Dia dos Pais em 2025: 71% das famílias pretendem comemorar a data com uma refeição especial, enquanto perfumes lideram a lista de presentes desejados (30%). No ranking espontâneo de marcas mais lembradas, O Boticário (33%), Natura (11%) e Renner (6%) ocupam as primeiras posições.
Para Adriana Rocha, CEO da Stefanini Consumer Insights, os resultados abrem caminhos estratégicos para as marcas. “Os dados mostram que tecnologia e emoção andam lado a lado. As marcas que souberem usar esse poder para criar campanhas autênticas e experiências que aproximem pais e filhos sairão na frente.”
O estudo também revela um empate entre lojas físicas e online como canais de compra (67%) e aponta um crescimento expressivo das redes sociais como fonte de inspiração, com destaque para o Instagram (56%) e o avanço do TikTok, que entrou no top 4 de plataformas mais consultadas para escolher presentes.
Com um ticket médio de R$ 250 e consumidores cada vez mais atentos à qualidade, promoções e significado, o Dia dos Pais 2025 se apresenta como uma oportunidade para as marcas criarem campanhas que unam tecnologia e emoção, conectando gerações no digital e fora dele.
Sobre o Grupo Stefanini
A Stefanini é uma consultoria tech global que oferece uma ampla gama de soluções com uma abordagem cocriativa e foco constante em resultados. A Stefanini apoia empresas em jornadas de transformação digital e na busca pela excelência operacional. Com um portfólio totalmente acelerado por IA, o grupo Stefanini reúne seu amplo portfólio em sete unidades de negócios: Technology, Cyber, Data & Analytics, Financial Tech, Operations, Marketing e Manufacturing.
Queda no consumo de bebidas alcoólicas fora do lar obriga marcas e empresas a mudarem estratégias de vendas
Por Fábio Luporini
A queda de 34% no consumo de bebidas alcoólicas fora do lar no primeiro trimestre de 2025, no Brasil, conforme apontam dados do estudoConsumer Insights, da Worldpanel, é um forte indicador para a mudança de estratégias de vendas de marcas e empresas. Quem aponta isso é Jéssica Fahl Ribeiro, especialista em gestão ágil, marketing e inovação, da Forward. Criar drinques sem álcool ou diversificar o catálogo de bebidas, além de ações para atingir o público que continua consumindo esse tipo de produto em casa, são algumas das alternativas para manter as vendas aquecidas conforme a necessidade de cada público.
O estudo indica que a Geração Z e os Baby Boomers são os responsáveis pela redução, respectivamente 31% e 32% em cada faixa geracional. Por outro lado, os Millennials tiveram um crescimento de consumo de bebidas não alcoólicas, cerca de 15,2%, em sintonia com um comportamento mais pensado no bem-estar. “Realmente há uma mudança no comportamento da geração mais nova, que tem buscado produtos e serviços que tenham um apelo maior à saúde, ao bem-estar, ao ecológico, ao sustentável. Essa geração é a que viu que o cigarro causa cncer, que beber demais causa acidentes, que esses hábitos não saudáveis têm consequências”, observa Jéssica. De acordo com ela, as bebidas alcoólicas entram nesse rol de produtos não saudáveis com agravantes se consumidos em excesso.
Do ponto de vista do empresário, é preciso estar atento. “Existem comportamentos que não temos como lutar contra nem ignorar. Ao contrário, é preciso encontrar alternativas para se manter no mercado, aproveitando ondas de mudanças de comportamento e consumo para que o negócio prospere e seja sustentável”, avalia a especialista. Entre as alternativas está criar drinques sem álcool. E oferecer produtos como cervejas e vinhos zero álcool. “Grandes marcas como Heineken, Estrela Galícia, Budweiser, Stella Artois, entre outras, já entenderam que a geração mais nova busca saúde e lançou suas cervejas zero álcool”, exemplifica Jéssica.
Algumas empresas vão além. Existem drinques no mercado que são veganos, livres de glúten, com baixa caloria e zero álcool. Na opinião de Jéssica, essas novidades têm o objetivo de conquistar clientes que são mais seletivos. Por outro lado, é preciso estar atento à geração que continua consumindo álcool, mas prefere fazê-lo no conforto de casa. “Nota-se que a geração Baby Boomer tem preferido ficar em casa, pela comodidade. Isso revela que as empresas devem apostar no delivery, em serviços que levem seus produtos ao conforto da casa das pessoas.”
Brasil precisa de caminhos próprios para inovação, dizem especialistas
Por Gabriela Del Carmen
O fortalecimento do ecossistema de inovação no Brasil depende de uma mobilização conjunta entre comunidade e poder público. Ainda assim, a transformação precisa começar de dentro, e empreendedores não devem esperar por ações externas para começar a atuar. O tema foi debatido no segundo dia do HackTown, nesta sexta-feira (1º), em Santa Rita do Sapucaí (MG).
“A comunidade tem que se mexer independentemente do apoio do poder público”, afirmou Ferdinando Kun, líder de comunidade e desenvolvedor de ecossistema no UberHub, iniciativa dedicada ao ecossistema de startups, inovação, tecnologia e empreendedorismo de Uberlândia (MG). Para ele, o apoio governamental é essencial, mas não pode ser o ponto de partida. “Fortaleça seu movimento para que, quando entrarem as políticas públicas, elas sejam facilitadoras. Elas são importantíssimas, claro, principalmente em relação à formação de talentos.”
Segundo Ferdinando, a preparação de pessoas é determinante para evitar que o setor se torne restrito a poucos. Ele lembra ainda que o país tem espaço para novos empreendedores justamente porque enfrenta inúmeros desafios. “É comum ouvir que no Brasil a gente consome, mas não produz. No entanto, a gente tem algumas coisas fora da curva acontecendo, e a questão de IA tem impressionado”, destacou.
Rogers Pereira, diretor-executivo da Join.Ville e country manager da Trusted Health, reforçou a importância de valorizar as particularidades brasileiras em vez de importar modelos prontos de outros países. “Temos que parar de copiar frames de fora só porque deu certo, sem entender os princípios por trás. Lá tem muito dinheiro, muito recurso, outro estágio de maturidade. Isso é bom por um lado, no entanto, os torna mais preguiçosos. No Brasil somos muito mais criativos, pois a necessidade aumenta a criatividade”, afirmou. Para ele, a escassez de recursos acaba se transformando em um estímulo à inventividade local.
Nesse mesmo sentido, Lívia Oliveira, produt owner na Arkmeds, destacou que metodologias externas não podem ser simplesmente aplicadas à realidade nacional. “Não dá para trazer uma metodologia do Vale do Silício na nossa realidade, sem adaptar para o contexto brasileiro”, disse, reforçando que a construção de soluções deve considerar os contextos e desafios próprios do país.