Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: Torcedor Vai Escolher Estilo Para Assistir Futebol, A queda silenciosa da Ambev acontece mesmo com 6 das 10 marcas mais vendidas do Brasil no portfólio, Influencers na televisão: Participação de Alvaro no Domingão quebrou a internet e aqueceu audiência do dominical, Panvel reposiciona sua marca com foco na constância nos cuidados, Marketing B2B: o silêncio de um líder custa caro, GERAÇÃO X, Y, Z, MILLENNIALS, GLOBALISTS…WHATEVER!, Banrisul e Tecban celebram parceria pioneira em tecnologia de autoatendimento e Há 32 anos, propaganda de TV previu o futuro que estamos vivendo em 2025.
Torcedor Vai Escolher Estilo Para Assistir Futebol
Por Edmo Bernardes
Uma das possibilidades mais inovadoras em estudo com a TV 3.0 é o modelo de narração personalizada. Em um futuro bem próximo, torcedores poderão escolher transmissões com foco no seu clube de coração. Imagine um clássico como Internacional e Grêmio sendo transmitido de duas formas diferentes: uma com linguagem, comentários e tom pensados para o torcedor colorado, e outra com uma pegada totalmente voltada ao público gremista. Essa é uma das apostas que a Globo deve testar já na próxima temporada, aproveitando os recursos que a nova tecnologia vai oferecer.
No caso da Copa, a emissora transmitirá 52 dos 104 jogos do torneio e pretende aplicar a mesma lógica. O telespectador poderá escolher entre diferentes estilos de narração. A tradicional, com nomes consagrados como Luis Roberto. Uma versão mais irreverente, inspirada no estilo de podcasts esportivos como o Charla. E até mesmo uma opção sem narração, apenas com o áudio ambiente do estádio, para quem prefere a imersão completa no clima da partida.
Além disso, o público poderá contar com outras ferramentas interativas inéditas na TV aberta, como acesso a replays sob demanda, melhores momentos e até mesmo múltiplas câmeras ao longo do jogo. Os testes já começaram através de uma estação piloto no Rio de Janeiro, onde especialistas da indústria têm explorado o potencial da chamada DTV+, o nome técnico da nova geração da televisão digital brasileira.
A Globo sabe que o público mudou. O torcedor de hoje quer ter o controle da experiência, seja no celular, na TV ou em qualquer plataforma. E essa adaptação da emissora para um formato mais flexível e personalizado é um reflexo direto dessa nova forma de consumir esporte.
A queda silenciosa da Ambev acontece mesmo com 6 das 10 marcas mais vendidas do Brasil no portfólio
Por Maria Heloisa Barbosa Borges
Empresa que já dominou 70% do mercado agora enfrenta críticas, perda de relevância entre jovens e pressão por reinvenção
A queda silenciosa da Ambev não é sobre colapsos visíveis, e sim sobre uma perda gradual de protagonismo num mercado que mudou de código. A gigante criada da fusão entre Brahma e Antarctica já foi sinônimo de cerveja no Brasil, mas hoje enfrenta críticas ao seu modelo de gestão, concorrência acirrada e uma mudança radical no comportamento do consumidor.
Mesmo mantendo uma fatia expressiva do mercado e um portfólio que inclui marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Budweiser, Stella Artois e Corona, a Ambev precisa mostrar que sabe fazer mais do que cortar custos e empilhar latinhas. O modelo agressivo de eficiência antes aplaudido passou a ser questionado. E quem se adaptou primeiro às novas exigências do público, como a Heineken e as artesanais, começou a avançar.
De fusão histórica à liderança global
A Ambev nasceu em 1999, resultado da fusão entre duas rivais centenárias: Brahma (1888) e Antarctica (1885). Em poucos anos, passou a dominar mais de 60% do mercado de cervejas no Brasil. Comandada por nomes como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, a empresa adotou uma gestão focada em meritocracia, corte de desperdício e metas agressivas a chamada filosofia 3G.
Esse modelo impulsionou a expansão internacional. Em 2004, a Ambev se uniu à belga Interbrew e, em 2008, protagonizou uma das maiores aquisições do setor ao comprar a americana Anheuser-Busch por US$ 52 bilhões, formando a AB InBev, maior grupo cervejeiro do mundo.
Apesar da globalização, a Ambev seguiu com operação independente na América Latina, com domínio absoluto no Brasil. Mas a partir de meados da década de 2010, os sinais de desgaste começaram a aparecer.
Um império pressionado por todos os lados
O primeiro golpe veio com o crescimento da Heineken, que não só investiu pesado em marketing como também soube conquistar o público jovem com campanhas voltadas a propósito, autenticidade e estilo de vida. Além disso, o avanço das cervejarias artesanais criou um novo padrão de exigência: menos volume, mais qualidade e identidade local.
Enquanto isso, o consumidor mudou. Passou a exigir marcas sustentáveis, inclusivas e alinhadas a causas sociais. A Ambev reagiu: criou novos produtos (como kombuchas, drinks prontos, cervejas sem álcool), investiu em logística reversa, energias renováveis e reposicionou marcas com campanhas mais modernas.
No digital, apostou no Zé Delivery, que cresceu durante a pandemia, e no BEES, plataforma B2B para atender bares e mercados. Mas o desgaste da imagem corporativa segue como ponto crítico, com relatos de pressão interna, baixa inovação e perda de conexão com as novas gerações.
O modelo 3G está esgotado?
Por anos, o mercado reverenciou a cultura de eficiência da Ambev. Porém, hoje, a filosofia do “corte de custos a qualquer custo” virou alvo de questionamentos. A pressão constante por metas e a baixa tolerância a falhas seriam incompatíveis com um ambiente que exige criatividade, agilidade e empatia com o cliente final.
Além disso, a liderança da Ambev vem sendo lentamente corroída. Dados da Euromonitor mostram que a empresa já teve mais de 70% de participação em cervejas no Brasil, mas atualmente esse número está abaixo de 60%, enquanto a Heineken avança ano após ano.
O maior desafio não é financeiro: a empresa tem capital, infraestrutura e escala. O problema é cultural e estratégico: como manter a liderança sem perder relevância num mercado que exige autenticidade, propósito e inovação constante?
A queda é o fim ou um novo começo?
A Ambev ainda é uma potência no setor de bebidas, com marcas reconhecidas, ampla distribuição e presença em dezenas de países. Mas está diante de um momento-chave. Ou se reinventa de forma profunda, ou pode ser ultrapassada por empresas mais leves, conectadas e adaptáveis.
Você acha que o modelo da Ambev ainda tem espaço no mercado atual? A Heineken e as artesanais estão vencendo pela inovação ou pelo marketing? Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem realmente acompanha esse jogo de perto.
GERAÇÃO X, Y, Z, MILLENNIALS, GLOBALISTS…WHATEVER!
Por Samanta Tavares
Todas as vezes que vou à casa dos meus pais fico surpresa com o conteúdo das conversas que temos. Há muito tempo, não falamos mais do que está acontecendo na “novela das oito” ou de outros assuntos que seriam triviais nestas visitas. Ultimamente, nossas conversas têm sido pautadas na tecnologia e redes sociais. Falamos de aplicativos novos que baixamos no celular e de como facilitam as nossas vidas, como pesquisar filmes no Youtube e transmitir do smarthphone para TV (super novidade para eles) e trocamos spoilers de seriados que a minha mãe tem assistido no Netflix, no tablet dela.
Esse, teoricamente, não seria um comportamento da Geração X, nascida (aproximadamente) entre 1960 e 1970. Teoricamente!
Muito tem se falado sobre as novas gerações e seu comportamento de consumo. Estudos mostram como as marcas devem interagir com os Millennials e como essa geração está mudando o consumo. Isso sem falar na Geração Z, os nativos digitais (nascidos a partir de 1995), que anunciam mudanças revolucionárias na estrutura das organizações, além de estarem criando uma nova geração de startups. Taylor Rosenthal, de apenas 14 anos, o CEO mais novo dos EUA, recusou uma oferta de 30 milhões de dólares pela sua ideia de startup, a RecMed: uma máquina de venda automática de produtos de primeiros socorros. Isso é fantástico (e assustador ao mesmo tempo).
As marcas passam por uma série de desafios para criar conexão com os consumidores X, Y, Z e afins. A jornada de compra mudou e, independente da geração, alguns pontos têm impactado a estratégia de negócio das empresas:
O e-commerce ainda considerado embrionário faturou, no Brasil, R$ 19,6 bilhões no primeiro semestre de 2016, segundo dados do E-bit/Buscapé. Apesar do cenário econômico, o setor aumentou 7% no ticket médio das compras. Então, independente do que você vende, venda online: este é o lugar para estar.
O mobile não tem volta. Tornamo-nos impacientes digitais e digitalmente ansiosos: se uma página não carrega em alguns segundos, saímos e não voltamos mais. No #Maximidia2016, Fábio Coelho, diretor geral do Google, usou do conceito all-line, que mostra que o consumidor está cada vez mais no centro da jornada, explicando que “a discussão sobre online e off-line já está ultrapassada. No mundo mobile, buscamos entender qual o momento certo e onde as marcas devem estar presentes”.
O consumidor não tinha muitas opções de pesquisa sobre um produto ou serviço e, com a evolução dos dispositivos, essa jornada não só mudou como aumentou. As pessoas utilizam vários dispositivos antes de comprar online. Vão do desktop aos aplicativos móveis; do online para o off-line; pesquisam presencialmente na loja; fecham a compra no ponto de venda (PDV) físico ou usam a loja apenas para experimentação do produto, finalizando a compra pelo seu smartphone.
O Big Data está aí e os números não mentem: faça bom uso deles. Ter um “bando de dados” nas mãos não fará diferença para o seu negócio, mas sim o que você realmente vai fazer com eles. Os dados servem para ligar as marcas aos consumidores.
É muita novidade, é muita mudança e a obsolência programada não é apenas um trecho de música, é uma constante.
Se alguém afirmar com convicção que é um especialista digital, fique alerta. A especialidade está no poder de atualização, sobre estarmos em um complexo e contínuo processo de aprendizagem e descobertas sobre os novos canais de comunicação, um beta infinito.
Precisamos nos preparar, estudar e ter um olhar clínico para interpretar este novo cenário digital. Não é através de qual canal vamos chegar aos consumidores, mas sim com qual promessa e estratégia que fará sentido para o seu consumidor e trará retorno para o seu negócio.
Pessoas não têm rótulos e nesse mundo multicanal as definições de geração não são o ponto principal. O mais importante é um propósito verdadeiro, que faça o seu público interno ou externo se apaixonar pela sua marca. É entender onde ele está e em qual momento a sua marca irá fazer sentido na vida dele. Isso importa muito para as pessoas, sejam elas X, Y ou Z.
Influencers na televisão: Participação de Alvaro no Domingão quebrou a internet e aqueceu audiência do dominical
Influencers na TV aberta não são novidade, mas a proporção do impacto de alguns deles em momentos específicos pode surpreender. Um dos exemplos mais recentes é a participação de Alvaro, humorista e influenciador com milhões de seguidores nas redes sociais, no quadro Dança dos Famosos, do programa Domingão com Huck. Alvaro é dono de um perfil com 16,3 milhões de seguidores no Instagram e 7,4 milhões no Tik Tok, além de sócio da maior agência de influenciadores do Nordeste brasileiro, a Viraliza. Ele é o exemplo mais comentado atualmente dessa que é uma estratégia vantajosa para ambos os lados, conquistando novas audiências e transformando as linguagens.
A presença de Alvaro foi anunciada em collab no Instagram pessoal de Huck e da TV Globo no dia anterior e, o vídeo de sua entrada contava com a participação de diversos mega influencers, como Carlinhos Maia, Lucas Guedez e Gabô Pantaleão. A internet quebrou. E não só ela: a Globo atingiu 15,9 pontos de audiência no domingo, número próximo ao teto de audiência do ano anterior.
É como se Álvaro entrasse na casa de cada um de seus seguidores e os convidasse, como fez no post com a família, a assistirem à TV, um meio massivo menos frequentado pelas gerações mais jovens. Ali, humor, autenticidade, storytelling, tudo se enriquece com sua presença. E é nessa busca em se renovar e atrair um público mais jovem e engajado, que consome conteúdo principalmente pelas plataformas digitais, que a linguagem televisiva pode realizar experimentações e encontrar novos caminhos para se reinventar.
O especialista em marketing e diretor artístico da Viraliza Igor Beltrão resume essa dinâmica como um jogo de “ganha-ganha”. “A televisão ganha com o potencial de audiência cativa e engajada e, os influenciadores, encontram na TV uma oportunidade de expandir sua marca, atingir uma audiência mais ampla e consolidar sua imagem”, diz. E completa: “Se manter relevante em um cenário de mídia cada vez mais fragmentado e competitivo no quesito a quem dedicar sua atenção é um desafio que todos que trabalham com comunicação enfrentam e essa solução ainda promete ser bastante explorada de forma cada vez mais renovada”, considera.
O caso “BBB” e a popularidade instantânea
O aprendizado da Globo nessa parceria já conta alguns anos. Um dos exemplos mais notáveis do poder dos influenciadores na TV é o Big Brother Brasil. A edição de 2020, que incluiu influenciadores como Manu Gavassi e Bianca Andrade (Boca Rosa) no elenco “Camarote”, gerou um engajamento sem precedentes. Durante o confinamento, a popularidade de ambos cresceu exponencialmente nas redes sociais, com Manu Gavassi ganhando milhões de seguidores e se tornando um dos assuntos mais comentados na internet. Dessa edição em diante, os influencers viraram um capítulo especial das edições. E essa fusão do universo digital com a TV trouxe um novo público para o programa, que passou a acompanhar o reality e a interagir em tempo real nas redes sociais, o que, por sua vez, impulsionou a audiência da TV.
Uma pesquisa do Instituto Qualibest sobre influenciadores digitais mostrou que 71% dos brasileiros online seguem algum influenciador e que 73% já compraram algum produto recomendado por eles. Essa conexão direta e pessoal que os influenciadores estabelecem com seus seguidores é um dos principais motivos pelos quais sua migração para a TV têm tanto sucesso. Eles trazem consigo não apenas um número de seguidores, mas uma audiência fiel e engajada, que muitas vezes acompanha o programa de TV para ver seu “ídolo” em um novo formato, além de um público muitas vezes formado por gerações mais jovens.
Sobre a Viraliza Entretenimento
A Viraliza é a maior agência de marketing de influência do Nordeste. Atua desde 2017 com influenciadores principalmente da área de humor, e iniciou em 2024 uma forte ampliação para atender influencers não exclusivos e também relacionados aos segmentos de moda, fitness e culinária de todo o Brasil. Seu principal diferencial é sua abordagem 360 única e humanizada. A agência não vê os influenciadores apenas como veículos de marketing, mas como artistas em potencial. Por isso, oferece suporte integral para que os influencers possam desenvolver suas habilidades e alcançar sucesso sustentável. O alcance direto atual da Viraliza ultrapassa 100 milhões de seguidores em diversas plataformas, o que reforça sua liderança em engajar e influenciar um público diversificado em todo o digital. Um de seus sócios é também um dos maiores cases de sucesso da agência: o Álvaro (@alvxaro), um dos maiores influenciadores do Brasil no segmento de humor, e que atualmente colabora com marcas de renome mundial como Havaianas, Coca-Cola, Disney e Itaipava.
“Uma rotina que faz bem”: Panvel reposiciona sua marca com foco na constância nos cuidados
A nova estratégia de marca da Panvel reforça seu foco em rotinas de cuidados abrangentes e na conexão com os consumidores em todos os pontos de contato; assista ao vídeo da campanha
A Panvel lançou sua nova campanha institucional, mais um passo para consolidar o novo posicionamento da marca, lançado em março deste ano. Criada pela agência HOC, a campanha parte de um ponto central para a marca: o melhor cuidado é aquele que se torna rotina. Saúde é rotina, bem-estar é rotina; é nesse cuidado com hábitos consistentes e momentos de autocuidado que a Panvel escolhe estar presente como solução.
O filme principal da campanha se alinha ao reposicionamento da Panvel, reforçando a ideia de que saúde e bem-estar se constroem diariamente, respeitando o ritmo e a realidade de cada um.
A Panvel entende que as rotinas são únicas e as necessidades são distintas. Por isso, busca ser uma parte significativa de cada etapa dessa jornada, expandindo constantemente seu portfólio de produtos e serviços para abranger diferentes formas de autocuidado. As soluções da empresa incluem soluções completas de saúde, nutrição, cuidados com o corpo e cabelo, higiene, beleza e bem-estar emocional. A marca também oferece sua própria marca própria e abrangente, que está em constante expansão e evolução para atender às novas demandas dos clientes.
“Nosso objetivo com esta campanha foi transmitir de forma simples e emocional um posicionamento que já vem sendo construído de forma consistente. A marca busca cuidar das pessoas por meio da inspiração: fazer com que tudo o que faz bem se torne rotina, seja saúde, beleza ou até mesmo afeto. A Panvel estará aqui para proporcionar experiências que se conectem com o estilo de vida de cada cliente”, afirma Priscila Barbosa, Head de Marketing da Panvel.
A comunicação será feita por meio de um plano robusto de conexões e conteúdo, refletindo as diferentes rotinas e contextos de consumo das pessoas, inserindo a marca em cada etapa do seu dia.
Sobre a Panvel
Com 50 anos de história e mais de 640 lojas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, a Panvel está entre as principais redes de farmácias do sul do Brasil. Oferece mais de 15.000 itens, entre medicamentos e produtos de higiene e beleza, além de mais de mil produtos de marca própria, como maquiagem, protetor solar, produtos ortopédicos, produtos infantis e produtos de higiene masculina.
Trata-se de uma rede multicanal, com lojas físicas conectadas a funcionalidades como o delivery do Alô Panvel, o app Panvel, o serviço Click & Collect e uma loja online (www.panvel.com) , com entrega em todo o país. Agora, o Alô Panvel conta com a tecnologia Sofia: os clientes podem enviar mensagens para obter informações sobre medicamentos, esclarecer dúvidas, pesquisar a localização das lojas e até mesmo fazer compras, tornando a experiência ainda mais ágil, prática e personalizada.
Marketing B2B: o silêncio de um líder custa caro
Por Mário Soma, CEO e Head B2B da Pólvora Comunicação
No marketing B2B, quem não se posiciona cede espaço. E quem cede espaço perde relevância.
Ainda tem muito C-Level que prefere o bastidor ao palco. Acha que thought leadership é vaidade, autopromoção ou apenas mais uma tarefa de marketing pessoal. Mas enquanto você hesita, alguém da concorrência está publicando um artigo, gravando um vídeo, liderando uma discussão, educando o mercado e ganhando terreno.
Hoje, não basta ser excelente. É preciso ser percebido como excelente. E isso só acontece quando você compartilha o que pensa.
Em 2025, a autoridade de uma empresa está diretamente ligada à autoridade de suas lideranças. Um estudo da Edelman com o LinkedIn mostra que 65% dos tomadores de decisão se sentem mais propensos a confiar em uma empresa quando seus líderes compartilham ideias consistentes em canais públicos.
Mas não estamos falando de discursos ensaiados ou frases genéricas. Estamos falando de visão. De posicionamento. De coragem para falar antes que o mercado pergunte.
Quem domina essa prática não apenas acelera vendas. Constrói influência duradoura.
Liderar com ideias é liderar com clareza
Simon Sinek, autor de “Start With Why” e um dos pensadores mais influentes da liderança contemporânea, popularizou a ideia de que líderes inspiradores começam pelo propósito. Para ele, as pessoas não compram o que você faz, mas por que você faz. O “porquê” é o que conecta, fideliza e sustenta decisões em tempos incertos.
Em outra linha, Adam Grant, psicólogo organizacional, professor da Wharton School e colunista do New York Times, nos provoca a abandonar certezas. Em livros como “Originals” e “Pense de Novo”, ele mostra que os melhores líderes não são os que têm todas as respostas, mas os que fazem as melhores perguntas. Grant valoriza a dúvida produtiva e a capacidade de reaprender, características fundamentais para quem ocupa cargos de alta liderança em mercados em constante disrupção.
Enquanto Sinek ajuda você a encontrar e comunicar sua essência, Grant ensina a evoluir sem perder a identidade.
O palco é digital. E o protagonismo também
Brian Solis, um dos mais respeitados analistas de comportamento digital do mundo, cunhou o termo “Digital Darwinism” para explicar por que empresas fracassam. Segundo ele, não é a tecnologia que ameaça os negócios, mas a incapacidade de seus líderes de se adaptarem ao novo ambiente. Solis defende que presença digital sem propósito é algo vazio. Relevância exige intenção, contexto e consistência.
Já o britânico Bernard Marr, autor de mais de 20 livros sobre big data, inteligência artificial e transformação digital, atua como um tradutor entre o mundo técnico e o mundo executivo. Marr acredita que a vantagem competitiva de uma liderança está na sua capacidade de tornar o complexo acessível. Em tempos de sobrecarga de informação, quem traduz melhor, lidera melhor.
Esses dois nomes reforçam um ponto essencial: thought leadership não é só o que você pensa, é o quanto você consegue tornar isso útil, compreensível e aplicável para o seu mercado.
Ser claro é melhor do que ser grandioso
Seth Godin, considerado por muitos o pai do marketing moderno, ensina que marketing de verdade não é sobre vender. É sobre contar uma história que ressoe com quem você quer alcançar. Em “This is Marketing” e “Purple Cow”, ele nos lembra que a atenção não se conquista com táticas, mas com relevância.
Ann Handley, uma das maiores vozes do marketing de conteúdo no mundo B2B, vai na mesma direção. Em seu livro “Everybody Writes”, ela defende que escrever bem é uma habilidade estratégica, não apenas estética. Para Handley, marcas que escrevem como robôs são ignoradas como robôs. A linguagem importa, mas a intenção por trás dela importa ainda mais.
Esses dois autores não falam de fórmulas. Falam de humanidade. De conexão. De autenticidade. Dá trabalho. E por isso funciona.
É mais fácil seguir calado. É mais confortável delegar a comunicação para a área de marketing. Mas o mercado escuta mais quem tem coragem de colocar a cara e o pensamento para jogo.
Enquanto alguns líderes se escondem atrás de dados, outros transformam suas ideias em reputação. Enquanto alguns gastam tempo aprovando campanhas, outros moldam a percepção do setor com uma frase, um artigo ou uma provocação bem colocada.
No fim, o que diferencia um líder técnico de um líder estratégico é o impacto que ele causa fora da sua sala de reunião.
Banrisul e Tecban celebram parceria pioneira em tecnologia de autoatendimento
O Banrisul deu um passo importante na modernização de sua rede de autoatendimento ao avançar na instalação de 1.000 caixas eletrônicos recicladores, que eliminam o uso de envelopes e reutilizam o dinheiro depositado para novos saques. Atualmente, 140 desses equipamentos, fornecidos pela empresa de tecnologia financeira Tecban, já estão em operação em diversas regiões do Rio Grande do Sul.
Em fevereiro deste ano, o Banrisul tornou-se o primeiro banco brasileiro a abrir sua rede de autoatendimento a clientes de outras instituições financeiras. A iniciativa, considerada pioneira no setor, visa ampliar o acesso aos serviços bancários por meio da modernização e da integração com a rede Banco24Horas.
A nova geração de caixas eletrônicos permite saques sem cartão e depósitos em tempo real, tanto para clientes do Banrisul quanto para usuários de mais de 150 instituições financeiras conectadas. Atualmente, a funcionalidade de depósitos instantâneos está disponível para 12 dessas instituições.
Desde o início da operação, mais de 800 mil transações foram realizadas nos novos terminais, movimentando cerca de R$ 250 milhões. Desse total, aproximadamente 200 mil operações foram efetuadas por clientes de outros bancos. Além disso, já foram registradas 1.500 transações internacionais, por meio das redes Visa e Mastercard.
Há 32 anos, propaganda de TV previu o futuro que estamos vivendo em 2025
Por Pedro Silvini
Antes de Zoom, Netflix, tablets, relógios inteligentes ou casas conectadas — em pleno 1993 — uma campanha publicitária ousada nos Estados Unidos já desenhava o mundo digital que estamos vivendo hoje. Intitulada “You Will”, a série de comerciais da gigante de telecomunicação AT&T impressionou ao antecipar, com surpreendente precisão, como a tecnologia transformaria a vida cotidiana.
Dirigidos por David Fincher (de Clube da Luta e Garota Exemplar) e narrados por Tom Selleck, os vídeos começavam sempre com a pergunta:
“Você já…?”
E terminavam com a promessa:
“Você vai. E a empresa que vai trazer isso para você é a AT&T.”
Tablets, videochamadas, e-learning — tudo previsto em 1993
A campanha mostrava pessoas fazendo chamadas de vídeo com colegas de trabalho, assistindo a filmes sob demanda, acessando informações de forma remota, assinando contratos digitalmente, trabalhando à distância e usando dispositivos pessoais conectados — muito antes de tudo isso virar parte do nosso cotidiano.
Hoje, em 2025, isso parece trivial. Mas em 1993, a internet ainda era rudimentar, os celulares eram tijolos e a conexão com a rede era feita por linhas telefônicas barulhentas e lentas. Ver tudo isso visualizado de forma cinematográfica foi impactante.
Visão ou tecnologia real? Um caso de inovação invisível
O que poucos sabiam na época é que muito do que aparecia nos comerciais já estava em desenvolvimento dentro dos laboratórios da própria AT&T, mais especificamente no Bell Labs — uma das instituições de pesquisa mais importantes da história da tecnologia.
Entre as inovações que estavam sendo gestadas ali:
Picturephone Meeting Service (precursor das videoconferências)
Reconhecimento de voz com IA
Codecs de compressão de vídeo
Sistema de arquivos distribuídos (Plan 9)
Codificação UTF-8, hoje padrão global
A campanha, portanto, não foi uma simples ficção especulativa. Foi um ato ousado de “tornar visível o futuro que já estava sendo construído nos bastidores”.
A única previsão que não se concretizou…
Ironicamente, a parte da promessa que não se cumpriu foi justamente aquela que dizia que a AT&T seria a empresa a entregar tudo isso ao mundo. Como bem analisou o portal Vox, startups como Google, Apple, Amazon, Netflix e Zoom — muitas nem existiam em 1993 — foram as verdadeiras responsáveis por materializar essas tecnologias.
Ainda assim, o legado da campanha “You Will” segue vivo como um dos maiores exemplos de visão tecnológica transformada em narrativa de massa.