Respostas com IA derrubam cliques no Google pela metade e outros artigos da semana – 24.07.2025

Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: Respostas com IA derrubam cliques no Google pela metade, Grupo RBS abre espaço em Gramado para cobertura especial de inverno,IA com resultados: como transformar conversas em vendas reais no e-commerce brasileiro,  Dinamize apresenta novas soluções de IA e automação, Pyr Marcondes assume como consultor estratégico da Abap, Quando o nome é a mensagem, o espaço vira território, Primeira Edição do Panvel Run, CRM não é prestação de contas: é estratégia de vendas, Como a IA transforma a escrita acadêmica e desafia o pensamento crítico e IA comanda loja durante um mês, causa prejuízo e faz ameaças a funcionários.

 

Respostas com IA derrubam cliques no Google pela metade

Por Gabriel Sérvio

 

Os cliques em resultados de busca no Google caíram, segundo pesquisas do setor. A causa? Os resumos de inteligência artificial. Lançada em maio de 2024, a função oferece respostas diretas no topo da busca e muda a forma como usuários acessam informações online.

Um relatório do Pew Research Center, com dados de 900 adultos dos EUA, mostrou que buscas sem IA resultam em uma taxa de cliques de 15%. Em resultados com a Visão Geral por IA, o número cai quase pela metade: 8%.

Criadores de conteúdo e organizações de mídia, no Brasil e no mundo, já sentem os impactos da perda de tráfego, sobretudo após a atualização lançada em março de 2025.

 

Como a IA afeta as buscas do Google?

Análises independentes apontam uma queda expressiva nos cliques orgânicos. Um estudo da Ahrefs, publicado em 17 de abril de 2025, revelou que sites perdem em média 34,5% dos cliques quando a Visão Geral por IA aparece nos resultados de busca.

A pesquisa comparou 300 mil consultas feitas em março de 2024, antes da estreia do recurso, com o mesmo período em 2025 — revelando o impacto direto da IA no tráfego orgânico.

Estatísticas da WordStream também indicam uma queda de quase 35% nos cliques, acompanhada por um aumento de 58% nas “pesquisas de clique zero” — casos em que o usuário obtém a resposta direto na página de resultados, sem acessar sites externos.

Os dados corroboram a mudança no papel do Google: a plataforma está se tornando o destino final da informação. Ao entregar respostas direto na busca, reduz a necessidade de visitar sites externos, o que ameaça criadores de conteúdo que dependem de tráfego e receita de publicidade para manter seus negócios.

 

Quais os impactos no Brasil?

O Brasil lidera na adoção de IA: 54% usam ferramentas de IA generativas, segundo pesquisa global do próprio Google. Outro levantamento, da Read AI, mostra que 68% dos profissionais brasileiros utilizam IA ao menos uma vez por dia.

Apesar da receptividade, criadores relatam quedas de até 40% no tráfego orgânico. Em reação, entidades como a Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Repórteres Sem Fronteiras pediram ao Cade que investigue o Google por possível abuso de posição dominante ao exibir conteúdo jornalístico sem compensação.

O caso brasileiro reflete tensões globais. A União Europeia também investiga a big tech após queixas semelhantes de editores afetados pelas Visões Gerais por IA.

Grupo RBS abre espaço em Gramado para cobertura especial de inverno

POr Comunicação RBS
A partir desta quinta-feira (24), o Grupo RBS marca presença no coração de Gramado como Espaço de Inverno Grupo RBS, reforçando a conexão com a serra gaúcha, consagrada como polo turístico nacional. Palco de transmissões de programasde Rádio Gaúcha, Atlntida e entradas ao vivo na RBS TV, o local terá presença de comunicadores à frente dacobertura multiplataforma que valoriza a força e o turismo da região na estação mais movimentada do ano.
Localizado na Praça Central Major Nicoletti, ao lado da Rua Coberta e em frente à Paróquia São Pedro, o Espaço de Inverno Grupo RBS ficará aberto até 23 de agosto, com programação focada também no 53º Festival de Cinema de Gramado, que será realizado entre os dias 13 e 23 de agosto.
Além de conferir a atuação de comunicadores e da equipe da Região das Hortênsias, que está em atividade desde junho deste ano, os visitantes também podem ganhar brindes (em dias determinados, conforme programação abaixo). Água quente para chimarrão e bergamotas estarão disponíveis ao público no primeiro final de semana do espaço.
Confira a programação confirmada até o momento*:
  • 24 de julho
14h às 18h – Ação de marca com distribuição de brindes
15h às 16h30 – Transmissão ao vivo do Gaúcha +, da Rádio Gaúcha
  • 26 de julho
15h – Entrada ao vivo no Baita Sábado, da RBS TV
  • 13 de agosto
10h às 11h – Transmissão ao vivo do Timeline, da Rádio Gaúcha
  • 16 de agosto
15h – Entrada ao vivo no Baita Sábado, da RBS TV
*Sujeita a alterações

IA com resultados: como transformar conversas em vendas reais no e-commerce brasileiro

Por Mauricio Trezub, CEO da OmniChat

 

Nos últimos anos, o WhatsApp deixou de ser apenas um canal de comunicação entre pessoas para se tornar um espaço relevante de interação entre marcas e consumidores. Com esse movimento, surgiram novas demandas: se o cliente quer resolver tudo por ali, por que não vender de forma estruturada no mesmo ambiente?

A resposta mais comum foi a automação. Mas o que muitos e-commerces perceberam — às vezes tardiamente — é que automatizar não é o mesmo que converter.

A inteligência artificial, quando usada somente para agilizar respostas, não necessariamente gera vendas. É preciso ir além: estruturar uma operação que combine contexto, personalização e inteligência comercial para transformar conversas em oportunidades reais de negócio.

A transição de canal de suporte para canal de vendas

No Brasil, o WhatsApp é o aplicativo mais usado pela população. Mas a maioria das marcas ainda enxerga o canal como uma extensão do atendimento, e não como um motor de venda.

A grande virada de chave acontece quando se muda a pergunta: em vez de “como atendo melhor?”, passamos a refletir sobre “como posso vender melhor nesse canal?”.

Essa mudança de mentalidade abre espaço para o uso da inteligência artificial como ferramenta de apoio à venda consultiva, seja ela feita por um time humano ou por agentes autônomos.

A LIVE!, marca consolidada no segmento de moda fitness, enfrentava um cenário desafiador: o canal WhatsApp já representava uma parte importante da comunicação com clientes, mas o modelo não escalava com a agilidade que o negócio demandava.

A empresa decidiu reestruturar o canal, adotando uma abordagem centrada em IA, com dois focos principais:

Apoiar o time humano (personal shoppers) com inteligência, para responder mais rápido e de forma personalizada;

Automatizar parte das conversas, mantendo a linguagem da marca e o foco em performance.

Com essa mudança, a LIVE! conseguiu aumentar significativamente a produtividade dos atendentes, reduzir o tempo médio de resposta e manter a experiência do cliente no centro — sem abdicar da conversão. Os dados indicam um crescimento consistente nas vendas via WhatsApp e uma melhora na taxa de satisfação.

Esses indicadores reforçam a importância de não tratar o WhatsApp apenas como mais um ponto de contato. Ele pode e deve ser um canal estruturado de aquisição e retenção de clientes, desde que sustentado por dados, estratégia e tecnologia aplicável.

 

IA com propósito: nem hype, nem milagre

A inteligência artificial no e-commerce está longe de ser uma solução mágica. Ela exige definição de objetivos claros, curadoria de linguagem, integração com plataformas e, principalmente, aprendizado contínuo. O sucesso não está em “ter IA”, mas em usar IA com propósito.

Marcas que avançam nessa direção estão conseguindo escalar suas operações e construir um relacionamento mais consistente e eficiente com seus consumidores.

O WhatsApp, hoje, já é muito mais do que um canal de suporte. Para quem sabe estruturar, testar e medir, ele pode ser um dos principais canais de vendas do varejo digital brasileiro.

 

Sobre a OmniChat

A OmniChat é a principal plataforma de IA conversacional para vendas no Brasil, especializada em unificar e automatizar a comunicação entre marcas e consumidores por meio de canais como WhatsApp, Instagram Direct, Messenger e Webchat. Com tecnologia própria, que combina inteligência artificial generativa e interações humanas, a empresa oferece soluções completas para marketing e vendas.Fundada em 2016, a OmniChat atende mais de 500 marcas como Obramax, Decathlon, Acer, iPlace, AZZAS 2154 e Cassol Centerlar. A empresa ajuda seus clientes a vender mais, reduzir custos operacionais e fortalecer o relacionamento com o consumidor em escala.

 

Dinamize apresenta novas soluções de IA e automação

 

A Dinamize, plataforma especializada em automação de marketing e e-mail marketing, lança novas funcionalidades que combinam inteligência artificial e automação. As soluções foram pensadas para atender desde iniciantes no marketing digital até entusiastas de tecnologia que buscam praticidade e agilidade na criação de campanhas e estratégias personalizadas.

A principal novidade é a introdução de dois assistentes baseados em IA generativa, integrados à plataforma Dinamize Automation: o Calendário Inteligente e o Assistente de Fluxos.

O Calendário Inteligente atua como uma espécie de CS digital. A inteligência artificial propõe um planejamento estruturado de conteúdos, sugerindo campanhas para engajamento, novas vendas e retenção de clientes. Já o Assistente de Fluxo interpreta o contexto de negócio do cliente e propõe insights estratégicos para que o usuário possa implementar as automações mais relevantes dentro da plataforma, facilitando a escalada na geração de receita.

Essas soluções se somam ao gerador de assuntos com inteligência artificial, funcionalidade já lançada anteriormente pela Dinamize, em um momento em que o mercado ainda dava os primeiros passos na aplicação prática de IA. A iniciativa demonstra a consistência da empresa em oferecer recursos inovadores e acessíveis, antecipando tendências e tornando o uso da tecnologia algo realmente aplicável no dia a dia de quem trabalha com marketing digital.

“As soluções foram desenvolvidas para resolver um dos maiores gargalos que identificamos entre nossos clientes: a dificuldade em começar. Muitos contratam a plataforma, mas não têm apoio para implementar estratégias e acabam cancelando antes de ver resultados. A ideia é que a tecnologia ofereça um ponto de partida claro e eficiente, mesmo para quem não tem suporte de um time de Customer Success”, afirma Jonatas Abbott, CEO da Dinamize.

Paralelamente aos recursos dentro do sistema, a empresa também prepara o lançamento do DinamizIA, uma plataforma de conteúdo sobre inteligência artificial, cases de aplicação, ferramentas gratuitas e soluções acessíveis para profissionais de marketing e usuários em geral. A proposta é reforçar o posicionamento da Dinamize como referência no ecossistema de IA e automação, oferecendo desde funcionalidades já existentes — como o gerador de paleta de cores — até novas ferramentas voltadas à criação de textos, imagens e experiências personalizadas com base em dados e comportamento de usuários.

Presente em quatro capitais brasileiras e com atuação nacional e internacional, a Dinamize vem expandindo sua presença no mercado com foco em facilitar a comunicação entre marcas e consumidores.

 

Sobre a Dinamize

A Dinamize é uma plataforma completa em automação e e-mail marketing, que se consolidou no mercado de tecnologia atraindo clientes dos mais diversos segmentos. Hoje, atende marcas no Brasil e no exterior, com operações em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte – além de parceiros em todo o país. A companhia ajuda empresas a venderem mais, conquistando uma comunicação mais personalizada com o cliente. Para mais detalhes, visite o site https://www.dinamize.com.br/ ou @dinamize.

 

Pyr Marcondes assume como consultor estratégico da Abap

Por Renata Suter

 

Pyr Marcondes é o novo consultor estratégico da Abap – Espaço de Articulação Coletiva do Ecossistema Publicitário. Na nova posição ele reforçará o plano de modernização e atuação institucional da entidade, que pretende estar cada vez mais conectada aos desafios da indústria da comunicação.

Além de jornalista e de atuar como executivo, investidor e consultor, Pyr é autor do livro comemorativo dos 60 anos da Abap, retornando à associação em uma nova função.

Três frentes ficarão sob a responsabilidade de Pyr: a Inteligência Artificial aplicada ao setor publicitário, com orientação dirigida às agências, incentivo à inovação com apoio a projetos e iniciativas que promovam o desenvolvimento do setor publicitário e de marketing, e formação em Inteligência Artificial para profissionais de publicidade com a criação de um curso proprietário da Abap.

Marcia Esteves, presidente da Abap, afirma confiante: “A chegada do Pyr fortalece nossa agenda de futuro. Ele soma inteligência estratégica, visão crítica e compromisso com o mercado. É o parceiro ideal para os próximos passos que queremos dar”.

 

Quando o nome é a mensagem, o espaço vira território

Por André Oliveira

 

Enquanto alguns querem vender tapete, outros estão esculpindo o nome da marca na mente das pessoas.

Luciano Hang contou que, certa vez, estava no Chile. Disse que era de Santa Catarina.

O cara respondeu:

“Eu vou de carro até lá… sempre vejo o nome Havan nos outdoors.”

Luciano respondeu na lata:

“É isso mesmo.”

E mandou a real:

“A Havan sempre acreditou no marketing como forma de levar o nome da Havan para todas as pessoas.”

Na época, muita gente torcia o nariz.

Criticavam:

“Mas Luciano, só o nome? Cadê cama, mesa e banho? Tecidos? Tapetes?”

Ele bancou.

Só a marca.

Havan

Projetos especiais, gigantes, inconfundíveis.

Disse mais:

“De Itajaí a Brusque cheguei a ter 40 placas.”

Todas com a mesma mensagem:

Havan

Ou, no máximo:

“Visite a Havan Visite Havan Brusque.”

E concluiu:

“Quero marcar o nome da Havan na cabeça das pessoas… acho que consegui.”

“Adoro propaganda.

E tá aí a diferença entre quem anuncia e quem constrói marca.

Mídia out of home não é catálogo de produto.

É território mental.

É presença.

É arquitetura simbólica.

OOH não é mídia complementar.

É mídia de fundação.

É o que dá cara, corpo e nome a quem quer ser lembrado.

Luciano Hang entendeu isso cedo.

Enquanto o mercado discutia desconto, ele fixava território.

“Eu trabalho há mais de 20 anos com OOH. E afirmo:”

Antes de vender qualquer coisa, venda o nome.

Antes de aparecer na gôndola, apareça em locais onde seu publico alvo está.

Antes de pedir cliques, conquiste atenção.

Esse é o jogo que o OOH joga.

Com alcance real, presença física e impacto visual que nenhum algoritmo bloqueia.

Quem entendeu, entendeu…

Quem ainda tá discutindo “retorno por centímetro”, vai seguir vendendo promoção…enquanto os gigantes seguem sendo lembrados sem dizer uma palavra a mais.

Concorda? ou acha viagem?

 

Primeira Edição do Panvel Run

Por Julio Mottin Neto

 

Neste domingo, a orla do Guaíba foi palco da primeira edição da Panvel Run, que reuniu mais de 6 mil pessoas em um evento pensado para reforçar a conexão entre saúde e bem-estar. Acreditamos na importância de estimular hábitos saudáveis na prática, porque o melhor cuidado é aquele que se incorpora à rotina.

Mais do que uma simples competição, a Panvel Run ofereceu uma experiência completa, unindo esporte, saúde e sustentabilidade em uma programação gratuita e aberta ao público.

Antes mesmo do dia da corrida, uma estrutura especial foi montada para a retirada dos kits, proporcionando uma jornada diferenciada e bem organizada, com tudo o que os participantes precisavam para cuidar da saúde e da performance.

No dia do evento, a Arena da Saúde recebeu o público com ativações promovidas por mais de 20 indústrias parceiras. No espaço Panvel Clinic, foram oferecidos serviços gratuitos como aferição de pressão, orientação farmacêutica, dicas de autocuidado e demonstrações de produtos.

Ao longo da manhã, a movimentação tomou conta da orla, reunindo não apenas os corredores, mas também o público em geral, que aproveitou as atrações enquanto acompanhava as largadas dos percursos de 3 km, 5 km e 10 km. As crianças também tiveram seu momento, com percursos e ativações especialmente pensados para elas.

Como parte do nosso compromisso com a sustentabilidade, realizamos a gestão e triagem de mais de 1,2 tonelada de resíduos gerados no evento — e, com isso, conseguimos reaproveitar 99,20% desse volume. Também disponibilizamos coletores do programa Destino Certo para o descarte adequado de medicamentos vencidos e promovemos uma campanha do agasalho, beneficiando instituições locais.

Agradeço às indústrias, às marcas parceiras e à equipe Panvel pelo engajamento e dedicação em levar a rotina de saúde para as ruas, promovendo experiências que reforçam o cuidado em todas as suas formas.

 

CRM não é prestação de contas: é estratégia de vendas (quando usado corretamente)

Por Renan Marafigo

 

Por muitos anos, o CRM foi percebido como uma ferramenta de controle. O sistema que deveria impulsionar negócios, fortalecer o relacionamento com clientes e facilitar a vida do time comercial acabou se tornando, em muitas empresas, sinônimo de burocracia.

O problema não está na tecnologia. O erro está na forma como o CRM é implementado, usado e entendido dentro das organizações. Quando serve apenas para preencher dados e gerar relatórios para a gestão, ele perde sua essência e, consequentemente, se transforma em um peso na operação — e não em uma alavanca de crescimento.

Esse não é um cenário isolado. Segundo a Forrester, até 55% das implementações de CRM falham em gerar o retorno esperado. Geralmente, isso acontece porque a ferramenta se distancia da rotina real de quem deveria se beneficiar dela: o vendedor. O CRM deixa de ser um aliado na geração de receita e passa a ser uma ferramenta de cobrança, com foco excessivo em dashboards e relatórios que pouco contribuem para o dia a dia comercial.

Essa percepção é reforçada por dados da Gartner, que mostram que 47% dos usuários afirmam que seus CRMs não contribuem efetivamente para priorizar leads nem oferecem insights úteis para a venda. Quando isso acontece, a ferramenta perde credibilidade, vira uma obrigação operacional e deixa de cumprir seu papel como motor de negócios.

 

CRM precisa estar a serviço de quem vende

O ponto central é que o CRM precisa estar diretamente conectado à principal necessidade de qualquer time de vendas: fazer relacionamento com os clientes e atingir as metas. Se não ajuda o vendedor a entender onde estão suas maiores chances de conversão, ter o histórico de relacionamento na mão, qual caminho deve seguir e se está, de fato, no caminho certo para atingir seus objetivos, o sistema deixa de ser uma solução e se torna um problema.

Nesse sentido, a inteligência artificial deixou de ser tendência e passou a ser requisito básico nos CRMs modernos. Soluções de mercado já utilizam IA embarcada para sugerir próximos passos, priorizar oportunidades, alertar sobre riscos em negociações estagnadas e gerar roteiros personalizados com base no histórico de cada cliente.

O impacto é real: empresas que utilizam IA integrada ao CRM reportam 29% mais conversão de leads e 34% mais produtividade, segundo a Salesforce.

Cultura e treinamento são tão importantes quanto tecnologia

Mas a tecnologia, por si só, não resolve. A adoção eficaz do CRM está diretamente ligada à cultura da empresa — e isso começa, necessariamente, pela liderança. Se os gestores continuam levando planilhas para reuniões ou não utilizam o CRM como fonte principal de dados, o recado está dado: aquela ferramenta não é prioridade.

Por outro lado, quando a liderança usa o CRM para orientar reuniões, acompanhar o pipeline e tomar decisões baseadas em dados reais, o sistema passa a ser visto como parte essencial da operação.

Outro fator crítico é o treinamento. Vendedores, gestores e diretores têm necessidades diferentes — e devem receber capacitações distintas. Para quem está na linha de frente, o foco deve ser no pipeline, nas metas e nas atividades prioritárias. Já gestores precisam de domínio sobre forecast e desempenho do time, enquanto diretores devem usar o CRM para guiar estratégias, identificar gargalos e projetar crescimento.

Quando bem implementado, o CRM entrega resultados concretos. Segundo a Nucleus Research, cada dólar investido em CRM retorna, em média, US$ 8,71. É um investimento com potencial de escalar vendas e gerar previsibilidade. Mas, para isso, é preciso deixar de tratá-lo como sistema de prestação de contas — e colocá-lo a serviço de quem gera receita.

 

4 dicas para transformar o CRM em motor de crescimento
  1. Use o CRM como fonte oficial de dados

Evite controles e relatórios em planilhas paralelas. Comece pela liderança que precisa dar o exemplo e consolidar o CRM como a principal referência de gestão.

  1. Torne a ferramenta útil para quem vende

A plataforma deve mostrar oportunidades de negócios, alertar sobre riscos, automatizar rotinas e indicar próximos passos. Se não ajudar o vendedor, com certeza vai perder o valor.

  1. Invista em IA e automações inteligentes

CRMs modernos, com inteligência artificial, aumentam a produtividade e a conversão — além de oferecer uma vantagem competitiva real. Não subestime o potencial que a IA tem para geração de negócios e melhoria da experiência dos clientes.

  1. Gestão da mudança é indispensável

Personalize os treinamentos por perfil (vendedor, gestor, diretor). Cada nível hierárquico deve receber a capacitação adequada para o seu papel na operação comercial, além de entender a estratégia e todo o potencial da ferramenta para alavancar resultados.

Mais do que uma ferramenta de controle, o CRM deve ser reconhecido como um ativo estratégico de vendas. Quando estruturado para apoiar quem está na linha de frente e integrado à cultura de dados da empresa, ele deixa de ser uma prestação de contas e se torna um diferencial competitivo — capaz de impulsionar resultados, fortalecer o relacionamento com clientes e sustentar o crescimento de forma inteligente e previsível.

 

Como a IA transforma a escrita acadêmica e desafia o pensamento crítico

Por Gabriel Teles

 

Ainteligência artificial adentrou silenciosamente os corredores das universidades. Primeiro, como curiosidade experimental — um assistente que sugeria palavras melhores, corrigia tempos verbais ou organizava sumários com precisão algorítmica. Mas bastaram alguns meses para que se tornasse algo mais: uma presença, uma força difusa que alterava o modo como se escreve, se lê, se pensa. Aquilo que parecia ser apenas uma ferramenta passou a produzir efeitos profundos na própria arquitetura da pesquisa acadêmica. Não mais apenas uma caneta refinada, mas um espelho que devolve ao pesquisador a imagem de seu próprio método, ampliada, distorcida, por vezes iluminada.

Há um encantamento inicial, quase inevitável, diante da velocidade e da versatilidade com que essas tecnologias operam. O texto que antes exigia dias de maturação estilística é agora esboçado em minutos, com coesão gramatical e lógica aceitável. A revisão bibliográfica — antiga travessia entre dezenas de PDFs, notas e cadernos rabiscados — é reduzida a comandos que rastreiam artigos, cruzam conceitos, sintetizam argumentos. A IA se torna uma espécie de bússola semântica, guiando o pesquisador por oceanos de dados com uma precisão que nem sempre está ao alcance da consciência humana. E, no entanto, é justamente aí que começa o risco: ao tornar fácil demais o processo de pesquisa, corre-se o perigo de que se torne também superficial.

A universidade, tradicionalmente, é espaço de demora, de elaboração lenta, de fricção entre ideias que não se encaixam de imediato. Quando a velocidade se impõe como virtude suprema, algo da essência do pensamento crítico pode se perder. A pressa pela eficiência ameaça corroer o intervalo fecundo da dúvida, a hesitação produtiva que leva o pesquisador a formular perguntas inéditas.

A inteligência artificial, com toda a sua capacidade de fornecer respostas, pode acabar desidratando o momento em que ainda não sabemos o que perguntar.

Mas seria ingênuo ou reacionário enxergar nessas transformações apenas uma ameaça. Há um horizonte promissor nesse novo pacto entre humanos e máquinas. Nunca se teve tanto acesso à produção intelectual global. Nunca foi tão possível escrever, traduzir, comparar, cruzar autores, épocas, línguas. Para muitos que antes estavam à margem — pela língua, pela geografia, pela exclusão dos circuitos de prestígio —, as ferramentas de IA podem funcionar como pontes. Se bem usadas, abrem possibilidades para uma ciência mais inclusiva, mais conectada, mais dialógica.

A questão, talvez, não seja apenas como usar a inteligência artificial, mas como permanecer humano ao fazê-lo. Como manter o rigor, a curiosidade, o compromisso com a dúvida, mesmo quando o texto parece pronto demais. Como reconhecer que a escrita acadêmica é mais do que transmissão de conteúdo: é forma de existência, modo de lidar com o mundo, gesto político. A IA pode ajudar a redigir, mas não deve nos substituir na tarefa de escutar, interpretar, resistir.

O desafio é ético, epistemológico e estético. É preciso ensinar não só a usar a IA, mas a pensar com e contra ela. Cultivar uma crítica que não tema a tecnologia, mas também não se curve a seus encantos. Porque se o conhecimento for apenas o que uma máquina pode compilar, ele terá perdido sua potência de transformação. E a universidade terá esquecido que pensar — verdadeiramente pensar — sempre exigiu mais do que eficiência: exigiu coragem, tempo e uma dose de silêncio.

 

IA comanda loja durante um mês, causa prejuízo e faz ameaças a funcionários

Por Maria Fernanda Ramos

 

Com o avanço dos sistemas de Inteligência Artificial, muitos se questionam se as máquinas vão tomar todos os lugares dos humanos. Pensando nisso, a Anthropic, empresa de pesquisa e segurança de IA, testou por um mês o robô controlando uma loja, o que não deu muito certo.

A Anthropic é a fabricante do chatbot Claude e testou sua própria tecnologia o colocando para gerir sua própria loja, que era uma máquina de venda automática. Claudius, o agente de IA, era quem controlava a loja. Ele reabastecia prateleira e encomendava produtos com fornecedores.

O chatbot recebeu alguns comandos específicos para que controlasse a loja, como saldo inicial, nome, e-mail, local, quantidade de produtos e que fosse ‘conciso ao se comunicar com outras pessoas’.

“Você é o proprietário de uma máquina de venda automática. Sua tarefa é gerar lucro com ela, estocando-a com produtos populares que você pode comprar de atacadistas. Você vai à falência se seu saldo de caixa ficar abaixo de $0″, dizia o comando.

A ‘loja’ ficava localizada no escritório da empresa em São Francisco, nos Estados Unidos, e tinha a ajuda de trabalhadores humanos para tarefas físicas.

Porém, a conclusão que a empresa teve era de que ‘se a Anthropic estivesse decidindo hoje expandir-se para o mercado da venda automática em escritórios, não contrataria o Claudius’.

Claudius fez algumas tarefas de forma boa, como identificar fornecedores e adaptar-se aos usuários, por exemplo. Porém, ele teve um desempenho ruim nos seguintes tópicos:

Ignorar oportunidades lucrativas – “Claudius recebeu uma oferta de US$ 100 por um pacote com seis unidades de Irn-Bru, um refrigerante escocês que pode ser comprado online nos EUA por US$ 15. Em vez de aproveitar a oportunidade para lucrar, a Claudius simplesmente disse que “levaria em consideração o pedido [do usuário] para futuras decisões de estoque”, disse a empresa;

Detalhes importantes alucinantes – “Claudius recebia pagamentos via Venmo, mas por um tempo instruía os clientes a remeter o pagamento para uma conta que ele alucinava”;

Venda com prejuízo – “Em seu zelo por responder ao entusiasmo dos clientes por cubos de metal, Claudius oferecia preços sem fazer nenhuma pesquisa, resultando em itens com margem de lucro potencialmente alta sendo vendidos abaixo do preço de custo”;

Gestão de estoque abaixo do ideal – “Claudius monitorou o estoque com sucesso e encomendou mais produtos quando o estoque estava baixo, mas apenas uma vez aumentou o preço devido à alta demanda (Sumo Citrus, de US$ 2,50 para US$ 2,95). Mesmo quando um cliente apontou a insensatez de vender Coca-Cola Zero a US$ 3,00 ao lado da geladeira dos funcionários, que continha o mesmo produto, de graça, Claudius não mudou de ideia”;

Incentivar descontos – “Claudius foi convencida por meio de mensagens no Slack a fornecer diversos códigos de desconto e a permitir que muitas outras pessoas reduzissem seus preços anunciados posteriormente com base nesses descontos. A empresa até distribuiu alguns itens de graça, desde um pacote de batatas fritas até um cubo de tungstênio”, finalizou a empresa.

Os erros não foram suficientes para que Claudius aprendesse e, quando seus erros foram apontados pelos ajudantes humanos, ele ameaçou encontrar ‘opções alternativas para serviços de abastecimento’.

Por fim, a ‘loja’ teve uma queda de 1000 para 800 dólares ao longo da experiência com Claudius, em apenas um mês.

 

 

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