Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: Lembra dos bebês mamíferos? Eles cresceram (e estão estufados) na nova campanha da NotCo, O Rumos Mais Pretos está aceitando inscrições até 10 de julho para estudantes, organizações e agências de publicidade, Bill Gates e a produtividade no Brasil, Será voluntária a adesão à nova geração da televisão brasileira, a TV 3.0, Será que o futuro do marketing de performance é ser… meio Mad Men, meio Zuckerberg?, A partir de 10 de julho, o Instagram se tornará pesquisável, Consul e DM9 encerram parceria depois de polêmica no Cannes Lions, O que as agências de propaganda podem fazer para combater o etarismo?, Por Que a Vida Off-line Está Virando o Novo Normal, Universidade, caminho para a depressão?, Pesquisa BMI revela que, apesar de onda global de críticas, a agenda ESG/DE&I segue como estratégica para 95% das empresas brasileiras e A revolução das plataformas digitais na inovação e transformação empresarial
Lembra dos bebês mamíferos? Eles cresceram (e estão estufados) na nova campanha da NotCo
Por Juliana Pio
A NotCo decidiu revisitar um dos maiores sucessos da publicidade brasileira para lançar a nova fase da linha NotMilk. Inspirada na icônica campanha dos “mamíferos” da Parmalat, exibida pela primeira vez em 1996, a foodtech chilena aposta no humor e na memória afetiva para mostrar que o leite de origem animal não funciona para todos — e apresentar suas alternativas vegetais como opções funcionais e mais leves.
Criada pela agência David, com produção da O2 Filmes e trilha da Mr. Pink, a nova campanha traz adultos fantasiados como animais — em referência direta à peça original — que aparecem tristes e com a barriga inchada após consumirem leite de vaca. A transformação acontece quando eles experimentam o NotMilk: os personagens voltam a sorrir, ganham leveza e se livram do desconforto.
“Com o tempo, muita gente acaba descobrindo alergias, intolerâncias ou outras questões com o leite de vaca. É um assunto delicado, mas nada como o bom humor para ajudar a digerir tudo isso. Não estamos dizendo que beber leite é errado, mas definitivamente não é para todos os mamíferos”, diz Renato Simon, diretor de criação da David.
Assim como na campanha da Parmalat, criada pela DM9DDB, os bichinhos de pelúcia — febre entre as crianças nos anos 1990 — também estão de volta. Agora, os personagens adultos interagem com as versões atualizadas dos brinquedos, como forma de criar uma ponte entre gerações.
“Mais uma vez a galera da David brilhou e como um bom intolerante à lactose que sou, minha identificação com a campanha de NotMilk foi instantânea. Nos divertimos montando uma floresta de papel higiênico para colocar mamíferos adultos sofrendo de cólica, gases e inchaço abdominal?”, diz Paulinho Caruso, diretor da O2.
Além de reforçar o vínculo emocional, a campanha marca o relançamento da linha NotMilk em uma realidade na qual, segundo a pesquisa Opinaia Brand Track, 91% dos brasileiros consomem algum tipo de leite semanalmente, mas apenas 19% optam por versões vegetais.
“Queremos que mais consumidores experimentem o NotMilk para desmistificar a ideia de que o leite vegetal não é gostoso, seja porque nunca provaram ou não tiveram uma experiência como essa em outras marcas. Temos a maior taxa de lealdade da categoria, pois quem experimenta, gosta e fica”, afirma Fernanda Schwarzstein, head de marketing da NotCo no Brasil.
A executiva reforça o poder da nostalgia como ferramenta de conexão. “É uma estratégia poderosa que desperta emoções e fortalece a conexão entre marcas e consumidores, não à toa, grandes marcas do mercado de alimentos e beleza, por exemplo, estão retornando com a venda de produtos icônicos da década de 1990″, diz. “Com essa nova campanha queremos entregar essa sensação para quem vai consumir os nossos produtos, e ao mesmo tempo, despertar curiosidade nos mais jovens”, complementa.
A ação está sendo trabalhada nos canais digitais da NotCo — YouTube, Instagram, Facebook e TikTok — e também conta com brindes e prêmios limitados. A foodtech busca repetir o impacto cultural da campanha original, considerada um marco da publicidade nacional e responsável por alavancar a Parmalat à liderança no mercado de laticínios durante vários anos.
Nova fase da linha
O relançamento do NotMilk também inclui novidades no portfólio e mudanças nas embalagens. Dois novos produtos estreiam a fase atual: o NotMilk Proteína, leite vegetal com 7g de proteína por porção, e o NotMilk Aveia, que tem quatro ingredientes e selo clean label.
As embalagens também foram reformuladas, com design mais tecnológico, foco em indulgência e destaque para modos de uso e benefícios nutricionais. Além dos lançamentos, a linha continua com versões como NotMilk Original, NotMilk Zero, NotMilk Semi, NotMilk Chocolate, NotMilk Café Caramelo, NotMilk Barista e NotMilk Kids.
“O grande diferencial é oferecer a mesma experiência do leite animal — incluindo sabor, textura, performance em receitas e espuma no café — e, ao mesmo tempo, atender a outras necessidades reais dos consumidores, como alergias e intolerâncias. É uma solução que aprimora a alimentação de forma completa”, garante a head de marketing da NotCo no Brasil.
Relembre a campanha Mamíferos, da Parmalat – CLIQUE AQUI!
O Rumos Mais Pretos está aceitando inscrições até 10 de julho para estudantes, organizações e agências de publicidade.
As inscrições para estudantes universitários, organizações e agências interessadas em participar da edição de 2025 do Rumos Mais Pretos estão abertas até quinta-feira, 10 de julho. Os interessados devem se inscrever no site do projeto . A participação é gratuita para agências e organizações de Porto Alegre e região metropolitana, bem como para estudantes. Em sua terceira edição, o projeto, idealizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o DZ Estúdio, por meio do projeto de extensão coordenado pela professora Elisa Reinhardt Piedras (FABICO/PPGCOM), visa formar um ecossistema interinstitucional para facilitar a inclusão de pessoas negras — neste caso, estudantes — no mercado de trabalho da indústria criativa gaúcha, por meio da oferta de estágios, capacitações e mentorias. O projeto vai além de proporcionar oportunidades de entrada de estudantes negros no mercado, fomentando também sua retenção, desenvolvimento e ascensão à liderança por meio do apoio de mentorias do Ilhota Hub Inovação e Cultura Preta e Representa SA/Blend Edu, além de oficinas com conteúdo sobre diversidade e inclusão.
Para se candidatar a estágios, os alunos devem participar das oficinas, que acontecerão de 14 a 18 de julho na UFRGS. Essas cinco noites presenciais e imersivas contarão com conteúdos ministrados por 16 profissionais negros, de 12 agências e organizações, líderes em suas áreas. Eles compartilharão conhecimentos sobre comunicação, carreira, desempenho em processos seletivos e liderança negra, explorando suas trajetórias, experiências e conquistas. O ambiente será propício ao networking , permitindo a troca de experiências e a formação de vínculos com grupos que, nos próximos meses, se unirão no mercado de trabalho.
As agências e organizações participantes que oferecem oportunidades de estágio para estudantes negros receberão, em troca, um mês de acesso à plataforma Representa SA/Blend Edu e ao curso ” Práticas Inclusivas em Recrutamento e Seleção “, além de uma biblioteca de conteúdos e ferramentas para promover a diversidade e a inclusão. Ao se inscreverem no projeto, deverão indicar o número de vagas e as áreas disponíveis. O quadro de vagas será publicado no dia 14 de julho; no dia 18, os alunos inscritos serão selecionados para as áreas e agências desejadas; no dia 21, ocorrerão as conexões de talentos e agências; e no dia 31 de julho, será realizada a seleção final para as vagas.
“O projeto é muito propício para incentivar o mercado contemporâneo de Porto Alegre e região metropolitana a refletir sobre a inclusão de pessoas negras nesse ambiente. É importante que essas pessoas tenham acesso ao mundo do trabalho em todas as áreas e cargos, incluindo liderança e boa remuneração”, enfatiza a professora Elisa, ressaltando que, antes de marcas, a Rumos é construída por pessoas. “Em qualquer agência ou organização, a participação no projeto acontece porque há alguém sensível às questões raciais e comprometido com o movimento antirracista”, afirma.
Sobre Blackest Directions
O projeto teve início em 2021 em Porto Alegre, liderado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pelo DZ Estúdio. Em 2023, expandiu-se para formar um ecossistema composto por mais agências, instituições e universidades parceiras na região metropolitana. Hoje, é possível graças ao apoio institucional de parceiros como a Associação Gaúcha de Publicidade (ARP), o Sistema Nacional de Agências de Publicidade do Rio Grande do Sul (Sinapro-RS), o Grupo de Profissionais Negros da Indústria Criativa (GPNIC-RS) e a Rede Brasileira de Afroempreendedores (Reafro-RS), e com o apoio de comunicação da Paim United Creators, Corujalab e Invox Comunicação. As universidades parceiras incluem PUCRS, Unisinos, UniRitter, Universidade Feevale e Faculdade São Francisco de Assis.
O Rumos Mais Pretos chega à sua terceira edição como um movimento coletivo que tem provocado mudanças e transformações no mercado gaúcho. Ao longo dessa trajetória, já impactou mais de 250 estudantes negros de comunicação que se formaram em Porto Alegre nas edições de 2021 e 2023. Além disso, proporcionou mais de 30 oportunidades de estágio para pessoas negras na indústria criativa da capital e envolveu mais de 20 organizações conectadas em um ecossistema para promover a inclusão negra e a comunicação antirracista. O projeto já se consolidou em sua terceira edição, tendo recebido duas premiações: um prêmio regional no Salão ARP em 2023 e um prêmio nacional no Blend Edu em 2024. Saiba mais no site e no Instagram @rumosmaispretos.
Bill Gates e a produtividade no Brasil
Por Humberto Casagrande
Ninguém menos do que Bill Gates, o fundador da Microsoft, alerta: a carência de engenheiros e cientistas nos Estados Unidos representa um sério risco para a liderança global do país em inovação e produtividade. Em palestras e até em seu depoimento na Cmara dos Deputados dos EUA, ele tem destacado a disparidade entre as oportunidades de emprego na área de computação e o número de pessoas formadas nessa área.
A preocupação de Gates é reforçada por dados oficiais. O Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA prevê que até 2026 haverá uma falta de 6 milhões de engenheiros formados no mercado de trabalho.E os números se referem a um país em que o trabalhador tem produtividade 4 vezes maior que a dos brasileiros.
O que dizer então da situação do Brasil, que enfrenta as mesmas dificuldades lembradas por Bill Gates, mas em uma proporção infinitamente maior? Os números mostram que temos motivos de sobra para ficar em alerta. O Brasil ocupa o 78º. lugar no ranking de produtividade que abrange 131 países. Estamos abaixo até de países com nível de desenvolvimento considerado, a princípio, inferior ao nosso, como os vizinhos Uruguai, Argentina e Chile, e ao lado de Mongólia e Venezuela.
Se planejamos construir um país melhor não podemos aceitar passivamente esses dados. A mudança precisa acontecer e sem demora, sob pena de ficarmos ainda mais para trás quando se trata de produtividade – e, portanto, de geração de riqueza.
Não existe fórmula mágica para mudar esse quadro, mas um bom começo seriaolhar com atenção para o que tem sido feito no mundo por países que têm conseguido aumentar sua produtividade.
Quando se observa o que deu certo nesses casos, salta aos olhos a ênfase à melhoria do ensino superior. Esse é um dos principais alicerces para os ganhos de produtividade em uma ampla gama de nações. E não é difícil entender porquê: profissionais mais bem preparados nas escolas e universidades, com capacitação em linha com as necessidades do mercado, são diretamente responsáveis pela maior qualidade da produção.
No Brasil, estamos bem distantes dessa realidade. Na verdade, vivemos um aparente paradoxo: o número de pessoas com nível superior de ensino tem crescido, mas a produtividade não dá sinais de melhoria.
Os dados nos ajudam a entender o que acontece. De acordo com o IBGE, a proporção de pessoas com 25 anos ou mais com nível superior completo cresceu 2,7 vezes entre 2000 e 2022. No entanto, há crescente desconexão entre o que se ensina nas universidades e as necessidades do mercado de trabalho – um sinal claro de que a qualidade do ensino precisa melhorar. Resultado: a correlação entre produtividade e ensino superior fica seriamente prejudicada.
Lembrando mais uma vez de Bill Gates, temos no Brasil significativa redução do número de engenheiros formados, com prejuízos para setores fundamentais para o país como infraestrutura, energia e tecnologia. Estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que há um déficit de 75 mil engenheiros no país, ao mesmo tempo em que aconteceu redução de 44,5% nas matrículas em cursos presenciais de engenharia nas universidades entre 2014 e 2020, de acordo com levantamento do Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior).
Entre as origens desse descompasso está a crescente resistência às Ciências Exatas e também a errônea visão de que Matemática e Física são “muito difíceis” de aprender. O erro, na verdade, está na metodologia utilizada no ensino dessas matérias, desde a educação básica. A falta de aplicação prática e a abordagem rígida adotadas nas escolas levam os jovens a perder o interesse pela engenharia. É necessário valorizar o ensino de ciências exatas e modernizar os currículos universitários.
Para não deixar que o problema se agrave, precisamos agir. Ciente dessa necessidade, o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) reuniu representantes do Instituto Mauá, Mackenzie, FEI e Poli-USP no Instituto de Engenharia, em São Paulo, para assinar um Memorando de Entendimentos (MOU) que formaliza a colaboração entre essas entidades para definir ações de combate à falta de engenheiros.
Além disso, lançamos a Jornada CIEE, que ajuda a aumentar o interesse pela matemática já nos primeiros anos escolares. Nesse programa, em um ambiente gamificado na ilha fictícia de Mátika, os estudantes são desafiados a resolver problemas matemáticos para ajudar seus habitantes e obter pistas necessárias para restaurar uma inteligência artificial que controlava todos os cálculos da ilha. É uma contribuição que certamente se seguirá de várias outras visando a qualificação da mão de obra com foco em habilidades técnicas e digitais. Em seus 61 anos de existência, o CIEE já ajudou 6 milhões de jovens a entrar no mercado de trabalho e está colocando sua experiência à disposição da sociedade, sempre trabalhando em conjunto com outras entidades.
Embora as comparações com outros países mais desenvolvidos devam ser sempre relativizadas, não se pode deixar de reconhecer que existem muitas semelhanças entre a análise de Bill Gates e o que acontece no Brasil, guardadas as devidas proporções. O fato é que nós precisamos unir forças para acabar com o círculo vicioso que nos coloca em posição tão desfavorável em relação à produtividade. É uma demanda da sociedade, para que o país consiga alcançar o desenvolvimento sustentável. A responsabilidade é de todos nós. Não temos o direito de procrastinar. É hora de pôr as mãos à obra!
Será voluntária a adesão à nova geração da televisão brasileira, a TV 3.0
Por Frederico Siqueira Filho
Assim como aconteceu na mudança bem-sucedida da televisão analógica para a digital, há quase duas décadas, a transição para a mais nova tecnologia de TV será gradual e responsável, com uma adesão voluntária dos telespectadores.
A TV 3.0 será a nova geração da televisão aberta e gratuita no Brasil e ela vem para trazer benefícios e melhorar a experiência para o telespectador. Como toda mudança, ela pode gerar dúvidas, mas não se preocupe: ninguém será prejudicado com o novo padrão brasileiro.
O Brasil tem uma das maiores indústrias do setor no mundo e que não quer ficar estagnada, sem utilizar o que há de mais novo em tecnologia. Alinhada com a determinação do governo Lula de democratizar o acesso à informação, a transmissão aberta do sinal da TV 3.0 será uma realidade a partir do próximo ano.
Esta nova tecnologia irá oferecer ao telespectador uma experiência visual sem precedentes, com uma resolução de imagem quatro vezes maior do que o atual padrão Full HD, chegando a 4K e com potencial para atingir até 8K. Além disso, o contraste da imagem será aprimorado por meio de tecnologias de HDR (High Dynamic Range).
A experiência sonora também será elevada a um novo patamar, proporcionando um som totalmente imersivo, semelhante ao que experimentamos nas melhores salas de cinema.
Tudo isso será disponibilizado através do sinal aberto e gratuito, mantendo a tradição brasileira de acesso à televisão. O anúncio, com a assinatura do decreto da TV 3.0, deve acontecer no começo deste segundo semestre.
A navegação na TV 3.0 será mais interativa e intuitiva. Todos os canais serão apresentados como aplicativos na tela, substituindo o atual modelo de sintonização por números.
Mas as inovações da TV 3.0 não param por aí. A nova tecnologia permitirá uma integração total com a internet, eliminando a atual segregação entre TV aberta e aplicativos nas Smart TVs.
Quando estiver assistindo o seu canal de preferência na TV aberta, o telespectador poderá acessar diretamente uma infinidade de conteúdos adicionais, assim como já acontece nos aplicativos de streaming.
A TV no Brasil está mais jovem e atual do que nunca e sua evolução vai oferecer mais informação, cultura, educação e entretenimento para a sociedade brasileira.
Frederico de Siqueira Filho, ministro das Comunicações
Será que o futuro do marketing de performance é ser… meio Mad Men, meio Zuckerberg?
Por Miguel Ticianeli
Por anos, o modelo dominante foi muito claro: mais dados = mais performance.
Vivemos a era da hipersegmentação, onde sabíamos (ou achávamos que sabíamos) tudo sobre o usuário:
Interesses,
localização,
histórico de navegação,
comportamento em tempo real.
Mas esse jogo começou a ser aposentado no dia 14 de Maio de 2021, com o lançamento da Apple do Transparência de Rastreamento de Aplicativos (ATT).
Desde então, estamos vendo uma mudança estrutural na midia paga, a conhecida a era do fim dos cookies.
O que está mudando:
Usuários ativando bloqueadores e recusando rastreamento
Plataformas limitando o acesso a dados individuais
Reguladores apertando as regras ;
E o resultado disso já está batendo nas métricas:
O CAC de todas as industrias tem disparados, e os modelos de compra de midia tem cada vez mais mudado.
Não conseguimos procurar mais aquele “Interesse” perfeito no Meta Ads que vai fazer nossa campanha escalar 10 vezes.
Isso não funciona mais
A verdade é incômoda:
A forma como construímos campanhas nos últimos 10 anos não é mais sustentável.
O modelo baseado em dados ultra granulares está dando lugar a algo mais híbrido:
Estratégia + Criatividade
Dados agregados + Intuição de marca
Performance + Experiência
E isso muda tudo.
Quatro movimentos que penso que podemos se adaptar a esse novo cenário:
- Estude o público como um estrategista, não só como um analista
Saia um pouco dos dashboards.
Vá para os reviews, fóruns, entrevistas e conversas reais.
- Mapeie jornadas, não só cliques.
Entenda quais pontos de contato realmente influenciam a decisão.
Tem coisa que o pixel não mostra mais, seu time de tecnologia pode medir sendo direcionado com inteligencia
- Construa campanhas com tese clara e consistente.
A dispersão entre canais mata performance.
Mensagem coesa ainda é diferencial competitivo. Ganhe momento de comunicação e relevância.
- Teste com intenção.
Não é sobre rodar dezenas de variáveis.
É sobre gerar aprendizado real que afine sua estratégia.
A incrementalidade é algo que deve ser buscado em toda ação
Mad Men para contar a história.
Zuckerberg para escalar com eficiência.
E você?
Sua estratégia atual está mais pra qual lado?
Tem conseguido encontrar o meio do caminho?
A partir de 10 de julho, o Instagram se tornará pesquisável.
Por André Peret
Isso mesmo: conteúdos públicos do Instagram (Reels, posts, biografias) começarão a aparecer diretamente na Pesquisa do Google.
O jardim murado acabou. O social encontra a busca. O SEO encontra o storytelling.
O que muda:
Seu conteúdo público poderá aparecer nos resultados do Google
As pessoas serão levadas à versão web dos seus posts
O Instagram agora contribui com sua visibilidade orgânica, não só com engajamento dentro do app
Imagine alguém buscando no Google por “ideias de decoração para parede” e encontrando o seu Reel.
O que fica de fora:
Perfis privados, Stories, DMs e conteúdo arquivado ou excluído. A mudança vale apenas para contas profissionais públicas (criador/empresa, maiores de 18 anos). Haverá opção de exclusão.
Por que isso importa:
Criadores: otimizem legendas, biografias e texto alternativo. Pensem em intenção de busca
Marcas: o Instagram agora faz parte da sua estratégia de SEO
O que você deve fazer agora:
- Mude para uma conta profissional pública
- Use palavras-chave na bio e nas legendas
- Adicione texto alternativo às imagens
- Foque em conteúdo evergreen e pesquisável
- Acompanhe os resultados via Insights e Google Search Console
Essa atualização muda o jogo: mais alcance orgânico, além do feed, além do app.
Seus posts no Instagram estão prontos para o Google?
Consul e DM9 encerram parceria depois de polêmica no Cannes Lions
Por Popmark
A Consul encerrou sua parceria com a DM9, um desfecho de certa forma já esperado pelo mercado. Fontes do propmark confirmaram que o contrato foi rompido, dias após agência e anunciante terem um Grand Prix cassado no Cannes Lions deste ano.
A perda do GP de Creative Data se deu após a descoberta de que o filme enviado à competição utilizou conteúdo manipulado por inteligência artificial para simular resultados da campanha, violando as regras do festival.
Segundo comunicado oficial, a simulação induziu o júri ao erro, uma vez que o vídeo apresentava como reais eventos e dados que não ocorreram. “Isso prejudica a confiança depositada no trabalho por nossos júris e pela comunidade em geral”, afirmou a organização do Cannes Lions.
Antes de ter perdido o Leão, a DM9 havia demitido o CCO Icaro Doria, na agência desde 2022.
Procurada, a DM9 não quis comentar o fim do contrato com a Consul. Essa, por sua vez, ainda não respondeu às mensagens da redação.
O que as agências de propaganda podem fazer para combater o etarismo?
Por Cléa Klouri
Acabamos de encerrar mais uma edição do badalado Festival Internacional de Publicidade em Cannes.
Muitas campanhas potentes foram premiadas — sobre violência contra a mulher, mudanças climáticas, impacto social.
Mas, mais uma vez, a longevidade passou praticamente despercebida.
Essa ausência revela uma miopia preocupante: ignorar o envelhecimento acelerado da população mundial é fechar os olhos para um dos maiores desafios (e oportunidades) contemporâneos.
A publicidade sempre teve um papel relevante ao quebrar estereótipos e valorizar as diferenças.
Por que, então, segue falhando em representar de forma realista a população 50+?
É simples: precisamos de campanhas com pessoas maduras reais. Nem super-heróis aos 80, nem caricaturas frágeis.
Queremos ver quem trabalha, consome, se diverte, viaja, ama — gente de verdade, como a maioria da população que envelhece hoje no Brasil.
E mais: representar essa geração exige mais do que idade como critério. É preciso diversidade de comportamentos, histórias, experiências de vida.
A longevidade é o acúmulo de tudo que vivemos. Segmentar esse público exige profundidade.
Agora um dado que ajuda a explicar esse apagamento: o último censo do Observatório da Diversidade na Propaganda (ODP) mostrou que apenas 6% dos profissionais em agências têm 50 anos ou mais. Isso, apesar de mais de 13 milhões de brasileiros nessa faixa etária estarem no mercado de trabalho.
A pesquisa também indica que profissionais mais velhos são frequentemente subestimados e enfrentam dificuldades de reinserção.
Já fui publicitária e sei do potencial transformador dessa indústria.
Por isso, deixo um convite: incluam os maduros nas campanhas.
Mostrem interações reais com outras gerações.
Usem a criatividade não apenas para vender, mas para transformar.
Combater o etarismo também é uma missão da propaganda.
Por Que a Vida Off-line Está Virando o Novo Normal
Por Arthur Guerra
Você já sentiu uma necessidade de se desconectar para realmente se conectar? Shows esgotados de Gilberto Gil, Caetano e Betânia, Lady Gaga, filas de cinema para ver Ainda Estou Aqui, além de festas juninas com lotação máxima são a prova de uma sede urgente por encontros presenciais em um mundo cada vez mais dominado pela presença digital.
Vivemos na era da revolução tecnológica, onde cada inovação redefine nossas relações, consumo e comportamento, além, claro, de vermos as nossas vidas sendo facilitadas de muitas formas. O brasileiro, por exemplo, passa 9 horas e 13 minutos online diariamente – mais tempo do que dormindo, segundo o Relatório Digital 2024: 5 billion social media users.
Essa presença online tão maciça, no entanto, cobra um preço alto do nosso corpo e mente, gerando o que foi chamado de “fadiga digital” – o cansaço de lidar com tantos estímulos diferentes.
O Preço da Conectividade e o Retorno à Essência Humana
Diante dessa sobrecarga digital, surgem os clubes offline, espaços dedicados a conexões reais, longe das telas. E os grandes shows e festas nada mais são do que imensos ambientes offline que celebram a energia de estar junto.
Embora a tecnologia tenha nos proporcionado ver imagens surpreendentemente realistas, nada substitui a interação ao vivo e em cores. Os jogos de futebol são exemplos vivos e perfeitos do que significa saborear o momento presente ao lado da sua torcida.
Em um mundo em que as telas são onipresentes, mais e mais pessoas estão trocando parte do tempo grudado no smartphone por horas de convívio real, com menos distrações digitais. É a redescoberta da nossa humanidade: a experiência de “sentar ao redor do fogo”, uma prática que nossos ancestrais mais primitivos viviam milhares de anos atrás. Hoje, essa busca se manifesta nas rodas de samba lotadas de jovens, em clubes do livro presenciais, mega espetáculos e piqueniques em parques. Essa experiência compartilhada é o que tem despertado a atenção de tanta gente globalmente.
Por que o Offline é o Novo Bem-Estar?
A diferença é clara: em encontros presenciais, a risada é genuína, e não um “kkk”. Os comentários ganham uma voz, e as conexões são mais profundas porque ocorrem entre pessoas, e não com algo que sequer sabemos se é um robô virtual. Não precisamos ser cientistas para perceber que os benefícios são palpáveis: redução do estresse e da ansiedade, satisfação e sensação de bem-estar. Exatamente o que sentimos ao encontrar amigos.
A vida offline não é apenas uma tendência; é um resgate do que nos torna humanos, uma poderosa ferramenta para a saúde mental e a felicidade.
Universidade, caminho para a depressão?
Por Lívia Warol
“A universidade é o lugar aonde os jovens vão para sonhar com o mundo — e, às vezes, para aprender a sobreviver a ele.”
Nos corredores silenciosos das universidades públicas brasileiras, multiplicam-se corpos exaustos, olhares apagados, crises de ansiedade abafadas com tarja preta, suicídios não ditos, choros silenciosos nos banheiros. Enquanto o país se curva à racionalidade neoliberal, o espaço universitário, que um dia foi símbolo de esperança e transformação, se converte, cada vez mais, em terreno de performance, adoecimento e desamparo.
O sofrimento psíquico entre estudantes não é novidade, mas sua banalização sim. Tornou-se esperado — até normal — que estudantes de graduação vivam em constante estado de colapso emocional. A carga das disciplinas é pesada, desproporcional à capacidade humana de absorção. Projetos, provas, estágios e leituras atravessam madrugadas inteiras sem respiro. O que se exige é uma performance ininterrupta de excelência — mas sem o mínimo de cuidado.
Muitos professores, embora empáticos, também estão adoecidos e sobrecarregados, reféns de estruturas institucionais burocráticas e de um sistema produtivista que os impede de acolher com profundidade. Outros reproduzem, sem mediação crítica, uma pedagogia autoritária e indiferente. Tudo isso tem um efeito: a juventude está cansada antes do diploma, tentando sobreviver em vez de se formar.
A gestão do sofrimento: psicotrópicos e silenciamentos
Como analisa Heribaldo Maia em Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico (2022), o adoecimento nas universidades é tratado como falha individual — e não como sintoma coletivo. A resposta institucional a esse sofrimento tem sido a medicalização em massa: ansiolíticos, antidepressivos, estabilizadores de humor e estimulantes circulam quase como parte do material didático. A saúde mental se tornou objeto de gestão tecnocrática, não de cuidado real.
Os suicídios são silenciados, invisibilizados pelos discursos oficiais. São tratados como “casos isolados”, “eventos trágicos” — e não como aquilo que realmente são: expressões extremas de um sistema universitário que fracassa em cuidar.
Disciplina, corpo e poder: Foucault e a universidade como aparelho normativo
Para Michel Foucault, o poder opera nos corpos, molda condutas, define normas. A universidade, nesse contexto, age como um espaço de disciplina e vigilância, onde o estudante deve internalizar a lógica da produtividade, da competição, da excelência meritocrática. É a figura do “bom aluno”, autônomo, resiliente, disciplinado — que não chora, não cansa, não erra.
Esse modelo forja corpos dóceis (Foucault, 1975), prontos para serem inseridos no mercado. A saúde mental, nesse arranjo, é a ausência de perturbação ao rendimento. A loucura — ou qualquer desvio — é tratada como obstáculo a ser eliminado. Nas universidades brasileiras, o sofrimento virou ruído na engrenagem neoliberal. Algo a ser silenciado, medicado ou descartado.
A pós-modernidade e a fragmentação do sentido
Como aponta Stuart Hall em Cultura e Representação (1997), a pós-modernidade rompe com as grandes narrativas de verdade, progresso e identidade estável. Vivemos em uma era de fragmentação, fluidez e deslocamento dos sentidos — inclusive sobre o que significa “ser estudante”, “ter sucesso”, “fazer universidade”.
No contexto universitário, essa crise do sentido se manifesta como desorientação existencial, sentimento de inadequação permanente e angústia de não pertencer. Somos, como diz Hall, sujeitos em construção — mas sob um modelo que exige coerência, desempenho e prontidão constantes. A universidade pós-moderna, atravessada pelo capital, já não é espaço de emancipação: é palco de representação e controle.
Essa fragmentação subjetiva — teorizada também por Derrida, Bauman e pelos estudos culturais — não pode ser resolvida com fórmulas de autoajuda ou discursos de “inteligência emocional”. Ela exige crítica estrutural.
A crítica como libertação: Escola de Frankfurt e a negação do sofrimento
A teoria crítica, especialmente em autores como Adorno e Horkheimer, já denunciava o perigo de uma razão instrumentalizada, onde a lógica técnica supera o pensamento ético e crítico. Na universidade neoliberal, tudo se mede, se ranqueia, se monetiza — inclusive a mente dos estudantes.
Como afirmou Adorno, “a incapacidade de sofrer é uma forma de barbárie”. A universidade contemporânea, ao negar o sofrimento de seus estudantes, reproduz um modelo de barbárie institucional, onde o humano é sacrificado em nome da produção.
Mas a crítica — no sentido frankfurtiano — ainda pode ser a chave de virada. Pensar contra a corrente, problematizar o que é dito como natural, reivindicar o inaceitável como político: isso é resistir.
Quando o cuidado vira luta: bell hooks e a pedagogia do afeto
Apesar de tudo, brotam resistências. Grupos de escuta, coletivos de saúde mental, assembleias estudantis, ocupações, rodas de partilha, espaços agroecológicos — onde se reaprende a habitar o tempo, o corpo e o outro.
Nas palavras de bell hooks, “o ato de ensinar é um ato de amor”. O ensino libertador é aquele que acolhe a dor, escuta as margens, subverte o silêncio. Ele é político, radical, poético. Quando estudantes se organizam para cuidar uns dos outros, eles não apenas sobrevivem — eles desafiam o projeto neoliberal de desumanização.
Entre o colapso e a reinvenção
O sofrimento da juventude universitária não é apenas emocional. Ele é histórico, político, estrutural. Não será resolvido por psicotrópicos ou palestras de autoajuda, mas por uma crítica profunda às condições materiais e simbólicas da vida universitária.
Entre o cansaço e o colapso, há potência de reinvenção. Há quem chore entre uma aula e outra — e ainda assim organize assembleias. Há quem pense em desistir — e mesmo assim construa coletivos. Há quem sonhe, mesmo com o corpo falhando.
Resistir, hoje, é cuidar. É criticar. É desacelerar. É partilhar a dor. E, principalmente, é afirmar que nossos corpos não estão à venda, nossas mentes não são engrenagens e nossa presença aqui não é concessão — é conquista.
Pesquisa BMI revela que, apesar de onda global de críticas, a agenda ESG/DE&I segue como estratégica para 95% das empresas brasileiras
Por Luana Figueiredo
70% dos participantes são empresas de grande porte, acima de 2500 colaboradores.
25% deles apontam que a importância de tal frente está associada ao cumprimento de exigências regulatórias ou a preocupação com a reputação da marca;
Grupos de afinidade, conhecidos como BRGs (Business Resource Groups), são uma realidade em 71% das organizações, com destaque para grupos focados em mulheres, LGBTQIAPN+, Pessoas com Deficiência (PCDs) e pessoas negras.
Segundo uma pesquisa realizada pela BMI – consultoria referência no Brasil em gestão e cultura organizacional – práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) e DE&I (Diversidade, Equidade e Inclusão) fazem parte da agenda estratégica nas organizações ainda que programas dessa natureza tenham ganhado olhares críticos recentemente em outros países. O levantamento, que consultou 38 diretores de Recursos Humanos (CHROs) de grandes companhias nacionais e multinacionais, mostra que, para 95% das entrevistadas, ações ESG e DE&I ainda são parte da estratégia organizacional, em meio a avanços, recuos e diferentes estágios e maturidades. Participaram do estudo empresas de diferentes portes, com destaque para 37% na faixa de 2,5 mil a 10 mil colaboradores, de segmentos como indústria, saúde e serviços.
“As crescentes críticas às práticas ESG e DE&I, influenciadas por movimentos políticos em diversos países, não tiveram grande impacto no mercado brasileiro. Este cenário surge em um contexto de consolidação das agendas, principalmente nos últimos 10 anos, que ganharam times e orçamento dedicados, além de uma governança estruturada”, explica Ana Paula Vitelli, Managing Director da BMI.
Para a implementação das iniciativas, 63% das empresas contam com o apoio de consultorias e instituições externas, o que reforça o espectro amplo de ação dessas agendas com parceiros especializados. A existência de Grupos de afinidade, conhecidos como BRGs (Business Resource Groups), é uma realidade em 71% das organizações, com destaque para grupos focados em mulheres, LGBTQIAPN+, Pessoas com Deficiência (PCDs) e pessoas negras.
O mapeamento e acompanhamento de indicadores tanto em ESG como DE&I é outro aspecto marcante, o que indica a gestão estratégica dessas frentes. Métricas de impacto social e ambiental (como emissão de carbono e consumo de água e energia) estão presentes, assim como métricas associadas à diversidade, acompanhando a proporção de mulheres na liderança, seguido do percentual de pessoas com deficiência e o percentual relacionado à diversidade de gênero, raça, etnia e LGBTQIAPN+.
Por outro lado, 34% dos entrevistados não possuem programas de metas ou cotas para grupos minoritários e 39% não possuem programas de mentoring para essas pessoas, o que instiga a reflexão sobre o impacto e a autenticidade das iniciativas implementadas. “Os dados indicam um comprometimento de empresas com essas agendas, visível na alocação de equipes e recursos dedicados. O desafio que se apresenta é evoluir da representatividade para uma participação ativa que promova o desenvolvimento e a permanência de talentos diversos nas estruturas corporativas”, ressalta Ana Paula.
Em uma perspectiva mais crítica, ainda que os dados indiquem uma percepção de real valorização das agendas pela liderança entre a maioria dos respondentes, 25% deles apontam que a importância de tal frente está associada ao cumprimento de exigências regulatórias ou a preocupação com a reputação da marca. “Essa constatação também abre espaço para a opinião de que essas agendas eventualmente tenham ultrapassado os limites do que é responsabilidade da organização. Ainda que não seja a opinião da maioria, esse já é um aspecto que emerge nas discussões e pode ajudar a apontar novos caminhos no futuro dessas agendas”, conclui.
A revolução das plataformas digitais na inovação e transformação empresarial
Por Roberto Abreu
A jornada da transformação digital é uma rota de avanços tecnológicos que exige uma mudança estrutural e cultural em toda a organização, das operações internas à experiência do cliente. Mas é provável que você já saiba disso. Então, em vez de simplesmente destacar os riscos de resistir à mudança, como a ameaça à sobrevivência da sua empresa, é preciso saber como liderar todo o processo para um resultado bem-sucedido.
No centro dessa transformação estão as plataformas digitais, elementos fundamentais que permitem às empresas aproveitar o poder da tecnologia para impulsionar a eficiência, a inovação e o engajamento do cliente. A integração da tecnologia digital em todas as áreas de negócios altera a forma como as empresas operam e entregam valor ao cliente, pois fornece a infraestrutura necessária para que as empresas desenvolvam, implementem e gerenciem aplicativos e serviços digitais de maneira eficaz.
Esse ambiente digital consiste em um conjunto de ferramentas de software e hardware que as empresas utilizam como parte de sua estratégia digital. Dependendo do modelo de negócios, as plataformas digitais também podem conectar organizações a clientes B2B, investidores e fornecedores. De acordo com a definição da consultoria Deloitte, as plataformas digitais são “orquestradoras de redes” e já representam uma quarta forma de se fazer negócios com uma força econômica dominante.
Benefícios de uma plataforma de dados moderna
As plataformas digitais contemporneas incorporam tecnologias de ponta como computação em nuvem, inteligência artificial e processamento de dados em tempo real. Essa convergência resulta em soluções escaláveis e adaptáveis que atendem às diversificadas demandas organizacionais modernas.
Essas aplicações tornaram-se indispensáveis para organizações que navegam pelas complexidades do ambiente atual, caracterizado pelo uso intensivo de dados. Projetadas para unificar o gerenciamento dinmico da informação, otimizar fluxos operacionais e fornecer recursos analíticos avançados, elas convertem dados brutos em insights acionáveis. Essa capacidade permite que empresas alcancem objetivos estratégicos e mantenham vantagem competitiva sustentável.
Tendências e perspectivas futuras
O atual cenário tecnológico apresenta transformações fundamentais que redefinirão como as organizações operam e competem. Dados da Gartner preveem que até o final de 2025, 80% das interações de atendimento ao público serão gerenciadas por tecnologias de IA, representando um salto significativo em relação aos 52% registrados em 2020. Essa evolução sinaliza uma aceleração sem precedentes na automação de processos empresariais críticos. Algumas das principais tendências e perspectivas futuras incluem:
Aumento da adoção de IA e Machine Learning
As plataformas digitais estão progressivamente incorporando inteligência artificial e machine learning para expandir suas capacidades funcionais. Essas tecnologias possibilitam análises de dados mais sofisticadas, personalização das experiências do cliente e automação nos processos de tomada de decisão. De acordo com estimativas de um estudo realizado pela PwC, até 2030 ferramentas, equipamentos e serviços de IA podem aumentar o PIB global em 14% e movimentar mais de 15,7 trilhões de dólares. A pesquisa ainda revela que a tecnologia tem o potencial de adicionar ao PIB do Brasil até 13 pontos percentuais ao longo da próxima década.
Expansão da integração de IoT nos negócios
A Internet das Coisas (IoT) continua a crescer, com mais dispositivos interconectados. A utilização de plataformas digitais para conectar e gerenciar esses dispositivos pode proporcionar uma vantagem competitiva significativa. A IoT permite a coleta e análise de dados em tempo real, melhorando a eficiência operacional e a experiência do cliente. A IDC prevê que o mercado de IoT atingirá $1.1 trilhão até 2026, impulsionado pela demanda por soluções mais conectadas e inteligentes.
Foco em segurança cibernética Embedded
Na medida em que as plataformas digitais lidam com quantidades cada vez maiores de dados confidenciais, a segurança cibernética se torna primordial. As futuras plataformas digitais devem incorporar medidas de segurança robustas para proteger contra ameaças cibernéticas e garantir a integridade dos dados. Pesquisa realizada pela Gartner revela que os gastos globais com cibersegurança devem crescer 15,1% até o final deste ano, chegando a US$ 212 bilhões para os usuários finais. O relatório aponta ainda que 17% dos ciberataques devem ser feitos com inteligência artificial generativa.
Inovação como imperativo estratégico
Adotar uma plataforma digital tornou-se uma necessidade para as organizações que buscam se manter relevantes e competitivas. A transformação digital está fortemente ancorada na automação e colaboração, criando ecossistemas digitais cada vez mais integrados e eficientes.
Com capacidade de centralizar funções críticas e incentivar a inovação organizacional, as plataformas digitais consolidaram-se como recursos indispensáveis para alcançar sucesso sustentável na economia contempornea, orientada por dados e impulsionada por insights estratégicos. Empresas que dominam essa transição posicionam-se para liderar seus respectivos mercados na próxima década.