Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: O Que as Empresas Ainda Não Entenderam sobre a Geração Z, Segundo Executiva da EY, Steve Jobs foi demitido da Apple e transformou o fracasso em legado, Marketing Esportivo: a estratégia que está transformando o crescimento empresarial, Você sabe como são escolhidos os jurados de Cannes?, Abradi defende equilíbrio regulatório após mudança no Marco Civil da Internet, Gaúchas da Geração Z preferem os Millenials, Apenas 21% dos brasileiros acham os anúncios úteis, Limite Agora: O Que o Psiquiatra Felipe Becker Tem a Dizer Sobre Telas na Infância e A Netflix acabou com as locadoras. Agora, parece que está mirando nos parques temáticos.
O Que as Empresas Ainda Não Entenderam sobre a Geração Z, Segundo Executiva da EY
Por Chris Westfall
O novo relatório EY Global Generations Report 2025, baseado em uma pesquisa com mais de 22 mil pessoas em 22 países, traz insights sobre as ambições e expectativas profissionais da Geração Z (nascidos entre 1997 e 2007).
Para empresas que buscam aumentar o engajamento e a retenção de talentos, especialmente ao lidar com profissionais dessa geração, alguns elementos são o ponto de partida da conversa. “A ambição da Geração Z vai além de bens materiais”, afirma Marcie Merriman, líder global de People Advisory Services da EY. Em entrevista à Forbes, a executiva compartilhou o que as organizações estão deixando de enxergar quando o assunto é a Geração Z, e como esses jovens ainda podem alcançar seus objetivos profissionais.
Segundo a pesquisa, apenas 31% dos entrevistados da Geração Z se sentem financeiramente seguros, mas a história vai além disso. Embora quase 9 em cada 10 priorizem a segurança financeira, menos de dois terços afirmam querer “ficar ricos”. A riqueza pode ser medida de várias formas, inclusive por coisas que o dinheiro não compra.
Compreender os valores e necessidades da Geração Z é fundamental no processo de contratação para líderes e companhias que pensam no longo prazo. “A Geração Z mede o sucesso pela saúde mental e física, pelo impacto que gera e pela possibilidade de viver de forma autêntica”, afirma Merriman.
Isso significa buscar funções e ambientes que de fato apoiem o bem-estar integral e que permitam conectar o trabalho diário a um propósito maior. Para as empresas, essas expectativas exigem uma revisão nas estruturas de incentivo e nos planos de carreira, com foco em capacitação, liderança e crescimento.
A seguir, veja três elementos essenciais para atrair e reter os melhores talentos dessa geração:
Como atrair a Geração Z
- Conectar propósito e transparência
A Geração Z cresceu em um mundo hiperconectado, espera comunicação aberta e tem curiosidade sobre como as coisas funcionam. “Eles têm um desejo profundo por transparência, seja em relação ao propósito da empresa, às motivações ou à equidade salarial.”
Empresas onde as lideranças são abertas em relação a desafios, decisões e até estruturas de remuneração estão mais preparadas para o futuro do trabalho. Segundo o estudo da EY, 84% dos entrevistados acreditam que ser autêntico é extremamente importante.
Na entrevista de emprego, os líderes são transparentes sobre o propósito da empresa ou fazem promessas genéricas que resultam em frustração?
Conectar propósito e transparência também pode ser entendido como “agir conforme o discurso“. Ações falam mais alto do que palavras, e a transparência exige clareza nos objetivos reais (não apenas no marketing) para que as decisões de contratação sejam tomadas com consciência e alinhamento de ambos os lados.
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Redefinir o sucesso além dos indicadores tradicionais
Segundo a EY, a Geração Z enxerga o sucesso de forma holística. Ou seja, engajamento e retenção dependem de oportunidades de crescimento pessoal, com foco em propósito, valores e bem-estar.
Oferecer apenas um plano de carreira e boa remuneração já não basta para empresas que pensam no futuro. Merriman redefine o que é “sentir-se bem” no trabalho: “Dar responsabilidade desde o início, propor desafios, incentivar. Jovens da Geração Z me dizem o tempo todo que querem ser desafiados e evoluir.”
Para os líderes, entender e aceitar esses impulsos pode ser a chave do sucesso. Empresas que oferecem crescimento e desafios fazem com que seus jovens talentos se tornem, espontaneamente, verdadeiros recrutadores. Isso porque compartilhar experiências positivas sobre a empresa é uma das formas mais eficazes de atrair novos profissionais.
- Abrir o jogo sobre a remuneração
“Crescemos em um ambiente em que nossos pais escondiam muitas coisas da gente”, diz Merriman, referindo-se às gerações Millennials e X, “principalmente sobre dinheiro.”
Mas a Geração Z tem outra mentalidade: defende total transparência financeira. Para esses jovens, falar sobre salário e remuneração não é tabu, é algo essencial. Não porque o dinheiro seja tudo, mas porque a transparência é.
Conectar diferentes gerações, muitas vezes, é uma questão de comunicação: o que – e como – estamos dispostos a conversar é determinante. Quando escondemos informações sobre salário, metas ou expectativas, a colaboração se desgasta, e os resultados ficam mais distantes.
A mudança de mentalidade necessária para a Geração Z nos processos seletivos
Para quem está começando a carreira, a executiva da EY dá uma dica crucial: é preciso trocar a mentalidade de “ser apoiado” pela de “apoiar” no trabalho. “A Geração Z viveu em um mundo desenhado para servi-la. Desde pais superprotetores, passando pela pandemia de Covid, havia a sensação de que o mundo deveria protegê-los. Mas essa ideia já não se aplica. A verdade é que o empregador não está ali para servir o colaborador.”
Os conselhos da executiva podem ser aplicados já na entrevista de emprego. “Vá com a mentalidade de que você está ali para entender como pode apoiar a empresa. Ao fazer perguntas sobre as necessidades e o modo de funcionamento da companhia, você vai descobrir se aquele lugar combina com os seus valores.”
Merriman ainda reforça que os processos seletivos estão cheios de pessoas tentando “vender uma imagem” em vez de se comunicarem de forma clara e verdadeira. E essa clareza precisa vir dos dois lados da mesa (ou da tela).
Aceitação, autenticidade e adaptabilidade: o trio essencial para a Geração Z
Aceitação é a palavra-chave — tanto para empresas quanto para jovens profissionais. Quando há clareza sobre expectativas, necessidades e exigências, é possível construir um ambiente mais saudável e sustentável para o futuro do trabalho.
Mas essa aceitação precisa ser mútua. O profissional que se apresenta com autenticidade, sem vestir um personagem na entrevista, tem mais chances de encontrar um caminho alinhado com seus valores. O mesmo vale para as empresas que mostram sua realidade de forma transparente desde o início.
Ser capaz de aceitar e expressar quem você é – como empresa ou como profissional –com franqueza, coragem e empatia é o que torna a comunicação eficaz. Para a Geração Z, a adaptabilidade começa com uma compreensão profunda do que os empregadores realmente buscam.
*Chris Westfall é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de livros, escreve sobre a importância da comunicação para a liderança e também é consultor de empresas e empreendedores, ajudando a criar culturas com melhor engajamento e colaboração.
Steve Jobs foi demitido da Apple e transformou o fracasso em legado
Por Guynever Maropo
Steve Jobs foi demitido da própria empresa aos 30 anos, após perder uma disputa interna com o CEO que ele mesmo havia contratado. Esse episódio marcaria profundamente sua trajetória e se tornaria um dos marcos de um discurso que inspiraria gerações.
Em 2005, durante a cerimônia de formatura da Universidade de Stanford, o empresário compartilhou lições sobre fracasso, propósito e trabalho, que voltaram a ganhar destaque com a remasterização feita pelo Steve Jobs Archive.
Mesmo duas décadas depois, a repercussão do discurso segue relevante. Suas histórias sobre desafios pessoais, descobertas e o impacto de amar o que se faz continuam sendo debatidas em escolas de negócios, empresas e ambientes criativos.
Jobs dividiu a fala em três momentos. Primeiro, contou como largou a faculdade, mas seguiu frequentando aulas que o interessavam, como caligrafia. Esse aprendizado contribuiu para que os computadores da Apple fossem os primeiros a oferecer fontes variadas e proporcionais.
Em seguida, relembrou a demissão da Apple, sua própria empresa, após a entrada de um CEO externo. Apesar do impacto emocional, afirmou que o amor pelo que fazia foi o que o manteve em movimento. O afastamento o levou a fundar a NeXT e a Pixar, antes de retornar à Apple anos depois.
Na terceira história, abordou o diagnóstico de câncer, que o forçou a refletir sobre tempo, prioridades e autenticidade. A ideia central de sua fala girou em torno da importância de fazer o que se ama.
O Steve Jobs Archive destacou essa mensagem ao relançar o discurso. Para Leslie Berlin, diretora da entidade, esse pensamento era um valor fundamental para o empresário. Trechos do livro Make Something Wonderful reforçam a visão de que criar algo com amor representa um modo de contribuir com o mundo.
A filosofia de vida de Steve Jobs, pautada pela paixão pelo trabalho e pela autenticidade, continua a influenciar profissionais e empreendedores em todo o mundo.
Marketing Esportivo: a estratégia que está transformando o crescimento empresarial
Por Fátima AB
Pouca gente sabe, mas antes da minha carreira em marketing e estratégia, fui metida a atleta: jogadora federada de tênis, bolsista fora do Brasil e apaixonada por esportes até hoje.
Concluí uma análise sobre o impacto do Marketing Esportivo no crescimento e posicionamento de marcas.
E os números são impressionantes:
Mercado global: US$ 97,35 bi em 2023 → US$ 190 bi até 2030
POR QUE FUNCIONA?
O esporte gera algo que nenhuma outra estratégia consegue:
Conexão emocional real e memorável.
Quando uma marca se associa à vitória de uma equipe, ela entra para a história emocional dos consumidores.
OS DADOS QUE MUDAM O JOGO:
67% dos fãs preferem marcas patrocinadoras
59% escolhem o produto de quem apoia seu time (se preço/qualidade forem iguais)
América Latina: +22% em 2023
Brasil: R$ 13,7 bi (+26% vs. 2022)
3 LIÇÕES PRÁTICAS:
- Red Bull – “Seja a reportagem, não o comercial”
30% da receita em marketing esportivo
500+ esportes radicais
Stratos: 44 milhões de views
- Nike – Parcerias que viram cultura
Valor de marca: US$ 33,2 bi
Air Jordan: 40 anos de bilhões anuais
Meta: 50% digital até 2025
- Coca-Cola – Longevidade com inovação
Décadas com a Copa
Real-time marketing
Parte da experiência do torcedor
FRAMEWORK DE IMPLEMENTAÇÃO:
Fase 1: Diagnóstico Estratégico
Quais esportes fazem sentido pro seu público?
Quais valores da marca conectam com o esporte?
Fase 2: Escolha de Oportunidades
Priorize autenticidade
Avalie exclusividade de categoria
Fase 3: Ativação Inteligente
Vá além do logo
Crie experiências físicas + digitais
Fase 4: Mensuração Real
Share of Voice
Engagement Score
Conversion Velocity
TENDÊNCIAS:
E-Sports
Sustentabilidade
Personalização com IA
Realidade Virtual
Para pensar, sempre:
Marketing esportivo não é só patrocínio.
É construção de memória emocional com milhões de pessoas.
A pergunta não é:
“Posso investir?”
É: “Posso me dar ao luxo de não investir?”
Qual esporte mais representa os valores da sua marca?
Você sabe como são escolhidos os jurados de Cannes?
Por Domenico Massareto
Matematicamente. E isso é um problema. Vou te explicar.
A publicidade é dividida entre empresas globais e empresas independentes.
E em Cannes participam agências, anunciantes, produtoras, big techs e empresas de mídia globais e independentes.
Qualquer uma dessas empresas pode inscrever trabalhos na competição.
Quando uma empresa ganha um Leão, essa empresa também ganha uma chance maior de ter um jurado na competição no ano seguinte como uma espécie de reconhecimento.
E faz sentido: se a empresa venceu, ela tem critério. Se ela tem critério, ela pode ajudar a fazer a competição melhor no ano seguinte.
O problema?
Uma agência independente inscreve 3, 4 ou 5 trabalhos no ano.
Uma DDB, Ogilvy ou FCB inscrevem CENTENAS de trabalhos.
Logo, a chance de uma agência global ter mais jurados no ano seguinte é centenas de vezes maior do que a chance de uma agência independente.
Isso não deveria ser um problema, afinal, os jurados estão ali para fazer um julgamento imparcial. Deveriam eleger os melhores trabalhos independente se são da sua empresa ou não. Do seu país ou não. Do seu amigo ou não.
Só que historicamente com um jurado da própria empresa no júri, as chances da empresa vencer novamente também são maiores. E isso cria um ciclo em que as empresas globais são cada vez mais premiadas.
Seria o efeito de puxar a sardinha pro seu lado? Não é tão simples.
Fui jurado de Cannes pela primeira vez em 2016.
Uma dos trabalhos sendo julgados se chamava NoPulsoDoBrasil do Instituto Ayrton Senna, criado pela JWT que era liderada por Ricardo John.
O jurado dos Estados Unidos, tentando diminuir o trabalho, disse:
– Isso é apenas mais uma campanha com um atleta…
Indignado, levantei a voz:
– Se vocês acham que Ayrton Senna é um Michael Jordan, eu quero pedir para a organização encontrar uma imagem do funeral de Senna e colocar na tela.
Com a imagem da multidão de brasileiros homenageando o ídolo projetada, continuei:
– Isso é a diferença entre um ícone do esporte e o herói de uma nação.
Os olhos da sala se encheram de lágrimas. O americano se desculpou. A peça foi premiada.
A peça foi premiada não porque eu tentei defender o meu país.
A peça foi premiada porque eu dei contexto pra discussão.
E aí mora a complexidade:
Quanto mais gente de um país na sala, quanto mais gente de uma empresa na sala, mais contexto.
Com mais contexto, mais chances do trabalho ser premiado.
Como eu disse: complicado.
Cannes vem criando, ano após ano, recursos para minimizar esse desequilíbrio de contexto.
Vem tentando formar júris mais diversos e aumentando o rigor nas regras dos julgamentos.
Mas é um sistema imperfeito.
Vulnerável às emoções, aos vieses e à subjetividade humana.
Abradi defende equilíbrio regulatório após mudança no Marco Civil da Internet
A Associação Brasileira dos Agentes Digitais (Abradi), que participou ativamente da elaboração do Marco Civil junto ao Comitê Gestor da Internet (CGI.br), vê com preocupação a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que alterou o artigo 19 do Marco Civil da Internet. Por 8 votos a 3, o STF estabeleceu que as redes sociais poderão ser responsabilizadas por postagens criminosas ou ofensivas de seus usuários caso não removam conteúdos após notificação extrajudicial. Em casos de crimes contra a honra, como difamação, permanece a necessidade de ordem judicial. A Corte também determinou que, em casos de discurso de ódio, racismo, pedofilia e incitação à violência ou golpe de Estado, as plataformas devem agir proativamente, mesmo sem notificação prévia.
Um dos pontos mais sensíveis da decisão do STF, na visão da Abradi, é a atribuição às plataformas da responsabilidade de determinar quais conteúdos devem ser removidos. A associação considera que há uma inversão de papéis quando empresas privadas precisam fazer julgamentos que seriam de competência do Judiciário. “Existem conteúdos claramente ilegais, como pornografia infantil e terrorismo, que geram consenso sobre a necessidade de remoção. No entanto, categorias como ‘discurso de ódio’ ou ‘tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito’ estão em uma zona interpretativa muito mais subjetiva”, explica Paulo Jr.
A associação acredita que, diante do risco de penalização, as plataformas tenderão a adotar posturas excessivamente cautelosas. “Uma empresa privada que pode ser multada ou penalizada tenderá a remover qualquer conteúdo que desperte a menor suspeita, mesmo sem clara ilegalidade, o que pode afetar a liberdade de expressão”, pondera o presidente da entidade.
A Abradi entende que qualquer regulamentação deve proporcionar segurança jurídica para todos os envolvidos, sem ferir princípios constitucionais como a liberdade de expressão. “Para o mercado empresarial como um todo, a insegurança jurídica e a imprevisibilidade são os principais fatores de ansiedade”, destaca a associação.
Realinhamento de processos
Com a mudança, as agências digitais enfrentarão uma transformação significativa em seus processos operacionais. Será necessário implementar verificações legais mais rigorosas antes da publicação de conteúdos, revisar contratos com clientes para compartilhar responsabilidades, estabelecer sistemas de monitoramento contínuo, treinar equipes sobre as novas regras e desenvolver protocolos de gestão de crise mais ágeis para responder rapidamente a notificações extrajudiciais.
Além disso, as agências precisarão integrar consultoria jurídica especializada em direito digital ao seu dia a dia, fazer uma análise prévia de riscos em conteúdos, educar clientes sobre os novos limites legais, implementar documentação mais rigorosa de todo o processo de aprovação e revisar estratégias de marketing potencialmente controversas.
Capacidade de adaptação
Apesar das preocupações, a Abradi ressalta a notável capacidade de adaptação do setor digital brasileiro frente às mudanças regulatórias. “As agências digitais, os agentes e o setor da comunicação como um todo já passaram por diversas mudanças regulatórias e sempre se adaptaram com eficiência”, afirma a associação.
O presidente da Abradi cita como exemplos bem-sucedidos a adaptação do mercado à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e ao próprio Marco Civil da Internet quando foi implementado. “As empresas representadas pela Abradi têm um histórico positivo de adequação às normas. O desafio estará muito mais ligado a como ajustar os processos operacionais caso as plataformas alterem seus sistemas por força da decisão judicial”, explica.
A Abradi reconhece o valor da inovação trazida pelas empresas de tecnologia para o avanço da sociedade e defende que cabe tanto às empresas e plataformas quanto ao poder público criarem regras para que o ambiente digital seja saudável para todos. “Não podemos confundir liberdade de expressão com liberdade para fazer ataques indiscriminados. O desafio está justamente na definição e interpretação equilibrada desses limites”, conclui Carlos Paulo Jr.
Gaúchas da Geração Z preferem os Millenials
Pesquisa do site de relacionamento MeuPatrocínio mostra que, no Rio Grande do Sul, 72% das mulheres da Geração Z, que têm entre 18 e 29 anos, veem mais benefícios em se relacionar com homens das gerações X e Y do que com homens da sua própria geração. Entre eles, os nascidos entre o início da década de 1980 e meados de 1990, que estão na faixa dos 35 e 40 anos, saem à frente: a geração Y, ou os Millenials, são os preferidos de 61% das entrevistadas gaúchas.
No levantamento da plataforma com recorte no Rio Grande do Sul, as jovens da Geração Z relacionaram, ainda, os motivos da sua escolha por homens mais velhos. Para as gaúchas dessa geração, a gentileza, a educação e a segurança emocional têm grande peso em um relacionamento: 24% das entrevistadas relatam que o maior benefício de se relacionar com um homem mais velho é a gentileza do parceiro; para outras 21%, o mais importante é a educação do parceiro; já para 18%, esse modelo de relacionamento proporciona, antes de tudo, segurança emocional; em quarto lugar, vem a estabilidade financeira, com 15% dos votos; em quinto, o status social, com 8%.
A preferência por homens mais velhos e mais estáveis tanto financeira quanto emocionalmente tem nome e apelido: a hipergamia, também conhecida como relacionamento Sugar, vem ganhando espaço em todo o Brasil e mesmo mulheres que ainda não conheciam o termo vêm se interessando por esse estilo de vida. Ainda segundo a plataforma MeuPatrocínio, dados de pesquisa realizada este ano em parceria com o Instituto QualiBest apontam que 24% das jovens entre 18 e 29 anos, quando questionadas sobre interesse em novos tipos de relacionamento que ainda não tenham vivenciado, revelam que gostariam de experimentar a hipergamia.
Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos do MeuPatrocínio, explica que “essa geração tem mais consciência e preocupação com a saúde mental e também com a responsabilidade emocional, optando por um modelo de relacionamento mais prático e descomplicado, como a hipergamia, ou estilo de vida Sugar, por ser uma escolha que valoriza a leveza”.
O especialista afirma, ainda, que as qualidades preferidas das mulheres em homens mais velhos são elementos fundamentais para tornar a relação mais leve e saudável:
”Alguém que é gentil, sabe ouvir e se comunica bem acaba sendo mais interessante, porque faz a mulher se sentir à vontade e valorizada. São essas qualidades emocionais e de personalidade que criam uma conexão mais forte e duradoura entre o casal, tornando tudo mais leve, que é o que mais conta em uma relação”, finaliza Caio.
Apenas 21% dos brasileiros acham os anúncios úteis, diz pesquisa
Por Meio & Mensagem
Apesar de 66% dos brasileiros realizarem metade ou mais compras online, apenas 21% acreditam que os anúncios que recebem fazem sentido para suas vidas, segundo dados inéditos da Serasa Experian. Além disso, para 30% dos brasileiros, nenhum anúncio faz diferença.
De acordo com Giovana Giroto, vice-presidente de marketing da companhia, os dados jogam luz em um desafio estratégico, que é a desconexão entre o volume de informação disponível e sua aplicação prática na comunicação com o consumidor. “Temos tecnologia e dados como nunca antes, mas continuamos falando com grupos genéricos, não com as pessoas”, afirma, em nota.
Para explicar seu ponto, Giovana cita um exemplo prático: ao invés de direcionar um anúncio para “mulheres de 25 a 35 anos interessadas em moda”, uma marca poderia considerar variáveis como localização, renda, fase de vida e comportamento recente — como o início em um novo emprego — para construir uma mensagem com mais propósito e conexão.
Limite Agora: O Que o Psiquiatra Felipe Becker Tem a Dizer Sobre Telas na Infância
O psiquiatra Dr. Felipe Becker, especialista em infância e adolescência, tem emitido um alerta importante: o uso excessivo de telas por crianças e adolescentes está diretamente relacionado a prejuízos significativos no sono, nas emoções e no desenvolvimento neurológico. Em uma era digital onde o acesso a celulares, tablets, computadores e televisores é praticamente inevitável, o especialista convida pais, educadores e profissionais da saúde a uma reflexão urgente sobre os efeitos dessa exposição prolongada.
De acordo com Dr. Becker, o cérebro em desenvolvimento é altamente sensível aos estímulos visuais e auditivos proporcionados pelas telas. Quando essa exposição é frequente e desregulada, especialmente no período noturno, há uma disfunção no ciclo do sono, o que afeta diretamente o equilíbrio hormonal, a capacidade de concentração, o controle emocional e até o rendimento escolar. “O uso noturno de celulares, com a luz azul próxima ao rosto da criança, desregula a produção de melatonina, atrapalha o sono e interfere no humor do dia seguinte”, explica o psiquiatra.
Mais do que uma questão de hábito, o uso excessivo de telas se tornou um fator de risco para o desenvolvimento emocional saudável. Crianças que passam muitas horas diante das telas tendem a apresentar maior irritabilidade, ansiedade, impulsividade e até sintomas depressivos. Além disso, o tempo dedicado às telas normalmente substitui momentos essenciais para o crescimento infantil, como o brincar ao ar livre, a convivência familiar, a leitura e o sono de qualidade.
Dr. Becker também aponta que há uma falsa sensação de conexão proporcionada pelas redes sociais e jogos online. “A criança e o adolescente estão cada vez mais conectados, mas cada vez menos presentes. Isso gera um sentimento de vazio e isolamento que não é percebido de imediato, mas que se acumula com o tempo”, alerta. Segundo ele, o acesso irrestrito à internet também expõe os jovens a conteúdos inapropriados, além de favorecer comportamentos compulsivos, como a dependência de jogos ou de aprovação digital.
Para o especialista, limitar o uso de telas não é apenas uma recomendação técnica, mas um ato de cuidado e responsabilidade dos adultos. Ele sugere que famílias estabeleçam rotinas sem telas ao menos duas horas antes de dormir, promovam momentos de interação olho no olho e incentivem atividades que estimulem o corpo e a mente de forma natural. “É urgente que pais e educadores discutam o tema com seriedade. Não se trata de demonizar a tecnologia, mas de entender que o equilíbrio é fundamental para proteger a saúde mental dos jovens”, afirma.
Diante de um cenário em que a infância está sendo moldada por algoritmos e notificações, a fala de Dr. Felipe Becker reforça a importância de reconectar as crianças com o mundo real — feito de emoções verdadeiras, vínculos profundos e experiências concretas. A consciência e o exemplo dos adultos são as maiores ferramentas para construir uma infância mais saudável e humana.
A Netflix acabou com as locadoras. Agora, parece que está mirando nos parques temáticos
Por Miguel Ticianeli
Parece exagero? Foi o que pensei ao ver o anúncio oficial da empresa em Cannes: a criação das primeiras Netflix Houses.
Espaços físicos com mais de 100 mil m², onde fãs poderão viver experiências imersivas baseadas nas séries da plataforma, com direito a atividades temáticas, ambientes inspirados em histórias famosas e até um restaurante com pratos icônicos.
Por que isso importa?
A Netflix já foi a empresa que venceu a guerra contra as locadoras. Mas, nos últimos anos, entrou no roteiro de uma batalha ainda mais difícil: a comoditização do streaming.
Com Apple, Amazon, Disney, HBO e tantos outros players oferecendo conteúdos cada vez mais parecidos, o diferencial não está mais na tela e sim fora dela.
Agora, a empresa está “saindo da nuvem” para disputar um espaço físico. E emocional.
Com a chegada da IA, o conteúdo digital será cada vez mais fácil de produzir, o que tende a gerar um ruído enorme na percepção das pessoas.
Por isso, a Netflix está apostando em algo que não pode ser replicado por algoritmos: a experiência real, vivida no mundo físico.
Vamos ver como serão os primeiros testes.
Quem sabe, até o ano que vem, a gente não esteja comendo o famoso waffle da Eleven numa Netflix House em São Paulo?
E você, o que achou desse movimento da Netflix?
– Inovação de verdade ou nostalgia repaginada?