30 empregos que a IA criou (e ninguém esperava) e outros artigos da semana- 10.07.2025

Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: 30 empregos que a IA criou (e ninguém esperava), Brasil lidera uso de IA e amplia demanda por especialistas em experiência do usuário (UX), O que o Brasil deve aprender com a China?, Bahia e Puma lançam uniforme inspirado no Superman, Renda Extra ou Promoção? As Estratégias da Geração Z e dos Millennials para Dobrar a Renda, Como se reinventar aos 40, 50 e 60: autoestima, beleza e estilo na maturidade, Por que pessoas silenciosas têm qualidades extraordinárias, Como preparar o ambiente de TI para a adoção da IA generativa de forma segura e escalável e Hapvida lança programa Play na Vida para formar embaixadores da marca.

 

30 empregos que a IA criou (e ninguém esperava)

Por Camila Ferreira 

 

Durante anos, a ascensão da inteligência artificial foi retratada como uma ameaça direta ao mercado de trabalho. O temor era claro: milhares de pessoas seriam substituídas por algoritmos. Mas enquanto o discurso se concentrava na destruição, uma revolução silenciosa acontecia do outro lado: a IA começou acriar novas profissões — muitas delas surpreendentes, improváveis e altamente valorizadas.

Segundo o relatório mais recente doWorld Economic Forum, oFuture of Jobs Report 2025, a transformação digital devecriar 170 milhões de novos empregos até 2030, mesmo com a extinção de outros 92 milhões. Ou seja: o saldo líquido é positivo — e o novo mercado não será dominado apenas por engenheiros ou programadores. Profissões ligadas à criatividade, linguagem, empatia e comportamento humano estão ganhando força. “Quanto mais a inteligência artificial avança, mais precisamos de humanos para ensinar a ela o que nos torna humanos”, afirma Faustino da Rosa Junior, especialista em tecnologia.

Abaixo, listamos30 empregos que praticamente não existiam até poucos anos atrás, mas que hoje representam uma fronteira poderosa entre tecnologia e humanidade. E sim: muitos deles já pagam salários de cinco dígitos.

30 profissões que a IA criou (e ninguém esperava)

1.Prompt Designer

Especialista em elaborar comandos para gerar respostas de IA mais eficientes, criativas e refinadas.

2.Curador de Dados Sensíveis

Filtra conteúdos inapropriados que alimentam o treinamento de IAs.

3.Moderador Ético de IA

Avalia se respostas geradas violam normas culturais, morais ou legais.

4.Analista de Viés Algorítmico

Investiga decisões enviesadas da IA, como padrões discriminatórios.

5.Treinador de Empatia Artificial

Ensina a IA a interpretar emoções humanas e responder com sensibilidade.

6.Designer de Personalidade Digital

Define traços comportamentais, vocabulário e estilo de fala de assistentes e bots.

7.Roteirista para IA Autônoma

Cria enredos e diálogos para personagens digitais em ambientes interativos.

8.Gestor de Reputação de IA

Administra a imagem pública de tecnologias inteligentes e suas aplicações.

9.Crítico de Respostas Culturais de IA

Analisa como a IA traduz ou reforça valores e estereótipos sociais.

10.Consultor de Humanização de Bots

Deixa assistentes virtuais mais próximos da linguagem e comportamento humanos.

11.Especialista em Deepfake Forensics

Detecta e combate vídeos falsificados com IA.

12.Diretor de Experiência com IA

Desenha jornadas interativas que integram humanos e máquinas com propósito.

13.Diretor de Fotografia de Imagens Geradas

Define luz e composição de imagens feitas por IA para parecerem reais.

14.Ilustrador Pós-IA

Ajusta imagens criadas por IA com um toque humano, especialmente em moda e publicidade.

15.Redator de Biografias para Avatares

Cria histórias realistas para personagens digitais com presença online.

16.Ator de Dados

Fornece expressões e gestos humanos usados para treinar IAs em vídeo.

17.Produtor Executivo de Clones Digitais

Coordena equipes que criam versões digitais licenciadas de celebridades.

18.Especialista em Convivência Humano–IA

Ajuda empresas a integrar IAs de forma saudável aos times humanos.

19.Consultor de Detox Digital pós-IA

Orienta usuários que desenvolvem dependência emocional de interações com IA.

20.Curador de Arte Algorítmica

Seleciona e apresenta obras geradas por IA em galerias e plataformas culturais.

21.Tradutor de IA para Leigos

Explica decisões e respostas técnicas da IA de forma acessível.

22.Engenheiro de Jailbreak Ético

Tenta “quebrar” os limites da IA para detectar falhas e riscos.

23.Especialista em Vozes Sintéticas

Cria vozes digitais para produtos, personagens e avatares corporativos.

24.Coach de Profissionais em Risco de Automação

Ajuda trabalhadores a redefinirem suas carreiras diante do avanço tecnológico.

25.Arquiteto de Mundos com IA Generativa

Constrói cidades e universos digitais usando comandos de linguagem natural.

26.Instrutor de Linguagem Corporal Digital

Modela gestos e expressões para personagens IA usados em vídeo e realidade aumentada.

27.Gestor de Conteúdo de Chatbots

Atualiza e expande o conhecimento das IAs usadas em atendimento ao cliente.

28.Estilista Virtual de Avatares

Desenha roupas e visuais para personagens digitais em metaversos e jogos.

29.Redator de Mensagens para IA em Relacionamentos

Cria conversas para bots afetivos usados em experiências de suporte emocional.

30.Especialista em “Términos Digitais”

Cria roteiros empáticos (ou não) para bots que auxiliam usuários a encerrar relações.

 

Brasil lidera uso de IA e amplia demanda por especialistas em experiência do usuário (UX)

 

O Brasil se destaca globalmente como um dos países mais engajados no uso de inteligência artificial (IA) generativa e no tempo de exposição às tecnologias digitais. De acordo com a consultoria global Oliver Wyman, 57% dos brasileiros já utilizam plataformas baseadas em IA. Entre os principais usos estão assistentes virtuais, ferramentas de machine learning e sistemas de reconhecimento biométrico.

Essa familiaridade com tecnologia se reflete também na rotina digital intensa do país. Segundo o relatório Digital 2023: Global Overview Report, analisado pelo site ElectronicsHub, o Brasil ocupa a segunda posição mundial em tempo de uso de telas. Em média, os brasileiros passam 9 horas por dia conectados à internet — principalmente via smartphones — para se comunicar, consumir, buscar informações e se entreter.

Esse cenário de alta conectividade favorece o avanço da IA no cotidiano. Segundo a pesquisa “Nossa Vida com IA: Da inovação à aplicação”, realizada por Ipsos em parceria com o Google, 81% dos brasileiros utilizam inteligência artificial para buscar informações na web — em atividades como procurar notícias, referências e ideias.

 

A importância da experiência do usuário

O crescimento do uso de IA também acelera a demanda por profissionais de UX (User Experience ou Experiência do Usuário, em tradução livre), uma área estratégica que une design, tecnologia e empatia. Para Aguilar Selhorst, coordenador da graduação 4D em UX Design da PUCPR, o avanço da inteligência artificial não elimina a necessidade de bom design — pelo contrário, amplia sua relevncia. “A IA traz interfaces mais conversacionais e personalizadas, mas exige responsabilidade, clareza e ética. Caberá ao designer garantir que a tecnologia continue humana, transparente e significativa”, afirma.

O relatório “Future of Jobs Report 2025”, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial destaca a crescente importncia das habilidades em User Experience (UX) e User Interface (UI) no cenário laboral até 2030. Segundo o levantamento, os cargos de UI e UX Designers estão entre os 15 empregos que mais crescerão em termos percentuais até 2030, com uma taxa superior a 40%. Design e Experiência do Usuário são citados como habilidades em ascensão, com 45% dos empregadores esperando um aumento em sua importncia.

Selhorst destaca que é comum confundir UI (User Interface ou Interface do Usuário) com UX. “Enquanto a interface está relacionada ao visual de um sistema, a experiência do usuário diz respeito ao que a pessoa sente ao interagir com ele. Uma interface bonita pode atrair, mas só uma boa experiência fideliza”, resume.

A aplicação de UX está presente em diversos contextos: aplicativos de banco e delivery, painéis de carros, smart TVs, assistentes de voz, totens de autoatendimento e até micro-ondas. “A combinação entre uma interface clara e uma experiência fluida determina se o usuário se sente empoderado ou frustrado. A boa UX é invisível, mas essencial”, completa.

 

Desafios e adaptação à realidade brasileira

Apesar dos avanços, muitas interfaces ainda falham em entregar experiências intuitivas. Caixas eletrônicos antigos, máquinas de lavar e sites de órgãos públicos são exemplos de sistemas que ainda apresentam fluxos confusos e baixa usabilidade. “A frustração do usuário é um sinal claro de que o design falhou”, afirma Selhorst.

Nesse contexto, cresce a importncia da “tropicalização” — o processo de adaptar produtos ao perfil do público brasileiro. Isso envolve o uso de linguagem clara, fluxos simplificados e atenção ao nível de letramento digital da população. “Uma UI/UX bem adaptada respeita a cultura local, promove inclusão e gera confiança”, avalia.

 

Formação alinhada ao futuro

Com o aumento da demanda por especialistas em UX, universidades estão revendo seus currículos. Na PUCPR, o curso de UX Design integra disciplinas técnicas, projetos reais com empresas, ferramentas profissionais e uma formação multidisciplinar. “Mais do que ensinar técnicas, buscamos formar profissionais com empatia, visão estratégica e capacidade de traduzir problemas complexos em soluções desejáveis”, explica Selhorst.

O mercado valoriza perfis híbridos — como UX researchers, UI designers, content designers e profissionais com visão de produto e negócio. “O diferencial está em quem sabe ouvir o usuário, interpretar dados e transformar isso em experiências memoráveis”, ressalta.

Com a evolução da IA e o avanço de novas tecnologias, a tendência é que as interfaces se tornem mais naturais, integradas e imperceptíveis. “Veremos a consolidação de comandos por voz, gestos e realidade aumentada. A experiência deixará de ser apenas sobre navegar e passará a ser sobre sentir. O futuro do design centrado no usuário será, acima de tudo, humano”, conclui o professor.

 

O que o Brasil deve aprender com a China?

Por Alexandre Pierro

 

Não é de hoje que a China vem chamando a atenção do mundo com seu crescimento acelerado e forte investimento em inovação e tecnologia. Mas, qual é o seu segredo e, o que o Brasil pode – e deve – aprender com este país? Foi isso que tentei descobrir em uma imersão por cidades como Pequim, Xangai e Guangzhou.

Primeiramente, vale uma rápida volta ao tempo. Em 1995, o PIB do Brasil era de aproximadamente US$ 769 bilhões, enquanto o da China era de US$ 735 bilhões. Curiosamente, esse foi o último ano em que a economia brasileira superou a chinesa. Desde então, a China se tornou uma potência, consolidando-se como a segunda maior economia do mundo. Na época, os dois países eram, basicamente, exportadores de commodities.

Tanto que, em 2000, o PIB da China era de aproximadamente US$ 1,2 trilhão, enquanto o do Brasil girava em torno de US$ 645 bilhões – quase dobrou em apenas cinco anos. Na época, a economia chinesa já era impulsionada por reformas econômicas e industrialização, enquanto o Brasil enfrentava desafios como inflação e ajustes fiscais.

Para entender essa guinada na economia chinesa, precisamos avaliar o contexto de cada país na década de 90. No Brasil, vivíamos a redemocratização com a constituição de 1988; a primeira eleição direta após a ditadura militar, que culminou no impeachment de Fernando Collor; a implementação do Plano Real, em 1994, que controlou a hiperinflação que chegava a quase 2.000% ao ano; a onda de privatizações, como Vale e Telebras; além da globalização do mercado, com maior entrada de investimentos estrangeiros no país.

Na China, após a morte de Mao Tsé-Tung, Deng Xiaoping consolidou sua transição para uma economia de mercado, que eles batizaram como “socialismo ao estilo chinês”, com taxas de crescimento anual superior a 8%. O país se tornou um grande polo de manufatura, atraindo investimentos estrangeiros e fortalecendo sua posição como “fábrica do mundo”. Ali, o país deixou de exportar apenas commodities, incluindo produtos de maior valor agregado.

Boa parte deste fenômeno, se deve à criação das Zonas Econômicas Especiais (ZEE), que são áreas com políticas e regulamentações diferenciadas – como isenções fiscais, taxas alfandegárias reduzidas e regulamentações comerciais mais flexíveis em comparação com o resto da China – visando atrair investimento estrangeiro e promover o desenvolvimento econômico.A abertura ao mundo também se deu com a entrada na OMC – Organização Mundial do Comércio, em 2001.

Para atender aos padrões internacionais, a China se tornou líder mundial em certificações ISO. Em 2000, o país tinha 25.657 certificações ISO 9001, de gestão da qualidade. Em 2022, esse número saltou para 579.447 – um crescimento de 2.258%. O Brasil, no mesmo período, o número foi de 6.719 para 17.589 – um crescimento de 262%. Ou seja, a China cresceu 10 vezes mais.

Mais preparado para vender ao mundo, o país viveu uma grande abundância de empregos, o que fez com que milhões de pessoas migrassem do campo para as cidades em busca de oportunidades. Hoje, a China é o país com o maior número de metrópoles, registrando 19 cidades com mais de 5 milhões de habitantes. A demografia é uma das vantagens competitivas, tendo uma população de 1.42 bilhão de habitantes. No Brasil, somos em 220 milhões.

Óbvio que nem tudo são flores por lá. O Partido Comunista Chinês exerce forte controle sobre a sociedade, o que representa uma linha tênue entre expansão econômica e liberdade de expressão. A população chinesa está envelhecendo rapidamente, o que pode afetar a força de trabalho. A guerra comercial e as sanções impostas pelos Estados Unidos também são um desafio.

Ainda assim, em 2024, o PIB do Brasil cresceu 3,4%, chegando a R$ 2,18 trilhões. Já o PIB da China cresceu 5,4%, com US$ 18,27 trilhões, mantendo-se como a segunda maior economia mundial. Em suma, de 1995 a 2024, o PIB do Brasil cresceu 283%, enquanto o da China, 2.485%.

O motivo? Com certeza, não há um único. Mas, algumas pistas nos mostram como dois países que tinham o mesmo desempenho econômico em 1995, têm realidades completamente diferentes 30 anos depois. O que mais chama atenção é o fato de que a China tem planos de longo prazo, estruturado principalmente em planos quinquenais, que cobrem períodos de cinco anos e definem metas estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do país. Além disso, o governo chinês também estabelece objetivos de desenvolvimento para 15 anos, como o plano de crescimento sustentável até 2035, garantindo continuidade e, ao mesmo tempo, adaptação às mudanças globais.

Outro diferencial é a educação, conhecida por seu rigor, disciplina e seletividade. O sistema educacional é estruturado em diferentes níveis, com exames complexos para avançar de etapa. Para entrar no ensino secundário, os estudantes precisam passar pelo exame Xiaokao. Depois de três anos, enfrentam o Zhōngkao, que define se irão para o ensino médio ou para escolas profissionalizantes. Para ir para a universidade, é preciso enfrentar o Gaokao, um exame nacional considerado um dos mais difíceis do mundo.

Mais bem preparada, a mão de obra do país tem mais capacidade de inovar. Os chineses são tradicionalmente inovadores, tendo sido os criadores do papel, pólvora, bússola, porcelana, impressão, papel moeda e até do macarrão – que muitos pensam ser italiano. O país investe em exploração espacial, veículos elétricos, tecnologia de vigilância, varejo, internet e vem assumindo protagonismo na era da IA.

Não à toa, a China é o país que com maior formação de profissionais STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics). Por ano, são formados 1.5 milhões de engenheiros. Nos EUA, são cerca de 250 mil. No Brasil, 100 mil. O país também lidera na formação de doutores. Em média, são 50 mil, contra 700 mil nos EUA e 15 mil no Brasil.

Resumindo, a China deixa lições importantes ao Brasil no que tange educação e planejamento. Basicamente, o segredo do sucesso por lá foi o tripé: cultura, processos e tecnologia. Primeiro, o investimento na formação das pessoas. Depois, em processos e padrões, o que faz com que os chineses sejam altamente produtivos e eficientes. Não por acaso, o PIB cresceu 10 vezes em 30 anos – a mesma proporção do crescimento em certificações ISO. Com uma base forte, fica muito mais simples desenvolver tecnologia que vai automatizar, escalar e acelerar resultados positivos. Ao que tudo indica, a fórmula está aí. É uma questão de testar e adaptar à nossa realidade.

Alexandre Pierroé mestre em gestão e engenharia da inovação, engenheiro mecânico, bacharel em física e especialista de gestão da PALAS, consultoria pioneira na implementação da ISO de inovação na América Latina.

 

Burocracia impede celeridade das obras de contenção das cheias

Por Federasul

 

Três prefeitos, membros da Granpal, mais o senador Heinze, falam sobre os problemas que tem atrasado as obras de proteção das enchentes

A possibilidade de o Rio Grande do Sul sofrer uma nova tragédia climática mobilizou a FEDERASUL que reuniu no Tá na Mesa desta quarta-feira, 9, lideranças para debater os “Empecilhos às obras de proteção a enchentes”. Participaram do evento realizado no Palácio do Comércio, em Porto Alegre, o prefeito de Taquari e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), André Brito, a prefeita de Eldorado do Sul, Juliana Carvalho, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo e o senador Luis Carlos Heinze.

Ao dar início à reunião-almoço, o presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, lembrou que não parece razoável que o Estado precise sofrer uma nova tragédia parabuscar soluções à morosidade das obras e para vencer a burocracia. “Estamos traumatizados. Se no ano passado prevaleceu o bom senso e a união de todos possibilitando a recuperação do Estado, um ano depois estamos retomando o estado de morosidade. Não podemos permitir que a tragédia seja utilizada como palanque eleitoral. Toda superação foi deixada para trás. Precisamos resgatar o bom senso”, argumentou ao acrescentar que é hora de planejar o futuro. “Quando a vida das pessoas está em risco não é possível tratar as questões de forma ideológica. Mais que desumano, é vergonhoso”, afirmou.

O prefeito de Sebastião Melo destacou que é importante lembrar que a proteção às cheias é uma responsabilidade do Governo Federal. Assegurou, entretanto que a prefeitura tem realizado obras e que a cidade está hoje em melhores condições de proteção do que no ano passado. Disse que o município contraiu empréstimos de R$ 5 milhões, que estão sendo direcionados para obras de prevenção às enchentes.

Já a prefeita de Eldorado do Sul, Juliana Carvalho lamentou que a disputa entre empreiteiras pela realização de obras ao questionarem juridicamente os processos licitatórios estejam atrasando o calendário de proteção ao município. “Todos precisam ter empatia e as empreiteiras devem parar de brigar para que possamos dar continuidade ao trabalho de proteção. Lamentou o êxodo de 30% da população sofrido pelo município depois das inundações do ano passado. Ressaltou ainda o engajamento dos empresários para manter os negócios no município.

O prefeito de Taquari e presidente da Granpal, André Brito, disse que ainda estamos vivendo os efeitos da calamidade de 2024 e que lamentavelmente a burocracia está atrapalhando a realização das obras de proteção. “Precisamos quebrar processos burocráticos para não perder recursos para poder projetar nosso futuro”, justificou.

Por sua vez, o senador Luis Carlos Heinze, disse estar preocupado que não se repita agora o mesmo que ocorreu em 2014, quando o Estado perdeu recursos da União pela demora nos processos de licitação para a realização de obras. “Precisamos diminuir a burocracia, acelerar processos e assinar ainda neste ano os contratos para a realização de obras”, concluiu.

 

Bahia e Puma lançam uniforme inspirado no Superman

Por Redação Máquina do Esporte

 

O Bahia e a Puma anunciaram na noite de terç-feira (9) o lançamento do novo uniforme do clube, que é inspirado no Superman, da DC Studios, cujo novo filme estreia no Brasil nesta quinta-feira (10).

“Acreditamos que o torcedor do Bahia vai se surpreender com essa camisa, que une história, emoção e criatividade”, afirma Luciana Soares, diretora de marketing da Puma Brasil.

Segundo o clube, é a primeira fez que um uniforme de um clube de futebol faz referência a um herói da DC. A peça foi criada em parceria com a Warner Bros. Discovery Global Consumer Products.

“Para a Warner Bros. Discovery Global Consumer Products, é um orgulho fazer parte de uma iniciativa que leva a cultura pop a novas arenas, de forma criativa e relevante para os fãs”, conta Marcos Bandeira de Mello, vice-presidente da Warner Bros. Discovery Global Consumer Products no Brasil.

 

Estreia

A estreia da nova vestimenta será no jogo contra o Atlético-MG, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, no próximo sábado (12).

“O Superman é o primeiro super-herói, e o Bahia é o único clube do Brasil com uma mascote inspirada em um super-herói”, diz Rafael Soares, diretor de marketing e negócios do Bahia.

Estrear uma camisa como essa em campo é motivo de orgulho e mostra o quanto o futebol pode ir além das quatro linhas”

A nova camisa apresenta frente e mangas azul royal e costas em vermelho, com gola em V – azul na frente e vermelha atrás.

O recorte nos ombros remete à capa do Superman. O escudo do Bahia e o logo da Puma aparecem em TPU texturizado metálico prateado, com acabamento que remete ao aço, reforçando a simbologia do herói.

No centro do peito, o símbolo do Superman aparece em vermelho e amarelo entre o escudo do clube e o logo da Puma. Ao fundo, a imagem do globo terrestre se estende de uma cava à outra, simbolizando o alcance global do personagem.

Nas costas, a assinatura traz o logo da DC Studios posicionado abaixo da gola. Os números dos jogadores são amarelos. O uniforme fica completo com shorts azuis (também com escudo e PUMA prateados) e meiões vermelhos.

A nova camisa do Bahia é apresentada em versão única, com características semelhantes ao modelo jogador. O uniforme conta com tecnologia drycell da Puma,  de absorção da umidade.

 

Preços

As vestimentas, que estarão à venda a partir de sábado (12) terão modelo infantil (tamanhos 10 ao 16), por R$ 399,99; e adulto (tamanhos P ao 2GG), por R$ 429,99.

Os modelos serão comercializados nas lojas do Bahia, da Puma no Shopping Morumbi, em São Paulo, e no site da Puma.

 

Renda Extra ou Promoção? As Estratégias da Geração Z e dos Millennials para Dobrar a Renda

Por Andrew Fennell

 

Diante do aumento do custo de vida, da instabilidade no mercado e de uma nova relação com o trabalho, muitos jovens profissionais da Geração Z não estão mais esperando promoções ou reajustes inflacionários. Eles estão assumindo o controle financeiro – seja pedindo um aumento ou criando uma fonte de renda extra.

Enquanto alguns têm sucesso negociando melhores salários, outros estão mergulhando no universo dos freelas e do empreendedorismo.

Mas qual dessas estratégias funciona melhor? Vamos analisar cada caminho e o que a Geração Z e os millennials devem considerar na hora de decidir como aumentar a renda em 2025.

 

A ascensão da autodefesa financeira

A Geração Z está entrando no mercado de trabalho com menos paciência e mais pragmatismo. Eles querem propósito, sim, mas querem dinheiro também.

O “polywork” – a tendência de acumular empregos em vez de depender de uma única fonte de renda –, não é algo novo, mas vem crescendo por conta da mentalidade e das necessidades dos jovens.

No Brasil, 60% dos profissionais têm dois ou mais trabalhos, segundo uma pesquisa da Hostinger, empresa de hospedagem de sites, realizada entre agosto e setembro de 2024 nas principais capitais do país.

De acordo com o levantamento, 31% dos brasileiros que buscam uma fonte de renda extra têm como principal objetivo garantir segurança financeira, 26% buscam complementar os ganhos e 25% desejam alcançar um sonho pessoal.

Segundo um relatório recente da Side Hustle Nation, plataforma sobre renda extra e trabalho paralelo, quase dois terços dos jovens entre 18 e 35 anos nos EUA já têm ou planejam iniciar uma atividade paralela, motivados pelo aumento do custo de vida e pela flexibilidade que os “bicos” oferecem.

Ao mesmo tempo, esses jovens profissionais estão mais assertivos quando o assunto é seu valor no emprego formal. Dados da Nasdaq mostram que 55% da Geração Z negociaram seu salário inicial — mais do que qualquer outra geração.

Seja por meio do empreendedorismo ou da negociação direta, os jovens estão mais dispostos a falar sobre dinheiro.

 

Negociação salarial

Ideal para quem: já está consolidado na função, quer crescer dentro da empresa e prefere uma fonte de renda estável.

Negociar salário pode não parecer glamouroso, mas é uma das formas mais eficazes de aumentar sua renda — especialmente se você já demonstrou seu valor no cargo atual.

Segundo uma análise do instituto de pesquisa Pew Research, dois terços das pessoas que pediram um aumento receberam uma proposta melhor, e 38% delas conseguiram mais do que pediram.

Para especialistas em carreira, negociar é uma das únicas formas de buscar salários mais altos desde o começo. O professor universitário e colaborador da Forbes Benjamin Laker recomenda mirar um reajuste realista, entre 5% e 10%, e alinhar o pedido aos objetivos do negócio para aumentar as chances de sucesso.

Vantagens da negociação salarial:

Aumentos acumulados ao longo do tempo impulsionam a renda futura;

Fortalece a confiança e habilidades de argumentação;

Reforça sua imagem profissional dentro da empresa.

Desafios:

Pode ser desconfortável, especialmente se você não tem margem de negociação;

Exige preparo, pesquisa e bom timing;

Não resolve insatisfações profundas com o cargo ou a empresa.

Se você tem bom desempenho e não passa por uma revisão salarial há um tempo, talvez seja a hora de iniciar essa conversa.

 

Renda extra

Ideal para quem: busca flexibilidade, liberdade criativa ou se sente estagnado no trabalho atual.

As rendas extras evoluíram e hoje englobam desde consultorias digitais e aulas online até revendas, negócios de nicho e criação de conteúdo.

De acordo com pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA, três a cada dez jovens brasileiros até os 27 anos querem empreender.

Nos EUA, 26% da Geração Z já têm um “bico”, segundo o canal de notícias americano Scripps News. E mais da metade espera gerenciar múltiplas fontes de renda nos próximos cinco anos.

Um estudo da LendingTree, marketplace de empréstimos online, apontou que, em média, essas atividades geram cerca de US$ 1.200 por mês — embora a mediana fique em torno de US$ 400. Mais importante ainda: 61% dos entrevistados afirmam que essa renda extra é essencial para pagar as contas.

Vantagens da renda extra:

Garante mais autonomia financeira e liberdade criativa;

Desenvolve habilidades valorizadas no mercado;

Pode se transformar em um negócio em tempo integral.

Desafios:

Exige tempo e disciplina fora do expediente;

A renda pode ser instável ou demorar para engrenar;

Risco de sobrecarga se não houver equilíbrio.

Como escolher o que funciona para você

Em vez de se perguntar qual estratégia é “melhor”, pense em qual faz mais sentido para a sua realidade hoje.

Reflexões úteis:

Tenho argumentos e resultados que me dão força em uma negociação salarial?

Meu trabalho atual é uma escolha de longo prazo ou uma etapa temporária?

Tenho tempo – mesmo que em blocos curtos – para me dedicar a um projeto paralelo?

O que mais me motiva: crescer na carreira ou ter liberdade criativa?

Responder a essas perguntas pode te ajudar a identificar o caminho que melhor combina com seu momento e seus objetivos.

 

Dá para fazer os dois?

Em muitos casos, sim, mas com estratégia.

Alguns profissionais negociam salários melhores no trabalho enquanto tocam uma consultoria ou empresa paralela. Outros usam a renda extra para bancar cursos e certificações que aumentam seu valor no emprego formal. Com equilíbrio, isso pode gerar mais segurança financeira e acelerar sua evolução profissional.

Mas atenção: estabeleça limites. Defina horários para os projetos paralelos. Verifique se há cláusulas de conflito de interesse no seu contrato. E seja honesto consigo mesmo sobre o que consegue sustentar a longo prazo.

 

Assuma o controle da sua trajetória financeira

Num mercado de trabalho moldado pela automação e por novas prioridades, a Geração Z e os millennials não estão mais presos às avaliações anuais nem à velha escadinha corporativa. Estão traçando seus próprios caminhos (dentro e fora do escritório), e muitas vezes os dois ao mesmo tempo.

 

*Andrew Fennell é especialista em carreiras e fundador da StandOut CV. Ele escreve sobre elaboração de currículos e estratégias de busca de emprego para líderes há mais de 10 anos.

 

Como se reinventar aos 40, 50 e 60: autoestima, beleza e estilo na maturidade

Por Gazeta do Povo

 

Por muito tempo, o envelhecimento foi sinônimo de invisibilidade, especialmente para as mulheres. Mas esse cenário vem mudando e, cada vez mais, elas mostram que é possível valorizar a beleza na maturidade, construir um estilo próprio e descobrir como se reinventar aos 40, 50, 60 anos ou mais. O movimento ganha força entre mulheres que decidem se reconectar consigo mesmas e começar uma nova fase mais leve, confiante e cheia de propósito.

A tendência reflete uma transformação que já impacta o mercado da moda e da publicidade. “A mulher chega aos 40 se perguntando: ‘e agora?’ E é aí que ela descobre que ainda há muito para viver, conquistar e expressar”, explica Anita Bacelar, diretora da Milano Models, agência especializada em modelos maduras.

A reinvenção aos 40 nasce do desejo de resgatar a própria identidade e romper com os estigmas que cercam essa fase da vida. A mudança pode começar com renovação no guarda-roupa, novo corte de cabelo, transição de carreira ou, simplesmente, olhar mais amoroso para si mesma. Trata-se de um caminho de reconexão, onde cada mulher se permite viver de forma mais leve, verdadeira e alinhada com quem ela é hoje.

Para muitas, a moda se torna uma grande aliada. Cores, formas, texturas e acessórios deixam de ser apenas tendências e passam a refletir personalidade, história e escolhas. O estilo aos 40, 50 e 60 anos não segue regras: prioriza conforto, autenticidade e liberdade de ser.

 

Autoestima começa pelo autoconhecimento

O primeiro passo para fortalecer a autoestima na maturidade é praticar o autoconhecimento. Antes de qualquer transformação externa, é essencial olhar para dentro e entender o que faz você se sentir bem, confiante e confortável. Na sequência, investir em peças que representem sua essência faz toda a diferença — roupas de qualidade, com bom caimento e que traduzam sua personalidade.

Vale também se permitir ousar: apostar em cores vibrantes, estampas, acessórios marcantes ou até mudanças no cabelo pode ser uma forma poderosa de reforçar seu estilo aos 40, 50 e 60 anos.

Mais do que seguir padrões, o segredo está em buscar inspiração em mulheres que mostram que a beleza autêntica depois dos 40 não está ligada à juventude, e sim à presença, à confiança e à verdade. Por isso, cuidar de si, celebrar suas conquistas e honrar sua própria história faz parte de uma trajetória de fortalecimento, onde moda, autocuidado e bem-estar caminham juntos.

 

Por que pessoas silenciosas têm qualidades extraordinárias

Por Redação CB Radar

 

Num mundo cada vez mais repleto de estímulos sonoros e visuais, encontrar aqueles que valorizam e buscam o Silêncio pode parecer raro. No entanto, essas pessoas muitas vezes possuem qualidades excepcionais que vão além da simples apreciação por momentos tranquilos. Não é incomum que tais indivíduos sejam dotados de uma calma interior. Este atributo não se resume à busca por serenidade espiritual, mas reflete um conforto intrínseco com seus próprios pensamentos e emoções, sem a necessidade de distrações externas. Tal habilidade é especialmente valiosa em um mundo onde o silêncio pode ser entendido como constrangedor ou incômodo para muitos.

Além da calma, esses indivíduos tendem a sentir-se confortáveis com a solidão. Diferente do que muitos acreditam, esse conforto não indica isolamento social ou aversão à presença de outros, mas sim a capacidade de desfrutar da própria companhia. A solidão, quando abraçada, pode ser verdadeiramente terapêutica, proporcionando um espaço para o autoconhecimento e a reflexão sem interrupções ou exigências externas. Para essas pessoas, momentos de solitude são vistos como oportunidades de recarga e autorreflexão.

 

Como o Silêncio está relacionado à empatia?

Curiosamente, o apreço pelo Silêncio e pela solidão frequentemente vem acompanhado de um alto nível de empatia. Aqueles que sabem aproveitar momentos de Silêncio podem desenvolver uma compreensão mais profunda das emoções alheias, sendo capazes de captar sinais não-verbais e manter uma comunicação efetiva mesmo na ausência de palavras. Estudos indicam que essa empatia ampliada não é apenas uma questão de observar, mas de sentir com mais profundidade os estados emocionais dos outros, resultando em uma interação humana mais genuína e significativa.

Junto com a empatia, pessoas que desfrutam do Silêncio também manifestam uma forte autoconfiança. A ausência da necessidade de preencher todo espaço com palavras ou ações demonstra um alto grau de segurança em suas próprias capacidades e valor. Para essas pessoas, o confronto com o Silêncio não desperta insegurança; pelo contrário, amplia a clareza de seus pensamentos e sentimentos, confirmando sua identidade e intenções.

 

Qual é a relação entre o Silêncio e a introspecção?

Para muitos, o Silêncio é um meio pelo qual a introspecção floresce. Examinar os próprios pensamentos e sentimentos de forma consciente demanda um grau de Silêncio e solidão que aqueles confortáveis com a quietude sabem valorizar. Por meio da introspecção, essas pessoas conseguem evoluir em termos pessoais, compreendendo melhor seus desejos, motivações e a direção que desejam tomar na vida. Tal prática enriquece seu universo interior, fornecendo insights valiosos para suas jornadas individuais.

Por fim, a capacidade de se envolver profundamente nas tarefas sem distrações externas destaca-se como outra qualidade notável dessas pessoas. Foco e concentração se tornam inerentes quando o barulho é minimizado, permitindo que a mente se dedique totalmente a atividades específicas, seja no ambiente de trabalho, estudo ou durante momentos de lazer. Com essa habilidade, não apenas a produtividade é otimizada, mas também o estresse é reduzido, promovendo um equilíbrio saudável entre as exigências da vida moderna e a necessidade de reflexão pessoal.

Assim, enquanto o ruído do mundo moderno continua a crescer, aqueles que buscam o Silêncio não apenas encontram consolo, mas também cultivam uma série de qualidades raras que lhes permitem navegar pelo mundo com profundidade e significado. O Silêncio, longe de ser uma simples ausência de som, oferece um espaço vital para transformação pessoal e conexão com o que realmente importa.

 

Como preparar o ambiente de TI para a adoção da IA generativa de forma segura e escalável

Por Atilla Arruda, diretor de Vendas da Solo Network

 

A IA generativa está transformando a forma como empresas conduzem seus processos e se relacionam com os clientes – onde sua adoção começou. Agora, quanto mais a IA também tem sido usada em processos de negócios, como análise de dados, previsão de tendências e suporte em decisões estratégicas, mais as empresas precisam se preparar para que a inserção dessa nova tecnologia não se torne um problema no futuro.

Não se trata apenas de empregar uma tecnologia inovadora, mas de assegurar que sua implementação seja feita de modo consistente. Nesse sentido, vale lembrar que cada empresa possui demandas específicas em termos de segurança cibernética, conformidade na governança de dados e robustez de infraestrutura. Ao observá-las de forma integrada, é possível explorar todo o potencial da IA generativa sem comprometer a estabilidade e a reputação do negócio.

E, para isso, é necessário considerar três pilares: segurança cibernética, governança de dados e infraestrutura — antes de integrar essa inovação.

 

Segurança da informação: preocupação constante

O primeiro deles, o desafio de cibersegurança, é um problema em nível global. No Brasil em especial, os executivos estão conscientes dos riscos: a pesquisa Global Digital Trust Insights 2025, conduzida pela PWC, apontou que 68% dos tomadores de decisão brasileiros têm a percepção de que a IA aumenta a superfície de ataque. Isso significa que, com a IA generativa, surgem vetores de ataque mais complexos e imprevisíveis, tornando as organizações potencialmente mais vulneráveis. Ainda de acordo com a mesma pesquisa, ao menos 74% dos CEOs no Brasil acreditam que a IA generativa provavelmente aumentará o risco de cibersegurança. A média global é de 64%.

Em termos de prontidão, porém, muitas empresas brasileiras ainda estão estruturando seus programas de segurança para IA. Tecnologias modernas de defesa (como monitoramento de modelos em produção, detecção de deepfakes) começam a ser adotadas pelas grandes empresas no país, enquanto nos EUA e Europa já há iniciativas maduras focadas em segurança de modelos de IA. Regulamentações em discussão (no Brasil, o PL 2338/2023; na UE, o AI Act) também influenciam: na Europa, por exemplo, espera-se obrigatoriedade de proteção contra ataques, e requisitos de cibersegurança por projeto para sistemas de IA de alto risco – nosso país tende a seguir padrões similares de exigência no futuro.

Do ponto de vista ofensivo, criminosos podem usar IA generativa para automatizar e aprimorar ataques cibernéticos. Por exemplo, a tecnologia permite criar phishing altamente personalizado e convincente, imitando comunicações de fontes confiáveis. A tecnologia também viabiliza a geração de deepfakes – vídeos ou áudios falsos de executivos – usados em fraudes de engenharia social​. Outras ameaças incluem a criação automatizada de malware adaptativo e a busca por vulnerabilidades zero-day em códigos usando algoritmos de IA.

Do lado defensivo, vale notar que a IA generativa também pode auxiliar na cibersegurança – por exemplo, na análise de padrões de ataque ou na automação de respostas a incidentes​. Porém, o consenso global é que os riscos superam as vantagens se não houver preparo adequado. Empresas no Brasil e no mundo estão aumentando investimentos para lidar com esses desafios: 80% dos executivos brasileiros afirmam ter ampliado investimentos em gestão de riscos e governança de IA nos últimos 12 meses (vs. 72% globalmente)​ – de acordo com o estudo da PWC. Ou seja, há um movimento forte para aprimorar a resiliência cibernética diante da IA generativa, seja adotando frameworks de gestão de risco, seja aprimorando ferramentas de proteção.

 

Governança de dados: ainda precisamos avançar

Implementar IA generativa de forma responsável requer uma sólida governança de dados. Isso envolve lidar com exigências regulatórias, aderir a frameworks de conformidade e superar desafios práticos na gestão de dados usados por modelos de IA. Diferentemente da governança tradicional de TI, a governança de IA abrange aspectos de ética, transparência e accountability no uso de algoritmos e dados. Dentro dessa perspectiva, duas frentes são críticas: atender às leis e regulações aplicáveis e estabelecer processos internos que garantam qualidade e uso adequado dos dados.

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõe obrigações rígidas sobre coleta, armazenamento e uso de dados pessoais​. Isso significa que projetos de IA generativa devem, desde a concepção, incorporar princípios de privacidade por design, assegurando finalidade específica, minimização de dados e consentimento para uso de informações pessoais​. O não cumprimento dessas regras pode levar a multas severas e danos reputacionais​.

Além da LGPD, está em tramitação o Marco Legal da IA (PL nº 2338/2023), que estabelece diretrizes gerais para o desenvolvimento e aplicação de IA no país​. Embora ainda não aprovado, esse projeto de lei já sinaliza direitos que as empresas deverão respeitar, como: direito à informação prévia (informar quando o usuário está interagindo com um sistema de IA), direito à explicação das decisões automatizadas, direito de contestar decisões algorítmicas e direito à não-discriminação por vieses algorítmicos​.

Esses pontos exigirão que empresas implementem transparência nos sistemas de IA generativa (por exemplo, deixando claro quando um texto ou resposta foi gerada por máquina) e mecanismos de auditoria para explicar como o modelo chegou a determinada saída.

A Europa também está endurecendo a regulamentação sobre a IA. O EU AI Act classifica sistemas de IA em categorias de risco (mínimo, limitado, alto e inaceitável) e impõe requisitos proporcionais. Modelos de uso geral e IA generativa (como grandes modelos de linguagem) deverão cumprir obrigações de transparência e segurança adicionais​.

Por exemplo, fornecedores de modelos genéricos serão obrigados a realizar avaliação de riscos dos sistemas, documentar rigorosamente os modelos (incluindo fornecer resumos dos dados de treinamento e garantias de conformidade com leis de direitos autorais) e reportar incidentes graves​. Também há exigências de indicar quando conteúdo é gerado por IA – a UE demandará etiquetagem de deepfakes e aviso aos usuários ao interagirem com chatbots, por exemplo​.

Os Estados Unidos não contam com uma legislação específica, mas o NIST AI Risk Management Framework orienta as empresas a adotarem princípios de governança semelhantes, focando em transparência, equidade e accountability.

Apesar dessas referências, na prática muitas empresas enfrentam desafios de implementação de governança na IA generativa. Um estudo recente no Brasil revelou que 98% das organizações não possuem uma estrutura abrangente de governança para IA generativa​. Ou seja, apenas 2% têm algo próximo de um framework completo atualmente. Além disso, menos de 5% oferecem treinamento avançado em governança e monitoramento de IA para suas equipes​.

 

Infraestrutura tecnológica para IA generativa

Um estudo recente realizado pela Cisco apontou que 74% dos gestores de TI brasileiros devem aumentar a capacidade de processamento, com mais GPUs em data centers para suportar futuras cargas de IA. Em ambientes on-premises, isso pode significar adquirir clusters de servidores equipados com múltiplas GPUs e interconectados por redes de alta velocidade (por exemplo, redes InfiniBand de 100 Gbps ou mais, para garantir baixa latência entre nós de processamento). Já em ambientes de nuvem, as empresas estão optando por instncias otimizadas para ML oferecidas pelos fornecedores de nuvem pública, nas quais é possível alugar GPUs por hora.

A decisão entre construir infraestrutura local ou usar a nuvem é estratégica. A nuvem oferece elasticidade – ou seja, recursos podem ser escalados sob demanda, o que é ideal para projetos de IA com carga variável ou experimental. Além disso, fornecedores de nuvem mantêm o hardware atualizado, liberando a empresa do ônus de atualizações frequentes. No contexto de IA generativa, onde novas arquiteturas e chips aparecem rapidamente, essa agilidade é um ponto forte. No Brasil, muitas empresas estão adotando a nuvem híbrida: mantêm alguns recursos on-premises (por questões de soberania de dados ou latência local) e alavancam nuvens públicas para picos de processamento ou para acessar recursos avançados indisponíveis internamente.

Contudo, a nuvem traz preocupações com custos de longo prazo (o uso intensivo de GPUs pode gerar contas elevadas se não houver planejamento) e localização dos dados – empresas reguladas às vezes precisam garantir que dados sensíveis fiquem em data centers localizados em solo nacional.

No Brasil, embora as grandes corporações (bancos, telecom, etc.) tenham orçamentos de TI significativos, historicamente o investimento em HPC (computação de alta performance) era voltado para segmentos específicos. Com a explosão da IA generativa, vemos uma corrida para atualizar a infraestrutura: em 2024, 54% dos líderes de TI brasileiros se consideravam apenas moderadamente preparados, no máximo, quanto à infraestrutura para IA​, e quase metade admite limitações de escalabilidade em seus ambientes atuais​​. Ou seja, há um terreno a evoluir. Ainda assim, 62% das empresas no Brasil já figuram entre os perfis mais avançados (pacesetters ou chasers) em prontidão de infraestrutura de IA – um número ligeiramente menor que a média global, mas próximo​.

Isso indica que o Brasil não está muito atrás na adoção de infraestrutura moderna, ainda que a lacuna de topo exista (empresas globais de tecnologia operando no país têm vantagens).

Em síntese, a adoção de IA generativa com foco em segurança cibernética, governança de dados e infraestrutura sólida tem o potencial de impulsionar a competitividade das empresas brasileiras em um cenário cada vez mais orientado pela inovação. Embora haja desafios, como a necessidade de ampliar frameworks de governança, alinhar políticas internas às regulamentações, e investir em infraestrutura de alta performance, observa-se um movimento consistente de amadurecimento no país. Cada organização deve analisar suas demandas específicas, seja priorizando a proteção de dados pessoais, estabelecendo processos de auditoria e transparência ou ampliando a capacidade computacional para lidar com algoritmos de última geração.

 

Hapvida lança programa Play na Vida para formar embaixadores da marca

 

Iniciativa capacita colaboradores, vendedores, médicos e dentistas da empresa para criação de conteúdo original para redes sociais

Preparar colaboradores e prestadores de serviço para que atuem como criadores de conteúdo digital, com informações relevantes sobre saúde e sobre os valores da companhia. Esse é o propósito do projeto Play na Vida, lançado pela Hapvida. Profissionais ligados à empresa passarão por etapas de formação e cocriação, com treinamentos e aulas.

“Como a maior operadora de saúde e odontologia da América Latina, a Hapvida entende que comunicar e educar é também cuidar das pessoas. O projeto nasce com um propósito estratégico: formar nossos colaboradores, médicos, dentistas e vendedores da Hapvida para se tornarem embaixadores da marca, mostrando que saúde no ambiente digital também é parte da vida”, explica Jaqueline Sena, vice-presidente de Marketing e Odontologia da companhia.

 

Inscrição e seleção

As inscrições e a seleção acontecem nos meses de junho e julho. Todas as informações estão disponíveis no site do programa www.playnavidahapvida.com.br. Serão escolhidos 50 participantes de diferentes faixas etárias, perfis regionais e áreas de atuação na empresa. Os selecionados contribuirão com conteúdos originais para suas redes sociais pessoais e da companhia, participando de treinamentos voltados à prática. À medida que forem avançando no projeto, os alunos ganharão pontos que poderão ser trocados por prêmios.

Durante uma semana, os alunos terão acesso a cursos exclusivos sobre produção de conteúdo, comunicação digital, tendências, marketing digital, marketing de influência, redes sociais, storytelling, posicionamento de marca, criatividade e desenvolvimento de marca pessoal. “Mais do que entreter ou informar, eles têm a responsabilidade de manter um ambiente digital saudável e serem fontes confiáveis. Acreditamos que valorizar a vivência de quem constrói a Hapvida todos os dias é uma maneira de reforçar nosso posicionamento de marca, fortalecer o propósito da empresa e garantir uma saúde de qualidade, inclusive na internet”, destaca a vice-presidente.

Sobre a Hapvida

Com cerca de 80 anos de experiência, a Hapvida é hoje a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia, que possui mais de 71 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia espalhados pelas cinco regiões do Brasil.

Todo o aparato foi construído a partir de uma visão voltada ao cuidado de ponta a ponta, a partir de 87 hospitais, 78 prontos atendimentos, 351 clínicas médicas e 299 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Rolar para cima

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência de acordo com a nossa
Política de Privacidade ao continuar navegando você concorda com estas condições.