Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: Nova política do YouTube barra monetização de vídeos com IA e formatos repetitivos, Rumos Mais Pretos prorroga inscrições até 15 de julho para organizações e agências, Por que a sua marca não pode ignorar a Creator Economy (e como participar dela), Entre Provadores e Refrigerantes, Campanha alerta para perigos do vício em apostas, O que a sua marca está fazendo?, PMEs dobraram faturamento no 1º semestre de 2025 – RS FORA DO RANKING DOS 5 ESTADOS QUE MAIS FATURAM EM PMES, Converta Ads quer alavancar investimentos em mídia in-store, As marcas preferidas – e hábitos de consumo – da geração Z, O McDonald’s está se reposicionando mais uma vez e Se a loja física não encantar, o cliente prefere comprar online.
Nova política do YouTube barra monetização de vídeos com IA e formatos repetitivos
Por Marcelo Brandão
O YouTube anunciou que, a partir de 15 de julho de 2025, vai reforçar significativamente as políticas de monetização, com foco explícito em coibir conteúdos considerados “produzidos em massa”, “repetitivos” ou “inautênticos”.
Segundo a plataforma, a atualização das diretrizes do Programa de Parcerias (YPP) visa “refletir melhor o que é conteúdo inautêntico”. Isso significa que vídeos que reutilizam clipes, usam vozes de IA sem participação humana significativa ou adotam formatos automatizados e repetitivos, poderão perder o direito à monetização, mesmo que já sejam parceiros da plataforma.
A regra não altera os requisitos básicos de acesso ao YPP (como número de inscritos e horas assistidas), mas torna insuficiente apenas cumprir esses critérios numéricos para a monetização.
Por que o YouTube tomou essa decisão?
A medida, que já vinha sendo sinalizada em comunicados oficiais e na central de ajuda do Google, pode ser uma resposta direta ao crescimento exponencial de vídeos gerados por Inteligência Artificial (IA), embora a nova política não cite a IA diretamente.
Para muitos especialistas, a IA tem “saturado a plataforma”, prejudicando a experiência do usuário e a confiança de público e de anunciantes. E há também uma pressão de criadores buscando evitar que mais conteúdos automatizados dominem o feed e possam diluir o valor do trabalho humano.
Emocionar ou condicionar?
Para muitos profissionais do audiovisual, a mudança não se trata apenas de punir criadores preguiçosos, mas de preservar a credibilidade de todo o ecossistema digital de criação em vídeo.
Por outro lado, é inevitável o avanço da automatização nos processos criativos. Vale lembrar que o Google e outras empresas já utilizam sistemas avançados para identificar conteúdos sintéticos, como o Winston AI e o GPTZero, capazes de distinguir nuances entre textos e vídeos criados por IA e humanos.
Contudo, o movimento do YouTube reflete uma tendência mais ampla: onde está a verdade por trás de cada criação artística hoje? As novas tecnologias estão impactando as artes visuais, a música, a publicidade etc. Já o excesso de conteúdos automatizados produzidos parece sufocar a audiência, que mesmo tomando conhecimento dessa evolução, procura narrativas que tragam propósito e uma conexão humana verdadeira.
Para a grande maioria de empresas e setores, o ponto sensível dessa nova jornada é a vantagem competitiva. Nesse paradoxo entre o que é real e aquilo que a tecnologia rapidamente transforma em diferencial, o desafio seguirá sendo distinguir o que nos emociona daquilo que apenas nos condiciona.
Rumos Mais Pretos prorroga inscrições até 15 de julho para organizações e agências
Ecossistema liderado pela UFRGS conecta estudantes universitários negros, organizações e agências comprometidas com a diversidade e a inclusão através de vagas de estágio, mentorias, workshops e conteúdos de capacitação. 14 novas marcas já aderiram ao projeto para a edição 2025
O projeto Rumos Mais Pretos ampliou o prazo até 15 de julho para a adesão de agências e organizações realizarem a inscrição para a edição 2025, através da oferta de vagas de estágios para pessoas negras na área de comunicação. O ecossistema liderado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) conta com 20 marcas apoiadoras que garantem subsídios para o ingresso seguro e saudável de pessoas negras na indústria criativa gaúcha. Na fase de adesão de agências e organizações parceiras, que inicialmente era até 10 de julho, o Rumos Mais Pretos já contava com 14 novas marcas: Escala, Sabujo, Bistrô Comunicação, Conjunto Comunicação, DZ Estúdio, E21 Recharging the Future, HOC, Matriz, O.R.B.360, Paim United Creators, Ponto Hub, Publica Comunicação, WT.AG e Quiero Café.
Ao criar vagas para atuação de pessoas negras, as marcas demonstram seu compromisso com a diversidade e inclusão racial na indústria criativa do Rio Grande do Sul. Em sua terceira edição, o projeto de extensão da UFRGS, coordenado pela professora Elisa Reinhardt Piedras (da FABICO/ PPGCOM), tem como objetivo formar um ecossistema interinstitucional para oportunizar a inclusão de estudantes negros no mercado de trabalho da indústria criativa gaúcha, por meio da oferta de vagas de estágio, capacitação e mentorias. O Rumos Mais Pretos vai além de oportunizar o ingresso dos estudantes no mercado, fomentando também a permanência, o desenvolvimento e a ascensão à liderança por meio do apoio de mentorias da Ilhota Hub Inovação e Cultura Preta e da Representa SA/Blend Edu com conteúdos de diversidade e inclusão, além do Coletivo Fluímos para conexões de impacto.
“O apoio institucional da ARP, do SINAPRO-RS e do Fluímos oportunizou conversas entre o Rumos e várias agências e organizações que não conheciam o ecossistema. Estendemos o prazo para garantir a adesão de novas marcas parceiras e aumentar quantitativamente o impacto do projeto. Cada vaga é sinônimo de transformação na vida de um estudante e de uma organização. Precisamos avançar!”, afirma Elisa Piedras.
Além de Porto Alegre, o projeto ampliou a atuação para a região metropolitana, gerando novas oportunidades. Também há um movimento de expansão para oferta de vagas de organizações que tenham posições na área de comunicação, como a Quiero Café, mobilizadas através do apoio de conexões de impacto do Coletivo Fluímos.
Para se inscrever, até 15 de julho, agências e organizações devem acessar o site do projeto e informar o número de vagas para pessoas negras e áreas para atuação, no âmbito da comunicação. A participação é gratuita. As marcas participantes recebem um mês de acesso à plataforma Representa SA/Blend Edu e ao curso “Práticas Inclusivas em Recrutamento e Seleção”, além de uma biblioteca de conteúdos e ferramentas para promoção de diversidade e inclusão.
Sobre o Rumos Mais Pretos
O Rumos Mais Pretos nasceu em 2021, em Porto Alegre, liderado pela UFRGS e DZ Estúdio e, em 2023, se expandiu formando um ecossistema composto por mais agências, instituições e universidades parceiras também da região metropolitana. O projeto é viabilizado com o apoio institucional de parceiros como Associação Riograndense de Propaganda (ARP), Sistema Nacional das Agências de Propaganda do Rio Grande do Sul (Sinapro-RS), Grupo de Profissionais Negros na Indústria Criativa (GPNIC-RS) e Rede Brasil Afroempreendedor (Reafro-RS), apoio em conexões de impacto do Coletivo Fluímos e apoio de comunicação da Paim United Creators, Corujalab e Invox Comunicação. Entre as universidades parceiras estão PUCRS, Unisinos, UniRitter, Universidade Feevale e Faculdade São Francisco de Assis.
A iniciativa chega à terceira edição como um movimento coletivo que provocou mudanças e transformações no mercado gaúcho e, ao longo desta jornada, já impactou mais de 250 pessoas negras estudantes de comunicação que foram capacitadas em Porto Alegre, nas edições de 2021 e 2023. Além disso, oportunizou mais de 30 vagas de estágio para pessoas negras na indústria criativa da Capital, e contou com mais de 20 organizações conectadas em ecossistema para promover a inclusão de pessoas negras e a comunicação antirracista. O projeto já chega consolidado à sua terceira edição, com dois prêmios como reconhecimento: regional no Salão ARP, em 2023, e nacional no Blend Edu, em 2024. Saiba mais no site e no Instagram @rumosmaispretos
Por que a sua marca não pode ignorar a Creator Economy (e como participar dela)
Por Filipe Calili
Roteiros politizados. Estéticas conservadoras. Autopromoção em excesso. Durante anos, boa parte das empresas tentou aplicar – pra não dizer impor – padrões comercialmente institucionais nas redes sociais. Uma fórmula recheada de perfeccionismo e completamente distante do mundo real.
Mas quando o assunto é influência digital, não tem jeito: autenticidade vale mais do que (uma tentativa de) perfeição. E, por mais óbvio que isso soe, somente agora as marcas estão entendendo essa dura – ou oportuna – realidade.
O fato é: pessoas preferem se conectar com pessoas. Não à toa, a “Creator Economy” tem crescido exponencialmente em termos conceituais e financeiros. Só pra se ter uma ideia da dimensão do que estou falando, estima-se que, até 2027, os influenciadores digitais irão movimentar, por ano, quase meio trilhão de dólares no mundo, segundo o Goldman Sachs.
E tem um detalhe.
A nova geração de criadores já entendeu que influência e empreendedorismo andam lado a lado – e de mãos dadas. Agora, eles não apenas são contratados por terceiros, como também são donos dos próprios negócios (tá aí um bom assunto para um próximo artigo). Portanto, essa projeção tende a aumentar com o surgimento e consolidação de novas fontes de receitas.
Resumindo, para dominar realmente esse jogo, as companhias precisam adotar estratégias que transcendam – ou pelo menos diminuam – a linha tênue entre marca “institucional” e “pessoal”.
Quer três exemplos?
1) Se comunicar como um influenciador
Por mais que a expressão “humanizar o discurso” seja utilizada com uma certa frequência, no final do dia, dá para contar nos dedos as empresas que realmente conseguiram fazer isso. Mas elas existem – e cada vez mais. Um bom case de sucesso é o Duolingo (falamos dele no segundo episódio do Marcas Rebeldes, podcast apresentado pela dupla João Branco e Rony Meisler e dirigido por esse aqui que vos fala).
Enquanto alguns ainda estão entendendo como contratar influenciadores, o Duolingo se transformou em um dos maiores perfis de influência das redes sociais. A estratégia é agressiva e se baseia em ações extremamente inusitadas, autênticas, distópicas, memoráveis e, claro, humanas. Uma melhor – ou mais maluca – do que a outra. A ponto de até mesmo a morte do próprio mascote virar enredo para uma das campanhas.
Mas a rebeldia funciona porque vem da essência. E qualquer tentativa de copiá-la de uma forma rasa e efêmera pode ser mortal (nesse caso, sem intenção). Se comunicar como um influenciador tem um preço alto. Então, antes de qualquer tomada de decisão, avalie bem se a sua empresa é do tipo que deve pagá-lo.
2) Transformar executivos em criadores
A moda João Adibe pegou. E pegou legal. Além do fundador da Cimed, centenas de outros CEOs estão se aventurando no mundo da influência com conteúdos que falam sobre negócios, educação empreendedora e lifestyle. E, diferentemente da primeira opção, essa aqui dá pra todo mundo adotar com mais facilidade. A questão é “como”.
O principal desafio gira em torno da autenticidade do criador, tanto na forma de se expressar (menos executivo e mais creator) como nos assuntos abordados (menos institucional e mais social). Em resumo, tem que ser um canal para reverberar os interesses da companhia, mas também para entregar um material realmente atrativo e coerente.
Além disso, o executivo precisa estar realmente disposto a incluir em sua rotina profissional a produção recorrente de conteúdos. Perfil só engaja de verdade quando tem volume e periodicidade de conteúdo.
3) Criar canais agnósticos
Já parou para pensar que perfis como Perrengue Chique, Festa da Firma e Faria Lima Elevator poderiam pertencer, respectivamente, a grandes players dos setores de turismo, recursos humanos e finanças?
Eu acredito tanto nessa tendência que criei uma agência – a brain[d] media – só para desenvolver esse tipo de solução. As vantagens são diversas: ambiente neutro para testar múltiplos formatos, mais liberdade criativa, baixo investimento inicial e, principalmente, construção de propriedades intelectuais.
Diferentemente dos dois primeiros caminhos, esses perfis agnósticos se tornam ativos financeiros que podem ser enquadrados como CAPEX e até mesmo colocados à venda em algum momento oportuno.
Agora…
Consegue imaginar o poder que uma companhia poderá ter ao adotar essas três estratégias com eficiência?
Entre Provadores e Refrigerantes
Por Silvio Sibemberg
Em meados do século passado, uma loja de moda jovem no centro de Porto Alegre, em parceria com o distribuidor da Coca-Cola, instalou um refrigerador horizontal dentro do ambiente de vendas. O propósito era oferecer gratuitamente o refrigerante aos clientes durante a experiência de compra.
O ineditismo foi muito bem recebido pela clientela e virou um verdadeiro “case” à época. A loja, porém, com o passar do tempo — e à medida que a distribuição da Coca-Cola crescia exponencialmente — percebeu que suas vendas não acompanhavam o mesmo ritmo. Instalou-se, então, o dilema: valia a pena manter a simpática iniciativa mesmo sem retorno imediato nas vendas? Afinal, os clientes adoravam a ideia e, por extensão, a marca da loja experimentava um salto de reconhecimento na cidade — algo que poderia gerar frutos a médio e longo prazo.
Para encontrar um meio-termo e não suspender a oferta da bebida, a loja decidiu reduzir a quantidade de garrafas disponibilizadas. Assim, no início da tarde, o refrigerante já havia acabado — e a reposição só se dava na manhã seguinte. Como consequência, as vendas no turno da manhã cresceram, o que antes era incomum: ou seja, os fregueses passaram a valorizar tanto o agrado da Coca-Cola que mudaram seus hábitos de consumo.
A loja, por sua vez, passou a distribuir melhor as vendas ao longo do dia, pôde reorganizar seus expositores com mais eficiência e agilizou a reposição das peças, o que aumentou a disponibilidade de produtos no provador e melhorou o atendimento ao cliente.
Hoje, quando o varejo tenta de várias formas se reinventar — oferecendo cafeterias e até opções de alimentação dentro dos espaços de venda —, fica claro que a experiência de compra como a conhecíamos está dando lugar a novos territórios sensoriais. Comer e beber cumprem um papel importante ao integrar e descontrair o cliente, criando um ambiente mais acolhedor. Esse relaxamento tem provocado não apenas mais vendas, mas também maior adesão às marcas que sabem conduzir essas transformações com sensibilidade.
O preenchimento desses vazios — emocionais, muitas vezes — traz ao consumidor uma sensação de pertencimento e simpatia. A socialização entre equipes de venda e clientes ganha força e contribui de forma marcante para os negócios.
A verdade é que nada se inventa: quando muito, se transforma ou se reinventa. As pessoas estão carentes de relações reais em ambientes físicos. Talvez os meios virtuais já não atendam mais às necessidades humanas mais essenciais. Talvez seja hora de rever — e recordar — que o convívio, por séculos, foi o que de melhor tivemos. E ainda é.
A loja que realizou essa experiência com a Coca-Cola chamava-se “Cuecão” e existiu na cidade de Porto Alegre nos anos 1970.
Brasil lidera mudança do mercado mobile rumo à publicidade com foco em privacidade, quatro anos após o ATT
Por Jéssica Barreto
Quatro anos após o lançamento do App Tracking Transparency (ATT) da Apple, que reformulou o ecossistema de marketing mobile, novos dados da AppsFlyer revelam que o Brasil não apenas se adaptou, mas está à frente. Longe de impedir o crescimento, as mudanças voltadas à privacidade aceleraram a inovação, impulsionaram a confiança do consumidor e fortaleceram os resultados de desempenho em verticais estratégicas.
O Brasil segue superando as médias globais quando o assunto é consentimento do usuário.
No primeiro trimestre de 2025, a taxa média de opt-in do ATT no país alcançou 55%, bem acima da média global de aproximadamente 50%. Esse crescimento é impulsionado por um desempenho notável em setores-chave: apps de Finanças registraram uma taxa de consentimento de 62% (contra 57% no mundo), enquanto apps de Compras atingiram 54% (vs. 47% globalmente). O mais impressionante é que o Brasil atinge taxas mais altas de consentimento mesmo em meio a uma escalada agressiva, com instalações não orgânicas crescendo 125% ano a ano no setor de Compras e um expressivo aumento de 177% em Finanças entre 2023 e 2024. Esses resultados reforçam o papel do Brasil como mercado líder em equilibrar crescimento e engajamento com foco em privacidade.
“Os dados mostram que os consumidores brasileiros compreendem a troca de valor no centro da publicidade mobile”, afirma Renata Altemari, Country Manager da AppsFlyer no Brasil.
“Privacidade e performance não são opostos aqui, elas caminham juntas. As altas taxas de opt-in e o forte crescimento em verticais estratégicas mostram que, quando as marcas constroem confiança e usam estratégias inteligentes de mensuração com foco em privacidade, o mercado brasileiro responde. Isso não é apenas adaptação; é aceleração.”
Taxas de opt-in seguem em crescimento
Os dados apontam para uma crescente confiança dos usuários em escala global. Hoje, 50% dos usuários consentem com o rastreamento, um aumento significativo de 10% desde o lançamento inicial do ATT. Essa tendência indica que, quando os usuários entendem a troca de valor por trás do compartilhamento de dados, muitos estão dispostos a participar do ecossistema publicitário.
“Nossos dados globais refletem uma relação mais madura entre apps e usuários”, afirma Roy Yanai, VP de Produto da AppsFlyer.
“Estamos vendo que a transparência não reduz necessariamente a participação, ela transforma essa decisão em uma escolha ativa, e não um padrão passivo. Nossa pesquisa mostra claramente que é possível alcançar uma atribuição eficaz mesmo em um ambiente centrado em privacidade, desde que se adote uma estratégia de mensuração abrangente. Isso inclui otimizar o momento e a forma de apresentar o prompt do ATT, usar frameworks de mensuração agregada que respeitem a privacidade, implementar o SKAdNetwork de forma eficiente e utilizar testes de incrementalidade para identificar o real impacto do marketing. Os anunciantes mais bem-sucedidos são aqueles que adotaram essas abordagens em vez de enxergar os requisitos de privacidade como barreiras.”
Gastos com publicidade no iOS crescem fortemente
Um sinal claro de estabilização do mercado pode ser visto nos padrões globais de investimento em publicidade. Os gastos com anúncios no iOS cresceram 26% entre 2023 e 2024, superando com folga os 10% de crescimento no Android no mesmo período. Essa confiança renovada levou à expansão de campanhas: 42% dos apps aumentaram seus investimentos em anúncios no iOS entre o 1º trimestre de 2024 e o 1º trimestre de 2025.
Essa mudança nos investimentos reflete o domínio crescente dos anunciantes sobre estratégias de mensuração centradas em privacidade e sua disposição em investir onde é possível demonstrar retorno confiável, mesmo em um ambiente com mais proteção de dados.
Privacidade e performance em equilíbrio
Os dados sugerem uma reconciliação entre proteção de dados e desempenho de mercado, com as instalações não orgânicas no iOS crescendo globalmente 29% ano a ano, frente a 21% no Android.
Enquanto isso, a adoção do ATT por desenvolvedores continua em ascensão, 4% maior em 2024 comparado a 2023, e 71% superior ao registrado em 2021.
Sobre a AppsFlyer
A AppsFlyer ajuda marcas a tomarem boas decisões para seus negócios e clientes por meio de soluções avançadas de mensuração, análise de dados, deep linking, engajamento, proteção contra fraudes, data clean room e tecnologias que preservam a privacidade. Com base na crença de que é possível aumentar a privacidade do usuário e, ao mesmo tempo, oferecer experiências excepcionais, a AppsFlyer capacita milhares de criadores e parceiros de tecnologia a construírem relacionamentos mais significativos com seus consumidores. Para saber mais, acesse o LINK!
Campanha alerta para perigos do vício em apostas
Por Meio e Mensagem
O Zenklub, plataforma de terapia online, junto a Post em Branco, criaram uma campanha para destacar os impactos negativos que as apostas podem gerar para a saúde mental das pessoas.
Com o nome de “Tigrinho Pé-Frio”, a ação é inspirada no universo das bets e foi criada por meio de inteligência artificial.
Na ação, o personagem Tigrinho Pé-Frio vive experiências de riqueza e ostentação, fruto dos jogos online. Porém, o personagem vai perdendo dinheiro com o passar do tempo, ficando isolado e deprimido.
A campanha enfatiza a ideia que, em vez de investir em apostas para tentar se sentir melhor e mais confiante, o melhor é investir na saúde mental.
Além do alerta contra a ludopatia, a campanha também disponibiliza o código ZENPEB, que permite o agendamento gratuito com um terapeuta.
O que a sua marca está fazendo?
Por Luiz Lara
O celular já deixou de ser um simples ponto de contato para se tornar o centro da experiência de muitas marcas. O Digital Report da We Are Social e Meltwater do último ano mostra que 98,9% dos usuários de internet no Brasil usam smartphones para acessar a web. Isso muda a forma de comunicar e, com ela, também as responsabilidades de quem atua na liderança do mercado publicitário.
Mobile não é só mais um canal. É um ambiente onde a jornada do consumidor se inicia, se desenvolve e muitas vezes até se conclui. É onde a atenção está e onde se constroem vínculos com marcas. A imersão diária dos consumidores em seus smartphones não é mais uma tendência, mas o novo paradigma. E as empresas precisam repensar sua presença digital, considerando novos formatos, linguagens e abordagens em contextos cada vez mais personalizados.
No Cenp – Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário, temos observado esse movimento e seus impactos no ecossistema da publicidade. Nosso compromisso é analisar essas transformações, criando espaços de diálogo e referência para boas práticas. Autorregular envolve justamente pensar em diretrizes que acompanhem a evolução do mercado e que favoreçam a inovação com responsabilidade.
À medida que o celular se consolida como o eixo da jornada digital, em uma relação cada vez mais íntima com o consumidor, precisamos compreender que cada toque na tela carrega a expectativa de uma entrega útil e significativa. Por isso, é necessário que os profissionais de hoje considerem a centralidade do mobile na experiência de consumo, respeitando os limites do uso de dados e mantendo a relevância do conteúdo.
Como presidente do Cenp, acredito que temos um papel fundamental no fomento desse debate, que precisa abranger tecnologia, criatividade e ética, para que o marketing mobile seja uma força positiva na sociedade. Vejo com entusiasmo a função que podemos exercer na construção de uma publicidade que coloque o consumidor no centro, exatamente onde hoje está seu dispositivo móvel.
O celular tende a permanecer cada vez mais nas mãos das pessoas. A pergunta é: o que sua marca está fazendo com essa oportunidade?
PMEs dobraram faturamento no 1º semestre de 2025 – RS FORA DO RANKING DOS 5 ESTADOS QUE MAIS FATURAM EM PMES
Por Meio e Mensagem
Uma pesquisa realizada pela Nuvemshop apontou que as pequenas e médias empresas online (PMEs) movimentaram R$ 3 bilhões no primeiro semestre deste ano.
A pesquisa foi realizada entre 1º de janeiro a 30 de junho de 2025 a partir da base de lojistas da plataforma. Essa valor significa um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Essa movimentação foi reflexo da comercialização 40 milhões de produtos nos primeiros seis meses do ano, um aumento de 26% se comparado a 2024.
O segmento que mais faturou foi o de moda, com R$ 1,5 bilhão, seguido por Saúde & Beleza (R$ 391 milhões), Casa & Jardim (R$ 191 milhões) e Acessórios (R$ 177 milhões). Desse montante, o número total de pedidos atingiu 11 milhões, um crescimento de 31% se comparado ao ano anterior, com ticket médio de R$ 255,80.
Já entre os estados brasileiros, os que mais faturaram foi liderado por São Paulo (R$ 1,3 bilhão). Minhas Gerais (R$ 278 milhões), Santa Catarina (R$ 200 milhões), Rio de Janeiro (R$ 199,5 milhões) e Ceará (R$ 151 milhões) finalizam o top 5.
Converta Ads quer alavancar investimentos em mídia in-store
Por Thaís Monteiro
Segundo dados da Omidia, o investimento global em retail media deve ultrapassar os U$200 milhões até 2029. Porém, entre os anunciantes brasileiros, 36% ainda não trabalham com o canal, afirma o estudo Retail Media Insights 2024, da Newtail, com apoio da Comscore e Enext. Desses, 50% citam falta de preparo. Entre as agências, os desafios são os mesmos: 51% de marketing ainda não se sentem preparadas para atuar com Retail Media por falta de conhecimento e por não ter equipe para executar as ações.
Visando sanar essas dificuldades e conquistar parte do orçamento destinado ao canal, Ariane Finavaro (ex-Publicis, Havas, JWT e BETC) e as empresas The Led e Logan se uniram para lançar a Converta Ads. Ariane atua como CEO da empresa.
A Converta Ads se configura como um hub data-driven para conectar agências e anunciantes a varejistas de diferentes segmentos com o objetivo de impactar o público das lojas no seu momento de maior propensão à compra, trazendo a visão de performance e growth para o ponto de venda. E, assim, impulsionar vendas e proporcionar receita adicional de mídia aos varejistas.
A plataforma integra dados das lojas – incluindo fluxo anterior, predição por IA e de caixa e tempo de permanência -, com dados mobile – expertise da Logan – para o desenvolvimento de estratégias e criativos mais assertivos, otimizando a mídia conforme a performance da loja. O cliente poderá segmentar sua campanha conforme seu objetivo, assim como localidade e público-alvo.
A plataforma oferecerá métricas de mídia, de efetividade de marca e de performance, além de dados de comportamento mobile e fluxo em loja. Ao mesmo tempo, a empresa planeja impactar a audiência do varejista – a depender do acordo com o varejista – no digital para potencializar o storytelling e reforçar a mensagem da campanha.
O lançamento da plataforma já conta com o inventário de telas da The Led que, em junho, adquiriu a empresa de mídia indoor Retail Media e agora passa a fazer a instalação, gerenciamento e comercialização do espaço de oito mil faces digitais em 2,2 mil lojas de 41 redes e 56 bandeiras de varejistas. O inventário da Retail Media, isoladamente, está em 1.005 lojas. A ambição da Converta, no entanto, é ser um hub que atua com qualquer varejista que já possua ou não telas instaladas.
A Logan fará a representação comercial da Converta Ads. A princípio, os anunciantes podem ativar as telas em formatos de 10 segundos, para aproveitar o mesmo material voltado ao OOH, em compras mensais. Posteriormente, a empresa quer ingressar em plataformas de mídia programática.
A empresa conta com um time criativo para auxiliar na adaptação das campanhas para o retail media e no desenvolvimento de projetos especiais dedicados a esses espaços. Além disso, a Converta quer tornar o varejo in-store mais inovador através de projetos de conteúdo, com influenciadores, criando uma nova linguagem para as telas, e explorando talkability e ativações em loja. A empresa também quer inovar em formatos publicitários e incluir possibilidades de patrocínio.
Conforme Ariane, a empresa planeja investir em tecnologia, incluindo DCO (Dynamic Creative Optimization) criar criativos mais customizados ajustando a mensagem por loja, endereço e faixa horária, de acordo com insights do consumidor, e na implementação de um modelo de media mix modeling para comparar a performance da mídia in-store com outros meios.
As marcas preferidas – e hábitos de consumo – da geração Z
Por Valéria Contado
A segunda edição da pesquisa “Hábitos de Consumo e Desejo da Geração Z”, que abrange os públicos que compõem, na verdade, as gerações Z e Alpha (nascidos de 2010 em diante), chega com o objetivo de entender o perfil, hábitos de consumo e aspirações de estudantes do ensino médio, focando em preferências de marcas e comportamento financeiro.
O material aponta quais são as preferências dos representantes da GenZ em segmentos econômicos, como bancos, marca de celular, marketplaces, snacks e redes sociais. “A geração Z já exerce forte influência nas decisões de consumo, tanto pelas suas próprias escolhas quanto pela capacidade de moldar comportamentos nas redes e no ambiente familiar. E esse protagonismo tende a crescer rapidamente”, explica Gustavo Bueno, diretor de marketing da Forma Turismo.
A pesquisa identificou algumas preferências desse público. Tendo em vista que 86% dos respondentes possuem uma conta em banco, mais de 36% deles afirmam ser correntistas no Inter, seguido por Nubank (23,73%) e Banco do Brasil (7,51 %). Entre as redes, apesar de o Instagram ser o favorito (91,24%), o TikTok vem crescendo em uma margem de consumo intenso (87,32%). Entre os marketplaces, Amazon (54,1%), Shopee (44,4%) e Mercado Livre (41,8%) estão no top 3. Já sobre linhas de maquiagem, a Rare Beauty, marca de Selena Gomez, foi a mais escolhida (26,82%). Aliás, 64% dos jovens da GenZ afirmam consumir esse tipo de produto. Veja, mais abaixo, as marcas preferidas dos respondentes.
Metodologia
Este ano, o estudo teve crescimento significativo na sua base amostral que passou de 4,7 mil pessoas, em 2024, para 9.386 estudantes brasileiros. A segunda edição da pesquisa conduzida pela Forma Turismo foi realizada em abril, com jovens de 15 a 18 anos.
Além disso, a empresa ajustou a forma de coleta de respostas. A quantidade de opções que cada participante podia selecionar foi reduzida (de até três escolhas, em 2024, para até duas, em 2025). Novas categorias também foram incluídas no questionário.
As marcas preferidas e os hábitos de consumo da geração Z
Segmento Marca %
Banco
Inter 36,2%
Nubank 23,73%
B do Brasil 7,51%
Celular
Apple 78,45%
Samsung 14,51%
Xiomi 3,89%
Marketplace
Amazon 54,07%
Shopee 44,41%
Mercado Livre 41,81%
Bebidas / chás
Del Valle 53,75%
Matte Leão 26,88%
Não consumo 15,81%
Energéticos
Red Bull 61,61%
Baly 36,75%
Monster Energy 31,31%
Isotônicos
Gatorade 55,62%
Não consumo 38,18%
Powerade 23,41%
Refrigerantes
Coca-Cola Zero 38,36%
Coca-Cola 29,83%
Não consumo 16,66%
Chocolate
KitKat 16,8%
Lacreme 9,04%
Milka 6,14%
Refeição rápida
Sadia 46%
Não Consumo 21,92%
Swift 12,28%
Restaurantes fast food
McDonald’s 70,13%
Burger King 32,94%
Subway 15,96%
Maquiagem
Rare Beauty 26,82%
Fran 22,77%
Ruby Rose 22,31%
Ferramentas de busca
Google 76,64%
TikTok 59,96%
ChatGPT 59,43%
Player de música
Spotify 91,07%
YouTube Music 3,86%
Apple Music 1,74%
Redes Sociais
Instagram 91,24%
TikTok 87,32%
Whatsapp 75,44%
Conteúdo
Streaming 73,98%
YouTube 19,05%
TV Fechada 2,83%
O McDonald’s está se reposicionando mais uma vez
Por Rodrigo Guerra
O McDonald’s está se reposicionando mais uma vez — não apenas como uma rede de fast food, mas como um hub de conveniência elétrica.
Até 2026, todas as 2 mil lojas no Brasil terão eletropostos para carros elétricos. Nos EUA, já são mil unidades. Na Suécia, 100% da rede já está eletrificada.
A estratégia?
Dados mostram que clientes que recarregam seus veículos consomem até 3x mais.
Ticket médio salta de R$35 para R$85 — uma diferença de R$50 por cliente.
Mas o diferencial está no modelo de negócios:
McDonald’s oferece a infraestrutura e localização
Shell Recharge entra com a operação e tecnologia
Lucros são compartilhados
Com uma média de 15 recargas por dia por loja, estima-se uma nova fonte de receita de até R$ 40 mil mensais por unidade.
Além disso, o app do McDonald’s permitirá:
Reserva da vaga
Pedido de comida
Pagamento integrado
Recarga gratuita com consumo acima de R$50
Estamos vendo a criação de um novo ecossistema: alimentação + energia + conveniência + tecnologia.
A lição?
O futuro da mobilidade e da experiência do consumidor está nos detalhes.
E quem dominar o tempo do cliente, dominará o mercado.
Se a loja física não encantar, o cliente prefere comprar online.
Por Vera Zaffari
Essa é a nova regra do jogo e as Lojas Renner S.A. entendeu isso como poucos.
Com escuta ativa e foco genuíno no consumidor, a marca decidiu repensar sua presença física. E foi aí que a Vera Zaffari & Co teve o privilégio de ser convidada para cocriar a nova arquitetura da loja Renner Morumbi em um espaço que fala com o presente e, principalmente, com o futuro do varejo.
O desafio era claro: como traduzir em arquitetura aquilo que o cliente sente, espera e deseja?
Fomos em busca de soluções que trouxessem mais calor, mais curvas, mais textura. O cinza cedeu lugar a tons mais amadeirados, tapetes confortáveis, sofás nos provadores e nichos que acolhem. Incorporamos telas tensionadas para iluminação mais suave, tecnologia de ponta com antenas antifurto overhead e até uma cabine de provador instagramável, pensada para os criadores de conteúdo.
Não foi apenas um projeto. Foi uma construção colaborativa entre marca, cliente e arquitetura com foco em performance, sim, mas também em emoção.
Porque no varejo de hoje, a loja não é só um ponto de venda. É um ponto de encontro com a marca.
Nossos agradecimentos à Renner que nos desafiou e confiou em nós Daiana Koch, André Gonçalves Petrarca, Roberta Schmitz, Jordana Fontana Franco Marco Antonio Röpke , Lúcio Ludwig
Aos nossos sempre parceiros em tantos e tantos projetos tão relevantes quanto este Sistema Engenharia, G2BIM Engenharia, Carpeggiani Engenharia
Ao nosso time, que faz a magia acontecer Amanda Diesel Caroline Malaggi, Marcos Leal, Luísa Nunes, Yasmim Oliveira