Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: Publicidade tradicional supera influenciadores em confiança do consumidor, House OPEN Creativity, Engana-se, Super Download – Insights dos melhores eventos de inovação do primeiro semestre, IAB Brasil: julho é mês de atualização profissional para profissionais de marketing e publicidade, Aluf e Renner anunciam colaboração inédita, Agência Escala cria campanha sensível para contar a história real de Thelminha, Modelos de Trabalho e Contratação: Vilões ou Aliados na Atração de Talentos?, Com investimento de R$ 30 milhões, Vitru se torna a maior patrocinadora do futebol brasileiro e Más condições de trabalho afastam candidatos de vagas abertas
Publicidade tradicional supera influenciadores em confiança do consumidor
Por Priscilla Oliveira
Apesar da popularidade do Marketing de influência, a confiança dos consumidores nesse modelo está em declínio. É o que aponta o estudo Influencer Trust Index, conduzido pelo BBB National Programs em parceria com a University of Georgia e o McLean Hospital, nos Estados Unidos.
De acordo com o levantamento, 87% dos consumidores confiam mais em anúncios veiculados em mídias tradicionais — como TV, rádio e revistas — do que nas recomendações de influenciadores, que registraram apenas 74% de confiança.
O dado levanta um alerta importante para o setor de Marketing: mais de um quarto (26%) dos consumidores dizem não confiar em influenciadores, número que é mais do que o dobro dos 11,3% que desconfiam da publicidade em geral. A pesquisa também revela os principais fatores que determinam a credibilidade no Marketing de influência.
Transparência sobre parcerias comerciais (71%) e avaliações honestas, mesmo que negativas (79%), aparecem como critérios essenciais para estabelecer confiança. Por outro lado, 80% dos entrevistados relatam perda de confiança quando percebem falta de autenticidade ou omissão na divulgação de vínculos com marcas. A ausência de clareza sobre relacionamentos comerciais também afeta a percepção de 64% dos respondentes.
Para Fabio Gonçalves, diretor de talentos da Viral Nation e especialista em marketing de influência, a queda na confiança está diretamente ligada à saturação e à falta de profissionalismo de parte do mercado. “A banalização das publis sem contexto ou conexão real com o influenciador enfraqueceu a credibilidade de muitas pessoas. Hoje, o público está mais exigente, percebe quando a recomendação é forçada e cobra coerência entre o discurso e a prática”, afirma.
Segundo ele, a confiança é o principal ativo de um criador de conteúdo. “Diferente da publicidade tradicional, que se apoia na autoridade de um veículo, o marketing de influência depende da relação construída com a audiência. Quando essa relação é quebrada, seja por excesso de publicidade, falta de posicionamento ou escolha equivocada de campanhas, a consequência vem em forma de desengajamento e perda de valor comercial”, afirma.
Na avaliação de Fabio, o caminho para reconquistar o público passa por coerência entre conteúdo e produto, transparência nas parcerias e foco em experiências reais. Ele também aponta que as agências têm papel fundamental nesse novo cenário.
“As marcas precisam investir em influenciadores que conhecem de verdade seu público e que só promovem aquilo que faz sentido dentro de sua narrativa. A era da publi pela publi está chegando ao fim e isso é positivo, porque abre espaço para um Marketing mais maduro, ético e sustentável”, conclui.
House OPEN Creativity
A House Of Creativity celebra, a partir de hoje, a inauguração de sua nova sede, agora em um ponto icônico da cidade: a esquina da Hilário Ribeiro com a Calçada da Fama. O espaço chega para inspirar, conectar e transformar ideias em experiências únicas. Criatividade e inovação ganham novo endereço.
Engana-se
Por Antônio Napole D´Amdréa Neto
Engana-se quem pensa que uma empresa é feita de pessoas.
Ela é feita das decisões que essas pessoas tomam… ou que escolhem adiar.
E quando a decisão certa demora, o negócio apodrece por dentro antes mesmo de dar sinais por fora.
Na última aula de Gestão e Estratégia (GE) que dei no G4 Educação, tive a oportunidade de falar desse tema com um grupo muito bom de empresários.
Ninguém ali era iniciante.
Era um pessoal experiente, que:
já vendeu empresa,
já teve investidor,
já liderou centenas ou milhares de pessoas…
– e que, mesmo assim, ainda convive com conflitos.
E falar de conflito é comigo mesmo!
Ali, deixei de lado o blá-blá-blá sobre metas e KPIs (que é fundamental, claro, mas que esse pessoal já está careca de saber), e foquei naquilo que ninguém gosta de falar pra esses caras: a hora de tomar coragem e encarar que a coisa não tá funcionando.
Nenhum empresário gosta de ouvir que:
– O time está mal composto e não vai sustentar muito mais;
– A sociedade que ele tanto lutou pra armar já virou casamento falido;
– O projeto está se arrastando apenas porque ninguém quer bancar o fim.
Tem horas que alguém precisa levantar a mão e dizer:
“Não tem saída. Não tem conserto. Acabou.”
(E quando ninguém de dentro se anima a falar, é aí que meu telefone costuma tocar! hehe)
Brincadeiras à parte…
Longe de mim gostar de ser o portador das más notícias.
Mas é que a ciência já mostrou que ninguém muda porque quer – biologicamente, estamos projetados pra ficarmos agarrados à corda até ela estourar!
Por isso, as mudanças, em geral, se impõem quando já não conseguimos ficar onde estamos. E é aí que mora a diferença entre tocar o negócio e, de fato, liderar uma transformação.
Inclusive, meu trabalho com empresários, seja no G4, na Katalisis ou no TAB – The Advisory Board, vem justamente dessa provocação.
Não ofereço respostas prontas.
Mas tensiono a corda, até a coragem emergir e alguém apontar o elefante branco na sala.
Se você se sente num looping eterno, talvez o próximo passo não seja uma técnica, uma estratégia ou uma ferramenta.
Pode ser que você precise, mesmo, é de uma decisão.
Super Download – Insights dos melhores eventos de inovação do primeiro semestre
A ARP, em parceria com o SINAPRO, realiza o evento “Super Download – Insights dos melhores eventos de inovação do primeiro semestre”, a partir das 19h, no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. Estarão no palco deste ano, o Co-CEO e CCO da HOC, Fábio Bernardi, o Co-fundador e Diretor Criativo do Estúdio Pé Grande, Felipe Galvão, a Diretora Executiva de Negócios Sul e LATAM da W3haus, Patrícia Angeletti e do CEO do Share, Rafael Martins. Entre os eventos que serão debatidos, estão o SXSW, NRF, Cannes Lions, Web Summit Rio, Feira Brasileira do Varejo, Gramado Summit e South Summit.
Serviço:
Data: 17 de julho
Horário: 19h
Local: Instituto Caldeira (Tv. São José, 455 – Navegantes, Porto Alegre – RS).
Inscrições: Evento exclusivo para associados ARP + SINAPRO, através do Sympla neste LINK!
IAB Brasil: julho é mês de atualização profissional para profissionais de marketing e publicidade
Profissionais de marketing e publicidade podem aproveitar o mês de julho para ficar atualizados sobre as principais tendências do mercado digital. O IAB Brasil preparou uma agenda de cursos livres voltada para quem quer aproveitar o período para investir em formação estratégica e aplicada.
Com aulas online e ao vivo, os cursos abordam três temas em ascensão no mercado: DOOH (Digital Out Of Home), retail media e marketing de influência.
Os cursos livres oferecem abordagens práticas e conexão com as tendências que estão moldando o ecossistema da publicidade digital no Brasil e no mundo.
Conheça a agenda de julho:
Estratégias para campanhas em DOOH (15 e 16 de julho)
O curso visa apresentar o potencial completo das mídias digitais fora do lar. Os participantes serão guiados desde os conceitos fundamentais até as estratégias de planejamento, criação e execução de campanhas em ambientes DOOH.
Compra e operação de retail media (22 e 23 de julho)
Com abordagem prática, o curso explora todas as etapas da jornada de mídia no varejo. Da estratégia e composição do mix de canais, passando pela escolha de formatos, até a mensuração de resultados e otimização. Também serão discutidas as transformações recentes no ecossistema e os principais cases de adoção de retail media, com insights de especialistas atuantes no mercado.
Creator Economy: estratégias e tendências para o marketing de influência (29, 30 e 31 de julho)
Voltado a profissionais que atuam ou desejam atuar com influenciadores digitais, o curso aborda a cadeia de valor da Creator Economy e seu papel na publicidade online. Serão compartilhadas boas práticas para agências, anunciantes, publishers e gestores de redes sociais, com foco em estratégia e mensuração.
As inscrições estão abertas no site do IAB Brasil e contam com descontos especiais para associados.
Aluf e Renner anunciam colaboração inédita
O flerte entre Ana Luísa Fernandes, da Aluf, com a Renner começou em outubro de 2024, mas a estilista já nutria um interesse em relação à varejista desde a faculdade. Ela fez um curso com a diretora de produto da Renner, que apresentou o setor de sustentabilidade da empresa. “Fiquei encantada. Queria trabalhar com aquilo, mas não sabia como”, relembra.
Quando o encontro aconteceu, a sintonia foi imediata. Democratizar a etiqueta que fundou sempre foi uma das metas da designer. “A Aluf não nasceu para ser inalcançável. Nunca foi esse o objetivo. Os nossos preços são um reflexo de uma produção menor, da qualidade da matéria-prima e por não termos começado com um investidor externo. Fiquei feliz em ter a chance de levar a marca para todo o país. Vestir o Brasil, sabe?”.
Essa é a primeira grande colaboração da Renner com uma etiqueta autoral, uma vez que o foco da empresa sempre foi o licenciamento. “Nunca tivemos uma parceria como esta tomada como uma frente prioritária. Estamos começando a intensificar essa estratégia agora”, diz Julia Lóra, Gerente Sênior de Inovação da Renner.
Ao todo, são 24 peças com os principais códigos da Aluf: volumetria, foco nos quadris, romantismo, feminilidade e manipulação têxtil. Entre elas, estão saias, shorts, blusas, macacões, sapatos, tricôs, camisetas e vestidos. A novidade fica por conta da calça jeans. “Criamos um mix bem potente. Queríamos traduzir a imagem da marca para a cliente da Renner. Levei algumas ideias e eles lapidaram comigo”, explica Ana Luísa.
A novidade chega em um momento especial: a Renner completa 60 anos em 2025. A empresa começou fabricando alfaiataria. A primeira peça produzida foi uma capa masculina, como a usada por viajantes a cavalo. “Pensei: quem seria a mulher que usaria essa capa hoje?”, fala a designer sobre como parte desse legado inspirou a coleção. O resultado do seu questionamento aparece em uma peça modular, que pode ser transformada em colete porque tem mangas removíveis.
Ana Luísa ainda olhou para as suas últimas coleções desfiladas na São Paulo Fashion Week para buscar inspirações. Elas são baseadas no livro Arte como Terapia (2014), de Alain de Botton e John Armstrong, que investiga os sete propósitos da arte. “Pegamos uma modelagem de cada um desses desfiles, para que cada peça narrasse a nossa história.”
A escolha da matéria-prima mais sustentável possível também foi prioridade. Para isso, contou com a EcoSimple como fornecedora, empresa que cria tecidos reaproveitados, orgânicos e naturais. “Um dos meus pedidos inegociáveis era usar tecidos reciclados e não trabalhar com poliéster virgem. Também priorizamos fornecedores nacionais”, afirma.
Julia Lóra, da Renner, completa: “A coleção é superdemocrática, para atender as clientes de todas as regiões do país”. Serão produzidas de 600 a 800 unidades por modelo, com numeração que vai do PP ao GG.
Os preços variam entre R$ 99,90 e R$ 459,90. A coleção chega às lojas físicas da Renner – em 32 endereços distribuídos por todas as regiões do país – e ao e-commerce da rede varejista no dia 24 de julho.
Agência Escala cria campanha sensível para contar a história real de Thelminha.
Os processos seletivos do Prouni e do Fies, programas do Ministério da Educação (MEC) voltados a quem prestou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), seguem como importantes portas de entrada para o ensino superior. Para a campanha do segundo semestre de 2025, a protagonista é Thelminha — médica, ex-BBB e ex-bolsista do Prouni — que teve sua trajetória de vida transformada pelo programa.
Criada pela agência Escala, a campanha aposta na emoção para contar a história real de Thelma tendo como conceito: “Thelminha em: o programa que mudou minha vida”, onde reforça, de forma sensível e inspiradora, a mudança de rumo vivida por ela graças à educação. Nascida e criada na zona norte de São Paulo, Thelminha é uma mulher preta da periferia que sempre buscou realizar seus sonhos por meio das oportunidades que surgiam. Desde cedo, o desejo de ser médica a acompanhava, e a dedicação aos estudos era constante.
Em 2005, ela se inscreveu na primeira edição do Prouni. Apesar de não ter conquistado a vaga desejada naquele momento, persistiu. A insistência deu resultado: conseguiu uma bolsa integral para cursar Medicina em uma instituição particular. Hoje, Thelminha é anestesista, e sua história é prova viva do impacto que políticas públicas de acesso à educação podem ter na vida de milhares de brasileiros.
Segundo – Hugo Barros, Diretor de Criação da Escala | Brasília,“O Prouni e o Fies são programas que transformam de verdade a realidade dos brasileiros. E Thelminha, hoje uma médica experiente e vencedora de uma edição do Big Brother Brasil, carrega em sua história um exemplo poderoso disso. Ao contrário do que as pessoas pensam, antes do programa de TV a vida dela foi transformada pelos programas de acesso ao ensino superior do Governo Federal. Foi graças ao Prouni que ela mudou de vida, ganhou conhecimento e experiência. Antes do reality show ela já era médica, bem-sucedida, já havia ajudado a família a mudar de vida. Se formar com o Prouni é, sem dúvida, a grande vitória da vida dela.” A divulgação da campanha Prouni e Fies – segundo semestre incluirá dois filmes principais, um para cada fase de inscrição, veiculados em TV aberta, internet e eventos. As peças publicitárias ficam no ar até o dia 16 de julho, data final para a inscrição no Fies. Tendo Thelminha como protagonista, a campanha busca inspirar e encorajar jovens de todo o Brasil a se inscreverem no Prouni e no Fies, reforçando a crença no poder transformador da educação.
Ficha Técnica
Cliente: Ministério da Educação
Agência: Escala
Diretor Executivo: Rodrigo Moreira
Diretor Executivo de Criação: Roberto Lopes
Direção de Criação | Brasília: Hugo Barros
Direção de Arte: Lucas Araújo
Redação: Hugo Barros
Head de Mídia: Carla Lima
Equipe Criativa: Hugo Barros, Lucas Araújo e Clemilto Vaz
Negócios/Atendimento: Letícia Monteiro
Produção: Rafael Franco e Arthur Duarte
Cliente: Mariá Bonato e Leonardo Barros
Produtora Filme: Biruta Filmes
Produção de Áudio: Direct Audio
Direção Geral: Pio Figueroa
Direção de Fotografia: Didi – Dhyana Mai Mattos
Personagem: Thelma Assis (Thelminha)
Stylist: Silvana Moura de Abreu
Beauty: Givanildo Simião dos Santos
Cabelo: Domênica Corrêa de Mello
Modelos de Trabalho e Contratação: Vilões ou Aliados na Atração de Talentos?
Por Fred Torrës*
Nos últimos anos, o mercado de trabalho passou por uma verdadeira transformação. Avanços tecnológicos, novas expectativas dos profissionais e, claro, a pandemia de COVID-19, impulsionaram uma revisão profunda dos modelos de contratação e dos formatos de trabalho. Mas no fim das contas, o que realmente impacta a atração e retenção de talentos: o modelo de trabalho ou a cultura organizacional?
No Brasil, os formatos mais comuns ainda são o regime CLT e o contrato como Pessoa Jurídica (PJ). A CLT oferece benefícios como férias remuneradas, 13º salário e FGTS — atrativos especialmente para quem busca estabilidade. Por outro lado, o modelo PJ costuma oferecer maior flexibilidade e, em muitos casos, uma remuneração mais alta.
A escolha entre CLT e PJ, no entanto, vai além da folha de pagamento. Ela comunica valores: segurança versus liberdade, previsibilidade versus autonomia. Profissionais mais jovens, por exemplo, tendem a valorizar liberdade de escolha e equilíbrio com a vida pessoal, o que pode pesar a balança para o lado PJ, especialmente em setores criativos e tecnológicos.
Além do modelo contratual, o formato de trabalho é uma peça-chave na equação. Presencial, híbrido ou remoto? A verdade é que não existe resposta única. Uma pesquisa da PwC Brasil revelou que 40% dos colaboradores preferem o modelo híbrido com 1 ou 2 dias por semana no escritório, enquanto 71% esperam ambientes mais flexíveis e informais.
O estudo da JLL corrobora: 86% das empresas brasileiras adotam o formato híbrido, com destaque para o modelo de dois dias presenciais e três remotos. A flexibilidade virou um diferencial competitivo — especialmente quando combinada com uma liderança que confia e oferece autonomia.
Mas e a Cultura Organizacional nisso tudo?
É aqui que entra um ponto crucial. O verdadeiro diferencial não está apenas em qual modelo você adota, mas em como sua cultura o sustenta. Empresas com culturas fortes, baseadas em confiança, comunicação clara e valorização das pessoas, têm muito mais chances de sucesso — seja qual for o modelo adotado.
Estudos apontam que empresas com culturas organizacionais bem definidas e positivas podem ter até 65% mais colaboradores engajados e produtivos. E mais: a rotatividade de pessoal pode cair até 40%. Ou seja, é a cultura que dá sustentação ao modelo de trabalho — não o contrário.
Empresas que conseguem equilibrar seus modelos de contratação e trabalho com uma cultura organizacional coerente têm vantagem clara na guerra por talentos. Não basta ser híbrido, remoto ou CLT: é preciso criar um ambiente onde as pessoas se sintam valorizadas, tenham clareza sobre seu papel e enxerguem sentido no que fazem.
No fim do dia, o modelo não é o vilão — nem o herói. O que faz diferença de verdade é a cultura que o sustenta. Investir em cultura organizacional não é apenas uma escolha de gestão de pessoas. É uma estratégia de negócios com impacto direto na produtividade, na atração de talentos e na sustentabilidade da empresa.
*Fred Torrës é sócio sênior do Grupo Hub, consultoria de RH especializada em recrutamento e seleção e desenvolvimento de pessoas, com mais de dez anos de atuação no mercado.
Com investimento de R$ 30 milhões, Vitru se torna a maior patrocinadora do futebol brasileiro
A Vitru Educação, líder em educação digital no país, se torna uma das maiores patrocinadoras do futebol brasileiro entre as instituições de ensino. Com o projeto Educa Esporte, desenvolvido pela UniCesumar – marca do grupo e instituição de ensino superior com 35 anos de tradição -, a empresa reforça seu compromisso com a transformação social por meio da educação e do esporte. A iniciativa já alcançou mais de 35 clubes e diversas modalidades esportivas em todo o país, com recursos que somam R$ 30 milhões investidos nos últimos cinco anos, parte em investimento financeiro e crédito estudantil, sendo mais de R$ 8 milhões apenas em 2025.
“Na Vitru, acreditamos no poder transformador da educação, especialmente quando ela caminha lado a lado com o esporte, como pilares de ascensão social e desenvolvimento humano. Nosso modelo de patrocínio híbrido, que integra investimentos financeiros e créditos educacionais, representa uma inovação no apoio ao esporte nacional. Ele não apenas impulsiona clubes e atletas, mas também abre portas para uma formação acadêmica sólida e carreiras paralelas”, ressalta José HenriqueSaviani, diretor de Relações Institucionais daUniCesumar.
Desde 2020, o Educa Esporte já beneficiou mais de 2,4 mil atletas, ex-atletas, comissões técnicas e dirigentes. A iniciativa oferece aos participantes do programa desde suporte financeiro a crédito estudantil, com concessão de bolsas de estudos para cursos de graduação, pós-graduação EAD, (ensino a distância), também cursos técnicos e profissionalizantes. Atualmente, mais de 40 entidades esportivas ativas e times contam com recursos do projeto, incluindo 26 no futebol, times consagrados como Corinthians, E.C. Bahia, Londrina E.C., América (MG), Paysandu (PA), Avaí e Figueirense (SC) entre outros, além da Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA),
Além do futebol, o projeto também apoia equipes de futsal, como ABL Futsal – Campo Mourão, ADGG – Goioerê, América Futsal, Blumenau Futsal e Cruzeiro Futsal; futebol americano, com Londrina Bristlebacks, Itajaí Almirantes, Juventude FA e Vasco Almirantes; o projeto apoia diversas modalidades esportivas, como o vôlei, representado pelo Esporte Clube Pinheiros e Vôlei Londrina; basquete, com Cruzeiro Basquete, Liga Sorocabana e Basquete Londrina; tênis, por meio da CBT, FPT e Escola Guga; atletismo, com a Equipe Londrina de Atletismo; e handebol, apoiando as equipes de Handebol Londrina e Handebol Maringá.
Neste mês, em comemoração aos 5 anos do projeto Educa Esporte, a Vitru lança a landing page dedicada à iniciativa, que reúne informações sobre sobre clubes, projetos e modalidades apoiadas.
Más condições de trabalho afastam candidatos de vagas abertas
Por Vivian Rafaelly
Por todo o país, empresas de setores como comércio varejista, indústrias de base e serviços operacionais têm enfrentado certa ociosidade com o número de vagas, acompanhado com a falta de candidatos. Porém, a dificuldade em preencher postos de trabalho não decorre apenas da escassez de profissionais qualificados. Alguns especialistas acreditam que há uma razão mais profunda, e menos discutida, para o desinteresse generalizado: a precariedade das condições de trabalho oferecidas.
“A verdade é que muitos empregadores ainda tratam o trabalhador como uma peça de reposição. Ignoram que o trabalho precisa ter sentido e oferecer dignidade. Por isso o desinteresse por certas vagas. Isso está diretamente relacionado à insalubridade, aos baixos salários e a uma cultura organizacional hostil ou ultrapassada”, afirma a psicóloga Bruna Antonucci, especialista em gestão de carreiras e liderança humanizada.
Dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, em 2024, o Brasil fechou o ano com mais de 600 mil vagas abertas sem preenchimento, grande parte delas em cargos de baixa ou média complexidade. No mesmo período, mais de 3,8 milhões de brasileiros formalizaram a abertura de um CNPJ como MEI (Microempreendedor Individual), número recorde. O fenômeno escancara a busca por alternativas ao modelo tradicional de trabalho com carteira assinada.
“Para além dos dados, há o impacto da pandemia. A experiência coletiva de isolamento e fragilidade impulsionou uma mudança de mentalidade no mercado. A pandemia escancarou que saúde mental, tempo com a família e propósito de vida não são mais ‘luxos’. São prioridades para uma nova geração de trabalhadores”, analisa Bruna.
As empresas que não acompanharam essa transformação cultural agora sentem os efeitos: alta rotatividade, ausência de engajamento e dificuldades na retenção de talentos. “O problema é especialmente visível em vagas operacionais com jornadas extensas, exigência física intensa e pouca perspectiva de crescimento. A pessoa olha para aquela vaga e pensa: por que eu faria isso por R$ 1.400 e sem reconhecimento?”, resume a psicóloga.
Estudo da consultoria Gartner de 2023 reforça esse diagnóstico: 78% dos entrevistados afirmaram que não aceitariam um emprego que comprometesse sua saúde mental ou seu bem-estar emocional, mesmo diante de necessidade financeira. A geração Z, especialmente, tem colocado qualidade de vida como critério central na escolha profissional.
Essa transformação do perfil dos trabalhadores, somada à ampliação das possibilidades de renda por meio da economia digital e do empreendedorismo individual, enfraquece o apelo de vagas que antes eram preenchidas quase automaticamente. Com isso, o que vemos na prática é que muita gente está preferindo vender bolo no Instagram a se submeter a ambientes de trabalho indesejados.
“Isso precisa ser ouvido com atenção. Para mim, a tendência é clara empresas que não revisam suas práticas internas, que não desenvolvem lideranças mais humanas e que ignoram o bem-estar dos seus colaboradores, continuarão enfrentando escassez de mão de obra, não porque não existam trabalhadores disponíveis, mas porque as condições que oferecem já não convencem. Hoje, quem contrata precisa entender que o trabalhador não quer apenas um salário: ele quer respeito, propósito e qualidade de vida”, finaliza Bruna.